2010-05-14

Bento XVI na Invicta

Aqui fica o texto da homilia de Bento XVI, hoje, na Avenida dos Aliados.
No local a homilia ouviu-se muito mal.
Mas agora podemos ler o texto com calma.
Não deixa de haver aqui um paradoxo: no discurso há uma manifesta abertura; na liturgia os sinais são em sentido contrário (desde as vestes, ao latim, aos cânticos, à cruz e castiçais em cima do altar, ...).
Da homilia destaco estes excertos:

"Meus irmãos e irmãs, é necessário que vos torneis comigo testemunhas da ressurreição de Jesus. Na realidade, se não fordes vós as suas testemunhas no próprio ambiente, quem o será em vosso lugar?"

"Nada impomos, mas sempre propomos, como Pedro nos recomenda numa das suas cartas: «Venerai Cristo Senhor em vossos corações, prontos sempre a responder a quem quer que seja sobre a razão da esperança que há em vós» (1 Ped 3, 15). E todos afinal no-la pedem, mesmo quem pareça que não. Por experiência própria e comum, bem sabemos que é por Jesus que todos esperam."

"Nestes últimos anos, alterou-se o quadro antropológico, cultural, social e religioso da humanidade; hoje a Igreja é chamada a enfrentar desafios novos e está pronta a dialogar com culturas e religiões diversas, procurando construir juntamente com cada pessoa de boa vontade a pacífica convivência dos povos. "

"Sim! Somos chamados a servir a humanidade do nosso tempo, confiando
unicamente em Jesus, deixando-nos iluminar pela sua Palavra: «Não fostes vós que Me escolhestes; fui Eu que vos escolhi e destinei, para que vades e deis fruto e o vosso fruto permaneça» (Jo 15, 16). Quanto tempo perdido, quanto trabalho adiado, por inadvertência deste ponto!"

1 comentário:

  1. Foi feliz a saudação que o bispo do Porto dirigiu a Bento XVI no início da celebração nos Aliados e que terminou assim:
    "A feliz ocorrência de celebrarmos a festa litúrgica de São Matias, recorda-nos
    que nunca é tarde para nos agregarmos às lides apostólicas e de que havemos de ser
    como ele, testemunhas do Ressuscitado. Isso mesmo queremos ser e disso mesmo
    precisa o mundo, para que os sinais de vida e de esperança sempre se sobreponham às
    dificuldades e decepções que a actualidade social e económica, acompanhadas pela
    grande indefinição cultural, tantas vezes trazem.
    A Vossa presença e a Vossa palavra, Santo Padre, trazem-nos conforto, alegria e
    ânimo. Por tudo agradecemos a Deus o dom da Vossa vida e o grande acerto do Vosso
    exercício ministerial, a bem da Igreja e do mundo.
    No coração desta cidade, pulsará agora o coração eucarístico de Cristo, vida a
    todos oferecida. Como Pedro, sois Vós agora o primeiro a amá-Lo e a confessá-Lo.
    Assim nos reforçareis a todos, no mesmo afecto e missão.
    - Obrigado, Santo Padre!"

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