2015-10-31

Diálogo com o Evangelho




Diálogo com o Evangelho do Domingo, 1 de Novembro, pelo Frei Eugénio, no programa de rádio "Raízes de Cá".

A vida questiona o Evangelho de Domingo, 1 de Novembro, dia de Todos os Santos

Mt. 5,1-12a.
Naquele tempo, ao ver as multidões, Jesus subiu ao monte e sentou-Se. Rodearam-n’O os discípulos
e Ele começou a ensiná-los, dizendo:
«Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o reino dos Céus.
Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados.
Bem-aventurados os humildes, porque possuirão a terra.
Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados.
Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia.
Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus.
Bem-aventurados os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus.
Bem-aventurados os que sofrem perseguição por amor da justiça, porque deles é o reino dos Céus.
Bem-aventurados sereis, quando, por minha causa, vos insultarem, vos perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós.
Alegrai-vos e exultai, porque é grande nos Céus a vossa recompensa».

2015-10-25

Diálogo com o Evangelho

 


Diálogo com o Evangelho do Domingo, 25 de Outubro, pelo Frei Eugénio, no programa de rádio "Raízes de Cá".

2015-10-24

A vida questiona o Evangelho de Domingo, 25 de Outubro

 El Greco, 1570

Mt. 10, 46-52

Naquele tempo, quando Jesus ia a sair de Jericó com os discípulos e uma grande multidão, estava um cego, chamado Bartimeu, filho de Timeu, a pedir esmola à beira do caminho. Ao ouvir dizer que era Jesus de Nazaré que passava, começou a gritar: "Jesus, Filho de David, tem piedade de mim". Muitos repreendiam-no para que se calasse. Mas ele gritava cada vez mais: "Filho de David, tem piedade de mim". Jesus parou e disse: "Chamai-o". Chamaram então o cego e disseram-lhe: "Coragem! Levanta-te, que Ele está a chamar-te". O cego atirou fora a capa, deu um salto e foi ter com Jesus. Jesus perguntou-lhe: "Que queres que Eu te faça?" O cego respondeu-Lhe: "Mestre, que eu veja". Jesus disse-lhe: "Vai: a tua fé te salvou". Logo ele recuperou a vista e seguiu Jesus pelo caminho. 

2015-10-17

Diálogo com o Evangelho



Diálogo com o Evangelho do Domingo, 18 de Outubro, pelo Frei Eugénio, no programa de rádio "Raízes de Cá".

A vida questiona o Evangelho de Domingo, 18 de outubro

Mc. 10,35-45.
Naquele tempo, Tiago e João, filhos de Zebedeu, aproximaram-se de Jesus e disseram-Lhe: «Mestre, nós queremos que nos faças o que Te vamos pedir».
Jesus respondeu-lhes: «Que quereis que vos faça?».
Eles responderam: «Concede-nos que, na tua glória, nos sentemos um à tua direita e outro à tua esquerda».
Disse-lhes Jesus: «Não sabeis o que pedis. Podeis beber o cálice que Eu vou beber e receber o batismo com que Eu vou ser batizado?».
Eles responderam-Lhe: «Podemos». Então Jesus disse-lhes: «Bebereis o cálice que Eu vou beber e sereis batizados com o batismo com que Eu vou ser batizado. Mas sentar-se à minha direita ou à minha esquerda não Me pertence a Mim concedê-lo; é para aqueles a quem está reservado». Os outros dez, ouvindo isto, começaram a indignar-se contra Tiago e João.
Jesus chamou-os e disse-lhes: «Sabeis que os que são considerados como chefes das nações exercem domínio sobre elas, e os grandes fazem sentir sobre elas o seu poder. Não deve ser assim entre vós: quem entre vós quiser tornar-se grande, será vosso servo, e quem quiser entre vós ser o primeiro, será escravo de todos; porque o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida pela redenção de todos».

2015-10-11

Diálogo com o Evangelho


Diálogo com o Evangelho do Domingo, 11 de Outubro, pelo Frei Eugénio, no programa de rádio "Raízes de Cá".

A vida questiona o Evangelho de Domingo, 11 de outubro

Mc. 10,17-30.
Naquele tempo, ia Jesus pôr-Se a caminho, quando um homem se aproximou correndo, ajoelhou diante d’Ele e perguntou-Lhe: «Bom Mestre, que hei-de fazer para alcançar a vida eterna?».
Jesus respondeu: «Porque Me chamas bom? Ninguém é bom senão Deus. Tu sabes os mandamentos: ‘Não mates; não cometas adultério; não roubes; não levantes falso testemunho; não cometas fraudes; honra pai e mãe’».
O homem disse a Jesus: «Mestre, tudo isso tenho eu cumprido desde a juventude».
Jesus olhou para ele com simpatia e respondeu: «Falta-te uma coisa: vai vender o que tens, dá o dinheiro aos pobres e terás um tesouro no Céu. Depois, vem e segue-Me».
Ouvindo estas palavras, anuviou-se-lhe o semblante e retirou-se pesaroso, porque era muito rico.
Então Jesus, olhando à sua volta, disse aos discípulos: «Como será difícil para os que têm riquezas entrar no reino de Deus!».
Os discípulos ficaram admirados com estas palavras. Mas Jesus afirmou-lhes de novo: «Meus filhos, como é difícil entrar no reino de Deus! É mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que um rico entrar no reino de Deus». Eles admiraram-se ainda mais e diziam uns aos outros: «Quem pode então salvar-se?».
Fitando neles os olhos, Jesus respondeu: «Aos homens é impossível, mas não a Deus, porque a Deus tudo é possível».
Pedro começou a dizer-Lhe: «Vê como nós deixámos tudo para Te seguir».
Jesus respondeu: «Em verdade vos digo: Todo aquele que tiver deixado casa, irmãos, irmãs, mãe, pai, filhos ou terras, por minha causa e por causa do Evangelho, receberá cem vezes mais, já neste mundo, em casas, irmãos, irmãs, mães, filhos e terras, juntamente com perseguições, e, no mundo futuro, a vida eterna».

2015-10-05

No ano em que se comemoram os 100 anos do genocídio arménio (Metz Yeghern, o grande mal) deixo o link para uma reportagem da BBC onde se poderão ouvir alguns dos últimos descendentes. Ouvir, nessa reportagem, a negação da historiografia turca oficial e a negação do poder turco actual é chocante.
Quem quiser (adverte-se que as imagens são chocantes) pode ver imagens (fotos contemporâneas tiradas às ocultas das autoridades otomanas) no Armenian National Institute.
Fique também aqui um relato de uma testemunha contemporânea, um professor alemão em Alepo:

“Tinham-me dito que havia um grande número de pessoas esfomeadas em vários bairros de Alepo, os miseráveis vestígios do que se chamava "as colunas da deportação"... Para ver se a opinião que tinha formado a partir desta informação tinha fundamento, visitei todos as partes da cidade em que os Arménios — o que restava das colunas de deportados — se encontravam. Em caravanserais [khans] já reduzidos, encontrei pilhas de corpos em putrefacção, e entre eles, pessoas ainda vivas quase a exalarem o seu último suspiro. Noutros lugares encontrei pilhas de pessoas doentes e esfomeadas abandondas à sua sorte. À volta da escola havia quatro desses khans, com setecentos a oitocentos deportados a morrerem de fome... Em frente à nossa escola, em um destes khans, havia restos de uma das colunas de deportados, cerca de quatrocentas destas criaturas macilentas, entre elas algumas cem crianças com idades entre os cinco e os sete anos. A maioria sofria de tifo e disenteria. Entrando no átrio, tem-se a impressão de que se entrou em uma casa de loucos. Se se lhes dá comida, parece que eles já não sabem como a comer. Os seus estômagos, enfraquecidos por meses de fome, já não conseguem suportar a comida. Se se lhes dá pão, põe-no de lado, indiferentes; estão ali deitados, sem se mexerem, à espera da morte... E que acontecerá aos infelizes, agora já só mulheres e crianças, que estão a ser capturados por toda a cidade e arredores e levados para o deserto aos milhares? São empurrados de lugar para lugar até os milhares ficarem reduzidos a centenas, as centenas a um pequeno grupo, e o pequeno grupo ainda assim é levado para outro lugar, até que nada reste dele. Com isso é alcançado o objectivo da viagem.” (Carta de Martin Niepage, alemão, professor na Deutsche Realschule de Alepo, Setembro de 1915, The horrors of Aleppo seen by a German eyewitness)

2015-10-03

Diálogo com o Evangelho


Diálogo com o Evangelho do Domingo, 4 de Outubro, pelo Frei Eugénio, no programa de rádio "Raízes de Cá".

A vida questiona o Evangelho de Domingo, 4 de outubro

Marcos 10,2-16.
Naquele tempo, aproximaram-se de Jesus uns fariseus, que, para O porem à prova, perguntaram-Lhe: «Pode um homem repudiar a sua mulher?».
Jesus disse-lhes: «Que vos ordenou Moisés?».
Eles responderam: «Moisés permitiu que se passasse um certificado de divórcio, para se repudiar a mulher».
Jesus disse-lhes: «Foi por causa da dureza do vosso coração que ele vos deixou essa lei. Mas, no princípio da criação, ‘Deus fê-los homem e mulher. Por isso, o homem deixará pai e mãe para se unir à sua esposa, e os dois serão uma só carne’. Deste modo, já não são dois, mas uma só carne. Portanto, não separe o homem o que Deus uniu».
Em casa, os discípulos interrogaram-n’O de novo sobre este assunto.
Jesus disse-lhes então: «Quem repudiar a sua mulher e casar com outra, comete adultério contra a primeira. E se a mulher repudiar o seu marido e casar com outro, comete adultério».
Apresentaram a Jesus umas crianças para que Ele lhes tocasse, mas os discípulos afastavam-nas.
Jesus, ao ver isto, indignou-Se e disse-lhes: «Deixai vir a Mim as criancinhas, não as estorveis: dos que são como elas é o reino de Deus. Em verdade vos digo: Quem não acolher o reino de Deus como uma criança, não entrará nele».
E, abraçando-as, começou a abençoá-las, impondo as mãos sobre elas.