tag:blogger.com,1999:blog-23606134.post400305927471972860..comments2023-11-05T11:40:31.875+00:00Comments on regador: Alegremo-nos: um Filho nos foi dado!armandohttp://www.blogger.com/profile/00833655354252433157noreply@blogger.comBlogger2125tag:blogger.com,1999:blog-23606134.post-65755478168794027822007-12-28T16:43:00.000+00:002007-12-28T16:43:00.000+00:002007.12.30LITURGIA PAGÃPagão provém do latim pagus...2007.12.30<BR/>LITURGIA PAGÃ<BR/><BR/>Pagão provém do latim pagus = marco de terreno, aldeia, <BR/>por oposição à cultura citadina. O radical indo-europeu pak (donde pau) designa a união, estabilidade e a força próprias de Pacto e Paz. <BR/>Página também deriva do mesmo étimo, significando originalmente<BR/> campo lavrado em esquadria respeitando um marco («pau») bem fixo, <BR/>ao que se assemelha uma folha de papel escrita.<BR/>Liturgia deriva do grego laos (povo, leigo) e ergon (trabalho), <BR/>donde «serviço público».<BR/>Liturgia pagã é o esforço de trabalhar com Deus<BR/>com a liberdade, consciência e humildade de ser «pagão».<BR/><BR/>Domingo da Sagrada Família (ano A)<BR/>1ª leitura: Livro de Ben-Sirá, 3, 3-7.14-17 <BR/>2ª leitura: Carta de S. Paulo aos Colossenses, 3, 12-21<BR/>Evangelho: S. Mateus, 2,13-15.29-23<BR/><BR/>Não dá para entender<BR/><BR/>Há quem defina o casamento como «um contínuo perdão».<BR/>Talvez seja o que, na festa litúrgica de hoje, se deva pôr mais em relevo: a estranheza do outro, tanto maior quanto mais se afirma a dimensão “sobrenatural” no projecto de cada qual. Não dá para entender. Pois esses projectos não são fáceis de partilhar, não há palavras capazes para os dizer, e até se vive sob o medo de algo desconhecido, por muito bom que se apresente. Várias vezes, podemo-nos sentir ofendidos e com razão.<BR/>Perdão é superação. Não porque alguém seja superior ao outro, mas porque se entra num nível superior de relação: perdemos o medo a que cada um de nós tenha uma maneira diferente de «doar». E assim todos «doamos» o melhor que podemos – o mesmo é dizer que todos damos ora peças rachadas, de segunda mão, perigosas até, ou damos o ouro mais puro disfarçado por um mau jeito, pelo suor das mãos… Descobrimos que nem honras nem ninharias podem corromper o nível penosamente adquirido da nossa vida em comum.<BR/>O casamento é uma aposta continuamente livre de transformar os conflitos em força geradora de futura humanidade, com o optimismo de que o futuro traz sempre o bem, por mais escondido que pareça entre as malhas da vida. A todo o ser humano, qualquer que seja o estilo de vida escolhido, compete não ser um mero ocupante do estrado da vida, mudo e quedo (quando não activamente destruidor): se tem consciência de que é um ser humano, tem que deixar uma deixa para mais e melhor vida. <BR/> Ben-Sirá descreve a maravilha de uma família em que o grande objectivo é transmitir vida feliz – o que nos treina para uma vida de paciência activa e frutificante e por isso fundamento para a criatividade e para a expansão dos anseios próprios. Uma família onde, com naturalidade, a própria morte tem lugar como incitadora do aproveitamento da vida e como um momento especial de expressão do nosso carinho. <BR/>S. Paulo sublinha o exercício do perdão, que nos fortalece para toda a vida e permite o funcionamento positivo da sociedade, lembrando também que este amor sem medo é matriz de instrução, de conselho (e repreensão) e de união sensível com a fonte do amor, da alegria, da Vida. Faz-se moralista à maneira dele e do seu tempo, mas os valores de fundo não envelheceram – e se por vezes metem medo é porque têm mesmo força… Vale a pena ter em atenção que até dos valores mais «fortes», se queremos tirar partido, temos que nos aproximar com jeitinho…<BR/> S. Mateus utiliza “historinhas piedosas” que reflectem a ternura pela figura de Cristo. Ao mesmo tempo, aplica as coisas bonitas que era e é costume contar acerca do começo de vida de alguém que por vários motivos foi olhado como herói, líder, homem bom e homem de Deus… que mereceu plenamente o título de «filho de Deus».<BR/> Aproveita estas histórias, bem ao estilo popular, para sublinhar como um homem bom é facilmente rejeitado e perseguido, e finalmente aniquilado – o que torna mais admirável a permanência do espírito de Jesus pelos milénios fora, «ressurgindo» com uma força e atracção inquestionáveis.<BR/> Mas a vida de família espelha as dúvidas entre os cônjuges, os silêncios dolorosos, as aparentes infidelidades ou jogos escondidos… e não faltaram de certeza, entre os pais de Jesus, e com o próprio Jesus, honestas discussões e desentendimentos, que só foram superados porque o travesseiro é bom conselheiro; e porque eles sabiam bem que o amor da família e dos amigos acaba por ser mais difícil do que o amor às pessoas que só temos de «aturar» de vez em quando. Para este amor resistir e se tornar mais fecundo e libertador para toda a gente, precisa de se enraizar activamente no «rochedo da vida», na «fonte da vida», no «sentido da vida» – no «Deus dos vivos e não dos mortos» (Mateus,22,32), no Deus que dá força e prazer ao nosso amor. <BR/>É mesmo assim: para casados ou não, a vida não dá para entender…<BR/><BR/><BR/>MANUEL ALTE DA VEIGA<BR/>m.alteveiga@netcabo.ptAntónio da Veigahttps://www.blogger.com/profile/17182078501111151881noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-23606134.post-57107590430215909442007-12-27T10:43:00.000+00:002007-12-27T10:43:00.000+00:00Alegremo-nos, também, porque o Senhor nos criou e ...Alegremo-nos, também, porque o Senhor nos criou e deu aos homens o poder de dar forma a tantas belezas como esta composição de Handel.<BR/><BR/>Demos graças ao Senhor por todos os que, como o Paulo, são capazes de alegrar as nossas vidas com a beleza que espalham.<BR/><BR/>Elevemos as nossas orações ao Céu para agradecer o bem que nos faz e as capacidades de que nos dotou, de ver, ouvir e sentir, para podermos apreciar todas as maravilhas que nos concedeu.<BR/><BR/>Hugo MeirelesHugo Meireleshttps://www.blogger.com/profile/00812141877257131276noreply@blogger.com