«Cristo veio a este mundo entender-se connosco, veio experimentar isto... (...) Veio ter connosco, veio dignificar a condição humana, veio experimentar o que nos tinha dado, veio ser fiel e dar exemplo de fidelidade até ao fim: amou-os até ao fim, não voltou atrás. Tanto que, na véspera, pediu ao Pai que, se fosse possível, lhe [retirasse] esse cálice. Se tivesse sido combinado, seria estupidez estar a pedi-lo. Cristo tomou isto a sério, não brincou.
É um grande desafio o texto do evangelho, [quando Jesus está] na cruz: "Pai, porque me abandonaste?"
Cristo aceitou experimentar o que é isso de andarmos aos papéis, em certas alturas.»
«A essência da verdade é a liberdade. Este tema concorda com a ideia da verdade [que] libertará. Quando Jesus disse isso, os judeus não perceberam e a Igreja também nunca entendeu. A Igreja, o que quis sempre, foi ter um bando de meninos bem comportados. O ideal da Igreja, como o do marxismo soviético, era ter um jardim-de-infância, tudo muito feliz, muito bem comportado, todos de bibe, ninguém fazia disparates. A Igreja não é isso, o evangelho não é isso.
Jesus veio a este mundo, viveu, enfrentou, não teve medo de tomar posições contra a ortodoxia, dizer mal da lei e do templo. Não se podia tocar num leproso e ele toca num leproso...»
«Jesus quis que os discípulos andassem unidos, que rezassem juntos e celebrassem juntos a eucaristia. Não tenho interesse nenhum em acabar com a Igreja. Por outro lado, patetas somos todos e temos feito broncas ao longo dos tempos e muitas vezes ensinamos e vivemos coisas que são frontalmente contrárias ao evangelho - por exemplo, a Inquisição. Qual é a minha solução? Ter paciência. Escrevi uma vez que, se isto fosse uma fábrica e eu engenheiro, eu saía. Mas eu não considero isto uma fábrica da qual sou engenheiro.»
Saborear a Vida
ResponderEliminarwww.saborearavida.blogspot.com
Acessem o blog e linkem-me
Obrigado