Ainda a propósito da visita de Bento XVI a Portugal, gostei de ler este texto de Anselmo Borges, que termina assim:
"Deixou uma imensa mensagem de esperança, tão urgente neste tempo dramático de crise. E apelou à solidariedade e à justiça, a favor dos mais pobres.
Por isso, aqui, é legítimo perguntar se não se impunha mais simplicidade nesta visita. De facto, é um líder espiritual mundial que é ao mesmo tempo Chefe de Estado.
Dizia-me uma vez em Bruxelas um colega da Universidade de Lovaina: como foi possível a Igreja de Cristo ter chegado aqui? É uma herança histórica, difícil de afastar. Mas não se exigirá menos ostentação?
As celebrações foram belas. Mas é necessário estar atento para que todos possam ouvir. Sobretudo, há ali uma distância, que, vistas as coisas de fora, faz com que a vivência que pode ficar é a de duas Igrejas: no altar, a Igreja imperial, e cá para baixo o povo, que ouve e obedece. Não se tem a experiência viva de uma Igreja-comunhão e autêntico Povo de Deus.
Por outro lado, lá, no altar, só há homens celibatários."
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