Saíram os resultados dos rankings das escolas, mas interessa-me mostrar o ranking da informação publicada sobre o assunto. A SIC exibiu uma peça onde mostrava duas escolas bem posicionadas no ranking: o Colégio do Rosário, em primeiro lugar; e a Escola Secundária Garcia da Orta, a escola pública mais bem posicionada. O jornalista dizia que "curiosamente" distavam entre si menos de um quilómetro – um exemplo de jornalismo pobrezinho. Na verdade, as duas escolas ficam em uma zona que será seguramente das mais caras para viver no país. E se o jornalista fosse mais curioso, veria que por aquela zona há mais escolas embora algumas fora do sistema educativo português (o que não quer dizer que estejam excluídas da oferta formativa disponível em Portugal e para portugueses): por exemplo a Escola Francesa em Serralves, a Escola Britânica na Rua da Cerca; e, um pouco mais longe, a Escola Alemã.
Uma mãe entrevistada na peça dizia que gastava todos os meses mais de 200 € em explicações. Mas os jornalistas nem pegaram no problema da relação entre o sistema escolar público e o sistema escolar privado, por um lado, e a escolaridade suplementar das explicações, por outro.
Em patamar superior está este artigo do Público que explora os dados estatísticos com correlações várias e não se limita a apresentar o posicionamento de cada escola mas mostra até o número de exames que cada uma teve.
Esperemos que a informação suba no ranking...
Ainda bem que o “Regador” chama a atenção para a importância do jornalismo de qualidade que não, é apenas descritivo, mas que contribui para se compreender melhor a realidade, neste caso do ensino em Portugal.
ResponderEliminarBem observado, Armando!
ResponderEliminarE a questão das explicações é um escândalo! Assim, não é a escola que é boa, mas os explicadores!