Diálogo com o Evangelho de 31 de março, Domingo de Páscoa, pelo Frei Eugénio, no programa de rádio "Raízes de Cá".
Porque Ele sabe que temos sede. Porque a oração é o regador da nossa Fé. Este blog, é um espaço de oração e de partilha. Sinta-se livre para participar ;-)
2013-03-31
Ressuscitou! Evangenho de Domingo da Páscoa, 31 de março
Jo. 20,1-9.
No primeiro dia da semana, Maria Madalena foi ao túmulo logo de manhã, ainda escuro, e viu retirada a pedra que o tapava. Correndo, foi ter com Simão Pedro e com o outro discípulo, o que Jesus amava, e disse-lhes: «O Senhor foi levado do túmulo e não sabemos onde o puseram.»
Pedro saiu com o outro discípulo e foram ao túmulo.
Corriam os dois juntos, mas o outro discípulo correu mais do que Pedro e chegou primeiro ao túmulo.
Inclinou-se para observar e reparou que os panos de linho estavam espalmados no chão, mas não entrou.
Entretanto, chegou também Simão Pedro, que o seguira. Entrou no túmulo e ficou admirado ao ver os panos de linho espalmados no chão,
ao passo que o lenço que tivera em volta da cabeça não estava espalmado no chão juntamente com os panos de linho, mas de outro modo, enrolado noutra posição.
Então, entrou também o outro discípulo, o que tinha chegado primeiro ao túmulo. Viu e começou a crer,
pois ainda não tinham entendido a Escritura, segundo a qual Jesus devia ressuscitar dos mortos.
No primeiro dia da semana, Maria Madalena foi ao túmulo logo de manhã, ainda escuro, e viu retirada a pedra que o tapava. Correndo, foi ter com Simão Pedro e com o outro discípulo, o que Jesus amava, e disse-lhes: «O Senhor foi levado do túmulo e não sabemos onde o puseram.»
Pedro saiu com o outro discípulo e foram ao túmulo.
Corriam os dois juntos, mas o outro discípulo correu mais do que Pedro e chegou primeiro ao túmulo.
Inclinou-se para observar e reparou que os panos de linho estavam espalmados no chão, mas não entrou.
Entretanto, chegou também Simão Pedro, que o seguira. Entrou no túmulo e ficou admirado ao ver os panos de linho espalmados no chão,
ao passo que o lenço que tivera em volta da cabeça não estava espalmado no chão juntamente com os panos de linho, mas de outro modo, enrolado noutra posição.
Então, entrou também o outro discípulo, o que tinha chegado primeiro ao túmulo. Viu e começou a crer,
pois ainda não tinham entendido a Escritura, segundo a qual Jesus devia ressuscitar dos mortos.
2013-03-30
Forum Social Mundial em Tunes
Termina hoje em Tunes, capital da Tunísia, mais uma edição do Fórum Social Mundial.
A Tunísia foi o primeiro pais Árabe que experimentou um levantamento popular exigindo a democratização do pais dominado até então por sucessivos ditadores.
Na sequência desse movimento outros países da região também passaram por situações semelhantes, no que ficou conhecido como a Primavera Árabe.
A realização do Fórum Social Mundial na Tunísia é emblemática pois está em debate a construção de um outro mundo possível, assim como os tunisinos iniciaram a luta por um outro pais possível, mais democrático, participativo e justo - fonte.
Descentrar a Igreja dela própria
"Uma Igreja que se aproxime das periferias existenciais da humanidade".
Foi esta a síntese das palavras que o cardeal Jorge Mario Bergoglio pronunciou durante uma
congregação geral dos cardeais antes de entrarem no conclave (como foi revelado agora).
Aqui fica o texto em quatro pontos que serviu de base à sua intervenção:
1.Evangelizar supõe zelo apostólico. Evangelizar supõe para a Igreja a
audácia de sair de si própria. A Igreja é chamada a sair de si própria
para ir até às periferias, não apenas geográficas, mas também das
periferias existenciais: as do mistério do pecado, as da dor, as da
injustiça, as da ignorância e da abstenção religiosa, as do pensamento,
as de toda a miséria.
2.Quando a Igreja não sai de si própria para
evangelizar, torna-se auto-referencial e fica doente (cfr. A mulher
curvada sobre si própria do Evangelho). Os males que, ao longo do tempo,
se dão nas instituições eclesiásticas têm raiz de
auto-referencialidade, uma espécie de narcisismo teológico.
No
Apocalipse, Jesus diz que está à porta e chama. Evidentemente, o texto
refere-se ao que chama desde fora para entrar. Mas penso nas vezes em
que Jesus bate desde o interior para que o deixemos sair. A Igreja
auto-referencial pretende Jesus Cristo dentro de si e não o deixa sair.
3. A Igreja, quando é auto-referencial, sem se dar conta, crê que tem luz própria. Ela deixa de ser o mysterium lunae,
e da lugar a esse mal tão grave que é a mundanidade espiritual (segundo
Lubac [Henri de Lubac, cardeal jesuíta francês], o pior mal que pode
acontecer à Igreja). É viver para glorificar uns aos outros.
Simplificando, há duas imagens da Igreja: a Igreja evangelizadora que sai de si própria, a Dei verbum religiose audiens et fidenter proclamans; ou a Igreja mundana que vive em si própria, de si própria e para si própria.
Isto deve dar luz aos possíveis caminhos e reformas que já que fazer para a salvação das almas.
4.
Pensado no próximo Papa: um homem que, a partir da contemplação de
Jesus Cristo e da adoração de Jesus Cristo ajude a Igreja a sair de si
própria para as periferias existenciais, que a ajude a ser a mão fecunda
que vive “da doce e reconfortante alegria da evangelização”.
Roma, 9 de março de 2013
2013-03-29
Jerusalém
Nestes dias em que se revive o que se passou em Jesuralém há 2000 anos, vale a pena ver este video sobre a atualidade desta cidade magnífica, cuja parte Oriental vive sob ocupação há mais de 45 anos.
Explica bem os seus problemas e conflitos atuais e a persistente pretensão israelita de dominar toda a cidade.
Explica bem os seus problemas e conflitos atuais e a persistente pretensão israelita de dominar toda a cidade.
2013-03-23
Diálogo com Evangelho
Diálogo com o Evangelho de 24 de março, Domingo de Ramos, pelo Frei Eugénio, no programa de rádio "Raízes de Cá".
A vida questiona o Evangelho de Domingo de Ramos, dia 24 de março
Mt 21, 1-11
Quando se aproximaram de Jerusalém e chegaram a Betfagé, junto do monte da Oliveiras, Jesus enviou dois discípulos, dizendo lhes: "Ide à povoação que está em frente e encontrareis uma jumenta presa e, com ela, um jumentinho. Soltai os e trazei-mos. E se alguém vos disser alguma coisa, respondei que o Senhor precisa deles, mas não tardará em devolvê-los". Isto sucedeu para se cumprir o que o Profeta tinha anunciado: "Dizei à filha de Sião: 'Eis o teu Rei, que vem ao teu encontro, humildemente montado num jumentinho, filho de uma jumenta'". Os discípulos partiram e fizeram como Jesus lhes ordenara: trouxeram a jumenta e o jumentinho, puseram lhes em cima as suas capas e Jesus sentou-Se sobre elas. Numerosa multidão estendia as capas no caminho; outros cortavam ramos de árvores e espalhavam nos pelo chão. E, tanto as multidões que vinham à frente de Jesus como as que O seguiam, diziam em altos brados: "Hossana ao Filho de David! Bendito O que vem em nome do Senhor! Hossana nas alturas!". Quando Jesus entrou em Jerusalém, toda a cidade ficou em alvoroço. "Quem é Ele?" – perguntavam. E a multidão respondia: "É Jesus, o profeta de Nazaré da Galileia".
2013-03-22
Páscoa para as crianças
Nesta página podem encontrar uma proposta de actividade para as crianças viverem a Páscoa. Trata-se uma espécie de "presépio" da Páscoa que consiste em fazer um cenário com Jerusalém ao fundo, o lugar onde Jesus celebra a última Ceia, as três cruzes do lugar onde Jesus é crucificado, o túmulo com a pedra. A página apresenta textos da Bíblia e orações para complementar as actividades. Está em francês mas não se deixe desencorajar, é fácil perceber e, para mais, com a ajuda do tradutor do Google acontecem milagres...
2013-03-15
Diálogo com o Evangelho
Diálogo com o Evangelho de Domingo, 17 de março, pelo Frei Eugénio, no programa de rádio "Raízes de Cá".
A vida questiona o Evangelho de Domingo, 17 de março
Jo. 8,1-11.
Jesus foi para o Monte das Oliveiras. De madrugada, voltou outra vez para o templo e todo o povo vinha ter com Ele. Jesus sentou-se e pôs-se a ensinar.
Então, os doutores da Lei e os fariseus trouxeram-lhe certa mulher apanhada em adultério, colocaram-na no meio e disseram-lhe: «Mestre, esta mulher foi apanhada a pecar em flagrante adultério. Moisés, na Lei, mandou-nos matar à pedrada tais mulheres. E Tu que dizes?»
Faziam-lhe esta pergunta para o fazerem cair numa armadilha e terem de que o acusar. Mas Jesus, inclinando-se para o chão, pôs-se a escrever com o dedo na terra. Como insistissem em interrogá-lo, ergueu-se e disse-lhes: «Quem de vós estiver sem pecado atire-lhe a primeira pedra!» E, inclinando-se novamente para o chão, continuou a escrever na terra.
Ao ouvirem isto, foram saindo um a um, a começar pelos mais velhos, e ficou só Jesus e a mulher que estava no meio deles. Então, Jesus ergueu-se e perguntou-lhe: «Mulher, onde estão eles? Ninguém te condenou?»
Ela respondeu: «Ninguém, Senhor.» Disse-lhe Jesus: «Também Eu não te condeno. Vai e de agora em diante não tornes a pecar.»
Jesus foi para o Monte das Oliveiras. De madrugada, voltou outra vez para o templo e todo o povo vinha ter com Ele. Jesus sentou-se e pôs-se a ensinar.
Então, os doutores da Lei e os fariseus trouxeram-lhe certa mulher apanhada em adultério, colocaram-na no meio e disseram-lhe: «Mestre, esta mulher foi apanhada a pecar em flagrante adultério. Moisés, na Lei, mandou-nos matar à pedrada tais mulheres. E Tu que dizes?»
Faziam-lhe esta pergunta para o fazerem cair numa armadilha e terem de que o acusar. Mas Jesus, inclinando-se para o chão, pôs-se a escrever com o dedo na terra. Como insistissem em interrogá-lo, ergueu-se e disse-lhes: «Quem de vós estiver sem pecado atire-lhe a primeira pedra!» E, inclinando-se novamente para o chão, continuou a escrever na terra.
Ao ouvirem isto, foram saindo um a um, a começar pelos mais velhos, e ficou só Jesus e a mulher que estava no meio deles. Então, Jesus ergueu-se e perguntou-lhe: «Mulher, onde estão eles? Ninguém te condenou?»
Ela respondeu: «Ninguém, Senhor.» Disse-lhe Jesus: «Também Eu não te condeno. Vai e de agora em diante não tornes a pecar.»
Os 3 C's - um verdadeiro programa
Na sua primeira homilia o Papa Francisco apresenta - com a maior simplicidade - um verdadeiro programa para a Igreja: os três C's:
- Caminhar
- Construir
- Confessar
Notável no conteúdo e na forma (nunca tinha visto um Papa fazer uma homilia sem papel e de pé!).
São apenas 7 minutos, mas de uma clareza e simplicidade surpreendente (e sem citar Papas e enciclicas!).
- Caminhar
- Construir
- Confessar
Notável no conteúdo e na forma (nunca tinha visto um Papa fazer uma homilia sem papel e de pé!).
São apenas 7 minutos, mas de uma clareza e simplicidade surpreendente (e sem citar Papas e enciclicas!).
2013-03-14
Alegria! Não sejam múmias!
Para irmos conhecendo melhor a personalidade e o modo de agir e pensar de Francisco I.
2013-03-13
Francisco, bispo de Roma
Parece uma escolha auspiciosa.
Vamos ver. Boa sorte!
Bons sinais: o nome, a enorme simplicidade, a informalidade, a referência a ser bispo da cidade de Roma, a atenção ao povo. A simpatia.
Parece, de facto, notar-se uma evolução positiva, pelo menos nos sinais exteriores de muito maior simplicidade, como se nota bem nas primeiras imagens.
2013-03-10
A propósito do Evangelho
Na sequência do diálogo do Frei Eugénio com o Evangelho do Filho Pródigo, vale bem a pena ler este texto de António Couto, de que aqui ficam alguns excertos.
(...) o narrador prepara cuidadosamente o cenário, dizendo-nos que os PUBLICANOS e PECADORES se aproximavam de Jesus para o escutar, em claro contraponto com os ESCRIBAS e FARISEUS que estavam lá, não para o escutar, mas para criticar o facto de Jesus acolher os pecadores e comer com eles. (…)
3. A estes últimos [escribas e fariseus] conta Jesus uma parábola, «ESTA PARÁBOLA» (taúten parabolên) (15,3), no singular. Sim, o texto diz expressamente «ESTA PARÁBOLA», o que quer dizer que tudo o que Jesus vai contar até ao final do Capítulo é uma só parábola, e não três, como vulgarmente se pensa, titula e diz. Sendo a parábola contada para os ESCRIBAS e FARISEUS, então é desse lado do auditório que nós, leitores ou ouvintes, nos devemos colocar. Se nos colocarmos, como é usual e a nossa simpatia reclama, do lado dos PECADORES, da OVELHA perdida e encontrada, da DRACMA perdida e encontrada, do FILHO perdido e encontrado, a parábola passa-nos ao lado.
(…)
7. Vejamos então: o filho mais novo faz ao seu PAI um estranho pedido: pede a parte da herança que lhe toca. Note-se bem que se trata de um pedido fatal. O PAI dá três coisas: o pão todos os dias, uma roupa nova pelas festas, mas há uma coisa que só dá uma vez na vida, e em circunstâncias fatais, de morte próxima: a herança! Ao pedir a herança, este filho como que mata o PAI e morre como filho! Em boa verdade, ele não quer mais ter PAI e não quer mais ser filho. Por isso, junta tudo, parte para longe e gasta tudo. Desce abaixo de porco, pois nem o que os porcos comem lhe é permitido comer. Decide então voltar para casa, e prepara um discurso com três pontos: 1) PAI, pequei contra o céu e contra ti; 2) não sou digno de ser chamado teu filho; 3) trata-me como um dos teus assalariados. Vê-se bem que não quer voltar mais a ser filho. Também não quer mais ter PAI. Quer ser um assalariado. Quer ter um patrão.
8. Voltou. O PAI viu-o ao longe, as suas entranhas moveram-se de compaixão, correu ao encontro do filho, abraçou-o e beijou-o. É outra vez a surpresa a encher a cena. Quando nós regressamos a casa, entenda-se, a Deus, nunca encontramos um PAI distraído ou ausente, que mudou de residência, ou que responde de forma brusca e fria. Note-se bem que a iniciativa surpreendente é do PAI.
(…)
10. Como tinha saído ao encontro do filho mais novo, o PAI sai agora também ao encontro do filho mais velho, para o instar a entrar para a FESTA, tal como o pastor que encontra a ovelha perdida e a mulher que encontra a dracma perdida convidaram os amigos e os vizinhos para a ALEGRIA. Mas este filho mais velho acusa o PAI de acolher um pecador e de se preparar para comer com ele. Exactamente o que faziam os ESCRIBAS e FARISEUS, que criticavam Jesus por acolher os pecadores e comer com eles. Este filho mostra-se, portanto, um puro FARISEU, que sempre cumpriu as ordens do PAI (patrão), achando-se credor e não devedor face ao seu PAI, face a Deus!
3. A estes últimos [escribas e fariseus] conta Jesus uma parábola, «ESTA PARÁBOLA» (taúten parabolên) (15,3), no singular. Sim, o texto diz expressamente «ESTA PARÁBOLA», o que quer dizer que tudo o que Jesus vai contar até ao final do Capítulo é uma só parábola, e não três, como vulgarmente se pensa, titula e diz. Sendo a parábola contada para os ESCRIBAS e FARISEUS, então é desse lado do auditório que nós, leitores ou ouvintes, nos devemos colocar. Se nos colocarmos, como é usual e a nossa simpatia reclama, do lado dos PECADORES, da OVELHA perdida e encontrada, da DRACMA perdida e encontrada, do FILHO perdido e encontrado, a parábola passa-nos ao lado.
(…)
7. Vejamos então: o filho mais novo faz ao seu PAI um estranho pedido: pede a parte da herança que lhe toca. Note-se bem que se trata de um pedido fatal. O PAI dá três coisas: o pão todos os dias, uma roupa nova pelas festas, mas há uma coisa que só dá uma vez na vida, e em circunstâncias fatais, de morte próxima: a herança! Ao pedir a herança, este filho como que mata o PAI e morre como filho! Em boa verdade, ele não quer mais ter PAI e não quer mais ser filho. Por isso, junta tudo, parte para longe e gasta tudo. Desce abaixo de porco, pois nem o que os porcos comem lhe é permitido comer. Decide então voltar para casa, e prepara um discurso com três pontos: 1) PAI, pequei contra o céu e contra ti; 2) não sou digno de ser chamado teu filho; 3) trata-me como um dos teus assalariados. Vê-se bem que não quer voltar mais a ser filho. Também não quer mais ter PAI. Quer ser um assalariado. Quer ter um patrão.
8. Voltou. O PAI viu-o ao longe, as suas entranhas moveram-se de compaixão, correu ao encontro do filho, abraçou-o e beijou-o. É outra vez a surpresa a encher a cena. Quando nós regressamos a casa, entenda-se, a Deus, nunca encontramos um PAI distraído ou ausente, que mudou de residência, ou que responde de forma brusca e fria. Note-se bem que a iniciativa surpreendente é do PAI.
(…)
10. Como tinha saído ao encontro do filho mais novo, o PAI sai agora também ao encontro do filho mais velho, para o instar a entrar para a FESTA, tal como o pastor que encontra a ovelha perdida e a mulher que encontra a dracma perdida convidaram os amigos e os vizinhos para a ALEGRIA. Mas este filho mais velho acusa o PAI de acolher um pecador e de se preparar para comer com ele. Exactamente o que faziam os ESCRIBAS e FARISEUS, que criticavam Jesus por acolher os pecadores e comer com eles. Este filho mostra-se, portanto, um puro FARISEU, que sempre cumpriu as ordens do PAI (patrão), achando-se credor e não devedor face ao seu PAI, face a Deus!
11. Quando duas figuras parecem diferentes, é naquilo em que se assemelham que reside a chave de compreensão. O que assemelha estes dois filhos é que ambos se sentem assalariados (e não filhos) e ambos olham para o PAI como para um patrão. É também interessante notar que os dois filhos deste quadro falam ao PAI, ao seu PAI comum, como fazem os cristãos. Como fazemos nós. Mas em nenhum momento da história se falam um ao outro. Será que também neste ponto se parecem connosco? Sim, às vezes, nós também só sabemos falar por trás, entre raivas acumuladas e insultos. (...)
13. Afinal «ESTA PARÁBOLA» em três quadros foi contada por Jesus aos ESCRIBAS e FARISEUS, ao FILHO MAIS VELHO, a NÓS. Mas ficamos sem saber, no final, se o FILHO MAIS VELHO entrou ou não entrou em casa, para a FESTA. O narrador não o diz, porque essa decisão de entrar ou não, somos NÓS que a temos de tomar. Afinal foi para NÓS, TU e EU, colocados, na estratégia narrativa, do lado dos ESCRIBAS e FARISEUS e do FILHO MAIS VELHO (única posição correcta para sermos interpelados pela parábola), que Jesus contou a parábola. Então, a decisão é nossa, é minha e tua: entramos ou recusamos entrar na CASA do PAI, na misericórdia, na festa, na dança e na alegria?
13. Afinal «ESTA PARÁBOLA» em três quadros foi contada por Jesus aos ESCRIBAS e FARISEUS, ao FILHO MAIS VELHO, a NÓS. Mas ficamos sem saber, no final, se o FILHO MAIS VELHO entrou ou não entrou em casa, para a FESTA. O narrador não o diz, porque essa decisão de entrar ou não, somos NÓS que a temos de tomar. Afinal foi para NÓS, TU e EU, colocados, na estratégia narrativa, do lado dos ESCRIBAS e FARISEUS e do FILHO MAIS VELHO (única posição correcta para sermos interpelados pela parábola), que Jesus contou a parábola. Então, a decisão é nossa, é minha e tua: entramos ou recusamos entrar na CASA do PAI, na misericórdia, na festa, na dança e na alegria?
2013-03-08
Livro de Homenagem ao Papa Bento XVI
Recebi ontem a notícia de que o Vaticano tinha publicado e disponibilizado gratuitamente em formato digital uma publicação de homenagem a Bento XVI, Pelo seu eventual interesse atrevo-me a divulgar a todos os amigos do REGADOR o link no qual podem consultar ou fazer o download dessa publicação intitulada Benedictus XVI.
Hugo Meireles
Hugo Meireles
Diálogo com o Evangelho
Diálogo com o Evangelho de Domingo, 10 de março (parábola do filho pródigo), pelo Frei Eugénio, no programa de rádio "Raízes de Cá".
A vida questiona o Evangelho de Domingo, 10 de março
Lc. 15,1-3.11-32.
Naquele tempo, os publicanos e os pecadores aproximavam-se de Jesus para O ouvirem. Mas os fariseus e os doutores da Lei murmuravam entre si, dizendo: «Este acolhe os pecadores e come com eles.»
Jesus propôs-lhes, então, esta parábola:
«Um homem tinha dois filhos. O mais novo disse ao pai: 'Pai, dá-me a parte dos bens que me corresponde.' E o pai repartiu os bens entre os dois. Poucos dias depois, o filho mais novo, juntando tudo, partiu para uma terra longínqua e por lá esbanjou tudo quanto possuía, numa vida desregrada.
Depois de gastar tudo, houve grande fome nesse país e ele começou a passar privações. Então, foi colocar-se ao serviço de um dos habitantes daquela terra, o qual o mandou para os seus campos guardar porcos. Bem desejava ele encher o estômago com as alfarrobas que os porcos comiam, mas ninguém lhas dava. E, caindo em si, disse: 'Quantos jornaleiros de meu pai têm pão em abundância, e eu aqui a morrer de fome! Levantar-me-ei, irei ter com meu pai e vou dizer-lhe: Pai, pequei contra o Céu e contra ti; já não sou digno de ser chamado teu filho; trata-me como um dos teus jornaleiros.'
E, levantando-se, foi ter com o pai. Quando ainda estava longe, o pai viu-o e, enchendo-se de compaixão, correu a lançar-se-lhe ao pescoço e cobriu-o de beijos.
O filho disse-lhe: 'Pai, pequei contra o Céu e contra ti; já não mereço ser chamado teu filho.'
Mas o pai disse aos seus servos: 'Trazei depressa a melhor túnica e vesti-lha; dai-lhe um anel para o dedo e sandálias para os pés. Trazei o vitelo gordo e matai-o; vamos fazer um banquete e alegrar-nos, porque este meu filho estava morto e reviveu, estava perdido e foi encontrado.' E a festa principiou.
Ora, o filho mais velho estava no campo. Quando regressou, ao aproximar-se de casa ouviu a música e as danças. Chamou um dos servos e perguntou-lhe o que era aquilo. Disse-lhe ele: 'O teu irmão voltou e o teu pai matou o vitelo gordo, porque chegou são e salvo.' Encolerizado, não queria entrar; mas o seu pai, saindo, suplicava-lhe que entrasse.
Respondendo ao pai, disse-lhe: 'Há já tantos anos que te sirvo sem nunca transgredir uma ordem tua, e nunca me deste um cabrito para fazer uma festa com os meus amigos; e agora, ao chegar esse teu filho, que gastou os teus bens com meretrizes, mataste-lhe o vitelo gordo.'
O pai respondeu-lhe: 'Filho, tu estás sempre comigo, e tudo o que é meu é teu. Mas tínhamos de fazer uma festa e alegrar-nos, porque este teu irmão estava morto e reviveu; estava perdido e foi encontrado.'»
2013-03-01
Diálogo com o Evangelho
Diálogo com o Evangelho de Domingo, e de março, pelo Frei Eugénio, no programa de rádio "Raízes de Cá".
A vida questiona o Evangelho de Domingo, 3 de março
Lc. 13,1-9.
Naquele tempo, apareceram alguns a contar a Jesus, dos galileus, cujo sangue Pilatos tinha misturado com o dos sacrifícios que eles ofereciam.Respondeu-lhes: «Julgais que esses galileus eram mais pecadores que todos os outros galileus, por terem assim sofrido? Não, Eu vo-lo digo; mas, se não vos converterdes, perecereis todos igualmente.
E aqueles dezoito sobre os quais caiu a torre de Siloé, matando-os, eram mais culpados que todos os outros habitantes de Jerusalém? Não, Eu vo-lo digo; mas, se não vos converterdes, perecereis todos da mesma forma.»
Disse-lhes, também, a seguinte parábola: «Um homem tinha uma figueira plantada na sua vinha e foi lá procurar frutos, mas não os encontrou.
Disse ao encarregado da vinha: 'Há três anos que venho procurar fruto nesta figueira e não o encontro. Corta-a; para que está ela a ocupar a terra?'
Mas ele respondeu: 'Senhor, deixa-a mais este ano, para que eu possa escavar a terra em volta e deitar-lhe estrume. Se der frutos na próxima estação, ficará; senão, poderás cortá-la.'»