«Em geral, nas igrejas, faz-se pouco apelo à razão, à reflexão crítica, à pergunta.
Como se a fé não tivesse de conviver com a inteligência, com a dúvida e com a pergunta.
Os cristãos - mas isso acontece com todas as religiões - parece que ficam tolhidos na sua capacidade de perguntar.
No entanto, Jesus morreu a rezar esta pergunta infinita que atravessa os séculos: "Meu Deus, meu Deus, porque me abandonaste?" e, perto de nós, M. Heidegger, um dos filósofos mais influentes do século XX, escreveu que "a pergunta é a piedade do pensamento".»
Anselmo Borges, no DN.
Diário da pandemia (17)
Há 4 anos
"a pergunta é a piedade do pensamento".» é duma sabedoria fantástica.
ResponderEliminarEste artigo dá para pensar e conversar.
Boa iniciativa Paulo!
frei
Hmmm.. acho interessante o post e a questão que fica. Quis Jesus que pensássemos que se sentiu abandonado? Li, não lembro onde, que em tudo Ele quis se identificar connosco, e, como a morte é um momento de solidão extrema pelo qual havemos que passar, também ele e assim o sofreu.
ResponderEliminarGostei do Blogue :)
Disseram-me que os Judeus tinham o hábito de rezar os salmos de cada dia.
ResponderEliminarDaí, quando Jesus diz, na cruz
"Meu Deus, meu Deus, porque me abandonaste?"
não está a desesperar nem a duvidar do amor de Deus,
mas está a REZAR de uma forma típica daquele tempo...
De qualquer forma, adorei o post, questionar é uma das coisas que diferencia a inteligência da sabedoria...