2015-04-27

Diálogo com o Evangelho


Diálogo com o Evangelho do 4º Domingo de Páscoa, Domingo do Bom Pastor, 26 de Abril, pelo Frei Eugénio, no programa de rádio "Raízes de Cá".

A vida questiona o Evangelho de Domingo, 26 de Abril

Jo. 10,11-18.
Naquele tempo, disse Jesus: «Eu sou o Bom Pastor. O bom pastor dá a vida pelas suas ovelhas.  O mercenário, como não é pastor, nem são suas as ovelhas, logo que vê vir o lobo, deixa as ovelhas e foge, enquanto o lobo as arrebata e dispersa.
O mercenário não se preocupa com as ovelhas.
Eu sou o Bom Pastor: conheço as minhas ovelhas, e as minhas ovelhas conhecem-Me, do mesmo modo que o Pai Me conhece e Eu conheço o Pai; Eu dou a vida pelas minhas ovelhas.
Tenho ainda outras ovelhas que não são deste redil e preciso de as reunir; elas ouvirão a minha voz e haverá um só rebanho e um só Pastor.
Por isso o Pai Me ama: porque dou a minha vida, para poder retomá-la. Ninguém Ma tira, sou Eu que a dou espontaneamente. Tenho o poder de a dar e de a retomar: foi este o mandamento que recebi de meu Pai».

2015-04-18

Diálogo com o Evangelho


Diálogo com o Evangelho do 3º Domingo de Páscoa, 19 de Abril, pelo Frei Eugénio, no programa de rádio "Raízes de Cá".

A vida questiona o Evangelho de Domingo, 19 de Abril

Lc. 24,35-48.
Naquele tempo, os discípulos de Emaús contaram o que tinha acontecido no caminho e como tinham reconhecido Jesus ao partir do pão. Enquanto diziam isto, Jesus apresentou-Se no meio deles e disse-lhes: «A paz esteja convosco». Espantados e cheios de medo, julgavam ver um espírito.
Disse-lhes Jesus: «Porque estais perturbados e porque se levantam esses pensamentos nos vossos corações? Vede as minhas mãos e os meus pés: sou Eu mesmo; tocai-Me e vede: um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que Eu tenho». Dito isto, mostrou-lhes as mãos e os pés.
E como eles, na sua alegria e admiração, não queriam ainda acreditar, perguntou-lhes: «Tendes aí alguma coisa para comer?».
Deram-Lhe uma posta de peixe assado, que Ele tomou e começou a comer diante deles.
Depois disse-lhes: «Foram estas as palavras que vos dirigi, quando ainda estava convosco: ‘Tem de se cumprir tudo o que está escrito a meu respeito na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos’».  Abriu-lhes então o entendimento para compreenderem as Escrituras e disse-lhes: «Assim está escrito que o Messias havia de sofrer e de ressuscitar dos mortos ao terceiro dia, e que havia de ser pregado em seu nome o arrependimento e o perdão dos pecados a todas as nações, começando por Jerusalém. Vós sois as testemunhas de todas estas coisas».

2015-04-12

Ressurreição

«Em muitas situações não é, em primeiro lugar, a chamada “ressurreição dos mortos” que mais nos interroga. Essa é, segundo a confiança cristã, cuidado de Deus. Mas a ressurreição de mulheres ou maridos vivos, com a morte na alma, sós, com crianças muito pequenas para criar, é nosso encargo.
Quando se mata para sempre o emprego de adultos na força da vida e se deixam os jovens, anos a fio, à espera de nada; quando se cortam nas pensões dos reformados e os idosos são reduzidos a sobrantes, a descartáveis, que fazer? Sem uma política de insurreição das comunidades católicas e das suas hierarquias eclesiásticas, pode ser alienante falar de ressurreição. Sem um levantamento cristão contra a injustiça, expulsámo-nos do amor transformante, da caridade teologal, como nos recorda o Papa Francisco.»

Frei Bento Domingues, O. P.
Público 05 ABR 2015

2015-04-11

Diálogo com o Evangelho


Diálogo com o Evangelho do 2º Domingo de Páscoa (Misericórdia), 12 de Abril, pelo Frei Eugénio, no programa de rádio "Raízes de Cá".

A vida questiona o Evangelho de Domingo, dia 12 de Abril

Jo. 20,19-31.
Na tarde daquele dia, o primeiro da semana, estando fechadas as portas da casa onde os discípulos se encontravam, com medo dos judeus, veio Jesus, apresentou-Se no meio deles e disse-lhes: «A paz esteja convosco».
Dito isto, mostrou-lhes as mãos e o lado. Os discípulos ficaram cheios de alegria ao verem o Senhor.
Jesus disse-lhes de novo: «A paz esteja convosco. Assim como o Pai Me enviou, também Eu vos envio a vós».
Dito isto, soprou sobre eles e disse-lhes: «Recebei o Espírito Santo: àqueles a quem perdoardes os pecados ser-lhes-ão perdoados; e àqueles a quem os retiverdes ser-lhes-ão retidos».
Tomé, um dos Doze, chamado Dídimo, não estava com eles quando veio Jesus. Disseram-lhe os outros discípulos: «Vimos o Senhor». Mas ele respondeu-lhes: «Se não vir nas suas mãos o sinal dos cravos, se não meter o dedo no lugar dos cravos e a mão no seu lado, não acreditarei».
Oito dias depois, estavam os discípulos outra vez em casa, e Tomé com eles. Veio Jesus, estando as portas fechadas, apresentou-Se no meio deles e disse: «A paz esteja convosco».
Depois disse a Tomé: «Põe aqui o teu dedo e vê as minhas mãos; aproxima a tua mão e mete-a no meu lado; e não sejas incrédulo, mas crente».
Tomé respondeu-Lhe: «Meu Senhor e meu Deus!».
Disse-lhe Jesus: «Porque Me viste acreditaste: felizes os que acreditam sem terem visto».
Muitos outros milagres fez Jesus na presença dos seus discípulos, que não estão escritos neste livro. Estes, porém, foram escritos para acreditardes que Jesus é o Messias, o Filho de Deus, e para que, acreditando, tenhais a vida em seu nome.

2015-04-05

Diálogo com o Evangelho


Diálogo com o Evangelho de Domingo de Páscoa, 5 de Abril, pelo Frei Eugénio, no programa de rádio "Raízes de Cá".

5 de Abril, Domingo de Páscoa, da Ressurreição


Fra Angelico, Ressurreição, Convento de São Marcos, em Florença

Jo. 20,1-9.
No primeiro dia da semana, Maria Madalena foi de manhãzinha, ainda escuro, ao sepulcro e viu a pedra retirada do sepulcro. Correu então e foi ter com Simão Pedro e com o discípulo predileto de Jesus e disse-lhes: «Levaram o Senhor do sepulcro e não sabemos onde O puseram».
Pedro partiu com o outro discípulo e foram ambos ao sepulcro. Corriam os dois juntos, mas o outro discípulo antecipou-se, correndo mais depressa do que Pedro, e chegou primeiro ao sepulcro. Debruçando-se, viu as ligaduras no chão, mas não entrou.
Entretanto, chegou também Simão Pedro, que o seguira. Entrou no sepulcro e viu as ligaduras no chão e o sudário que tinha estado sobre a cabeça de Jesus, não com as ligaduras, mas enrolado à parte.
Entrou também o outro discípulo que chegara primeiro ao sepulcro: viu e acreditou.
Na verdade, ainda não tinham entendido a Escritura, segundo a qual Jesus devia ressuscitar dos mortos.