Em Portugal, está em debate um projecto de lei sobre a matéria, no qual a Igreja católica e as outras confissões religiosas deixam de ter lugar no protocolo.
É assim que há muito devia ser. De facto, a que título é que as autoridades religiosas haveriam de surgir na lista de precedências no protocolo, concretamente num Estado regido pelo princípio da não confessionalidade, portanto, da separação da(s) Igreja(s) e do Estado?
(...)
A Igreja não precisa nem quer privilégios, pois apenas pede para si o que exige para todos: liberdade. Antes de mais, liberdade para defender os mais desfavorecidos, os velhos, os reformados pobres, sem esquecer que 85% dos pensionistas recebem apenas até 374 euros. Aliás, de um modo ou outro, a factura das precedências no protocolo do Estado, do “empréstimo” de aviões presidenciais para a viagem de hierarcas e dos privilégios em geral acabaria sempre por chegar, tolhendo-lhe a independência crítica.
Anselmo Borges, no DN de hoje
É assim que há muito devia ser. De facto, a que título é que as autoridades religiosas haveriam de surgir na lista de precedências no protocolo, concretamente num Estado regido pelo princípio da não confessionalidade, portanto, da separação da(s) Igreja(s) e do Estado?
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A Igreja não precisa nem quer privilégios, pois apenas pede para si o que exige para todos: liberdade. Antes de mais, liberdade para defender os mais desfavorecidos, os velhos, os reformados pobres, sem esquecer que 85% dos pensionistas recebem apenas até 374 euros. Aliás, de um modo ou outro, a factura das precedências no protocolo do Estado, do “empréstimo” de aviões presidenciais para a viagem de hierarcas e dos privilégios em geral acabaria sempre por chegar, tolhendo-lhe a independência crítica.
Anselmo Borges, no DN de hoje
Acho que este projecto de lei só peca por tardio.
ResponderEliminarConcordo totalmente com o Paulo. A Igreja vai ficar mais independente.
António da Veiga