2006-09-24

Voltando ao discurso do Papa

É certo que o Papa, como qualquer cidadão, tem o direito de expressar as suas opiniões, em liberdade e sem a ameaça da violência ou condenações sumárias.
Todavia, das duas uma:
- ou Bento XVI queria efectuar uma crítica ao Islão – e então devia ter sido mais claro e mais frontal, assumindo todas as consequências daí decorrentes;
- ou não pretendia criticar em particular o Islão – como aparentemente não queria – e então era exigível que tivesse tido mais cuidado no que disse.
É certo que o fez num contexto académico, mas o Papa não pode ignorar a posição que tem. Nem ignorar a questão essencial do diálogo com o Islão. E o mínimo que se pode dizer é que a sua lição não veio ajudar a estabelecer o diálogo entre religiões.
E se este episódio mostra alguma coisa é que o diálogo com o Islão não é tarefa fácil.
A questão central é:
como estabelecer o diálogo com o Islão?
Nao há respostas simples, mas parece-me que temos que começar por entender a sua lógica e estudar os seus textos.

2 comentários:

  1. sobre este assunto pronunciou-se ontem Durão Barroso. ver público de ontem.

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  2. digo, ver Público de hoje.

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