2008-06-16

A deriva da Itália católica (2):
não são "Velhos do Restelo", são "jovens turcos"!


Caro Bruno,

No teu contributo ao post anterior dizes estar cansado dos Velhos do Restelo na Igreja. Olha que não se trata de "velhos do Restelo" mas de "jovens turcos" isto é de adultos jovens que navegam bem na cultura da critica sistemática e numa atitude agressiva contra a modernidade tal como se está a viver na Europa. Evidentemente que este cultura tem valores com os quais não concordo nada, mas como faço parte dela, não me posso colocar fora do jogo, mas estou nele e procuro jogar de forma diferente.
Não são "velhos do Restelo" virados para o passado, mas antes "jovens turcos" apostados em criar um futuro em oposição ao que se vive neste tempo que é o nosso.
Além disso como sabem intervir e não têm medo de o fazer, apresentam-se como os "porta-vozes" dos católicos.
E também é de salientar que nesta tendência católica italiana as pessoas não praticam entre si a cultura do debate, mas estão treinados para a cultura do confronto.
Quem não se revê neles cala-se e assim, como diz o artigo, muitos católicos sentem-se isolados e sem voz audível no interior da própria Igreja. E não são só leigos mas também bispos e padres.
Mas muito modestamente dá-me grande alegria e esperança saber que jovens adultos como tu, alinham na "cultura da FAVA e do Regador" na qual consideramos importante converter a inteligência, pondo questões e debatendo assuntos com os que não concordam connosco, procurando vê-los à luz do Evangelho.
Alem disso a nossa fragilidade de "favinhas" sem braços institucionais fortes, dá-nos uma liberdade de filhos de Deus que considero uma das maiores graças que Jesus nos dá.
Alegro-me por ver o teu gosto de viveres como cristão neste tempo.
frei Eugénio

Sem comentários:

Enviar um comentário