2009-04-14

Hans Kung



3 comentários:

  1. Entrevista que manifesta os desacordos mas num tom de cordialidade e respeito. A discordância transparente não é um elemento importante da amizade?
    E o amor à Igreja e à sua missão não exigem também procura e discussão sobre os meios mais adaptados para concretizar os valores em causa?
    Uma boa inicitiava das EuroNews
    M.V.

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  2. É uma entrevista realmente interessante e fundamental. É urgente haver tomadas de posição publicas sobre questões tão pouco unanimes. Afinal somos todos igreja... não é só papa.

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  3. Acho engraçado o que diz sobre o auto-isolamento do Papa. Ainda há dias em debate na France24 (podem ver aqui http://www.france24.com/en/20090413-thedebate-malaise-catholic-church), com o título "Mal-estar na Igreja Católica", estava um padre irlandês radicado em Paris que dizia: se ele disser isto é criticado por uma banda se disser aquilo é criticado por outra, ele tem de decidir tudo sozinho.
    Bom eu acho que decidir tem de decidir sozinho mas isolar-de de ouvir conselhos na altura de tomar decisões não tem de o fazer. Aí não é Hans Küng o único a dizê-lo.
    Discordo no entanto de Küng quando afirma que a Igreja está a caminho da Idade Média (a grande diferença é que na Idade Média a cultura, a sociedade eram cristãs, ao passo que hoje a Igreja pode tornar-se num cultura alternativa, sectária, estanque exactamente à imagem dos grupos religiosos de origem americana, tangencialmente em contacto com a sociedade contemporânea mas essencialmente segregada). Também acho que é preciso não esperar tudo da renovação do aparelho que governa a Igreja. Nesse aspecto é que é importante a voz de Küng porque o que ele diz é que muita gente gostaria de discutir mas acha que o separa da Igreja. Lá diz o diabo experiente das Screwtape Letters de C. S. Lewis. que o melhor para combater a fé é afastar a razão, nada de discussões nem pensamento. Não se está a ver mesmo que é?
    PS Eu acompanhei a questão da visita do Papa à Turquia e acho que Küng está mesmo enganado quanto ao suposto volte-face da Santa Sé em relação à adesão da Turquia à UE. É que como se sabe tudo não passou de um incidente diplomático. O secretário de Estado continuou a dizer o que dizia antes. Quem não souber a historinha leia aqui (http://chiesa.espresso.repubblica.it/articolo/108781)

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