"Na cruz, Cristo partilha tudo connosco, inclusivamente o silêncio de Deus: a única resposta ao seu próprio sofrimento é um grande silêncio. Jesus faz a experiência do que significa sentirmo-nos longe de Deus, abandonados. No entanto, no coração desse abandono, utiliza as palavras do salmista e clama com voz forte: «Meu Deus, meu Deus, porque me abandonaste?» (Mateus 27,46). Desta forma, até este abandono é inserido no diálogo de amor entre Jesus e o seu Pai.
E o grito angustiado de Jesus transforma-se. Há apenas uma realidade que ninguém lhe pode tirar: é a confiança de que é amado por Deus e de que, dando a sua vida, ele transmite esse amor. Os seus lábios podem então murmurar: «Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito» (Lucas 23,46). E o seu último sopro, cheio de uma dor imensa, é ao mesmo tempo a efusão do amor de Deus."
In: Meditação do irmão Alois, "Sexta-feira Santa: A cruz não é a última palavra".
Obrigado pela mensagem de Esperança em sexta-feira santa!
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