2009-05-12

Bento XVI na Terra Santa


Hoje Bento XVI encontra-se na cidade que, nos mapas medievais era tida como o centro do mundo, sendo o lugar pelo qual viera ao mundo ao salvação.
Ontem visitou Amã onde agradeceu o acolhimento dado aos cristãos iraquianos que ali se refugiaram (os números a que tive acesso variam entre os 40 000 e 60 000, de qualquer forma um número largamente superado pelos que se refugiam na Síria).
Amanhã será a sua única passagem pelos territórios palestinianos, Belém mais precisamente.
O terreno que pisa é um terreno armadilhado de política e religião (basta ver os problemas que a legenda de Pio XII no Memorial do Holocausto coloca ou o boicote dos Irmãos Muçulmanos à visita).
Segundo um dos Guardiães dos lugares santos, Frederick Manns, a mensagem mais importante de Bento XVI para esta terra castigada por 60 anos de guerra será o perdão, que é de facto uma característica que distingue os cristãos quer de muçulmanos quer de hebreus. Se me é permitido eu - e não serei o único - gostava que se falasse do que significam para nós os cristãos do Oriente que vivem em uma fronteira dupla com judeus e muçulmanos. Serão eles os bem-aventurados perseguidos por causa do nome de Jesus, quer em Israel onde muitos vêm as suas casas destruídas sem que os títulos de propriedade do tempo otomano valham alguma coisa, ou os extremistas muçulmanos que os liquidam no Iraque, com governo a assistir?).
Por outras palavras, é importante não apenas deixar mensagens mas ver a mensagem que eles são para nós.

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