Após o ano de S. Paulo, teve início no dia 19 de Junho o Ano Sacerdotal (que terminará com um Congresso Internacional em Roma, de 9 a 11 de Junho de 2010).
A este propósito aqui fica um resumo do artigo «Priests to the fore», publicado no Tablet (e que o António traduziu e resumiu para o Regador):
Desde o Concílio Vaticano II a Igreja Católica tem lutado com o verdadeiro significado do sacerdócio comum do Povo de Deus baseado no Batismo e a relação entre o clero e o povo. A abertura do Ano para Padres, que começa na próxima semana, não tenciona minar o lugar do laicado, mas é o reconhecimento que, especialmente nos países desenvolvidos do Ocidente, o sacerdócio ordenado está rodeado de problemas.
O escândalo sexual do clero fez muitas vítimas, mas raramente se reconhece que houve padres entre eles. Muitos bons padres sentiram-se envergonhados e traídos na sua vocação pelas vis acções de uns poucos. Isso afectou mesmo a sua linguagem corporal, a sua capacidade para andar pelas ruas com confiança e olhar o mundo nos olhos.
Os padres vieram a sentir insegurança quanto ao seu papel. Muitos leigos serão tão cultos como eles, e têm um conhecimento prático de teologia que quase não existia há 50 anos. O laicado em muitas paróquias tomou um compromisso activo para a justiça e a paz e assumiu funções de liderança. O declínio na prática confessional transferiu a ênfase pastoral para situações menos formais - uma mudança que muitos padres acolheram sem terem a certeza de a usarem bem. Serão eles leigos com cabeção, cuja função é fazer o bem na sopa dos pobres local? Serão eles revolucionários sociais, tirando o povo da escravidão política? Ou há para eles um papel mais monástico e ascético como fontes de sabedoria espiritual? Não há um modelo único; no entanto o lugar central dos padres na vida eucarística da Igreja é comum a todos eles. Não surpreende que os novos padres dominem esta incerteza regressando a uma versão mais conservadora do seu papel, pelo menos no vestuário, modos e liturgia.
Para muitos padres o lado pastoral é o que primeiro os conduziu para a sua vocação: o desejo de ajudar as pessoas, trazendo-lhes a verdade do amor de Deus. O ensino é parte crucial disso, por palavras e actos, para mostrar pelo exemplo de um que o caminho para a santidade está aberto a todos. Os bons padres concentram-se no que só eles podem fazer e para o que são mais apreciados. O Ano dos Padres é uma oportunidade para renovar a estima e respeito que lhes são devidos pelos seus anos de formação ao serviço dos outros, pelos consequentes sacrifícios e pela autoridade que receberam da Igreja para actuar na vez de Deus – tanto no altar como na sopa dos pobres.
O escândalo sexual do clero fez muitas vítimas, mas raramente se reconhece que houve padres entre eles. Muitos bons padres sentiram-se envergonhados e traídos na sua vocação pelas vis acções de uns poucos. Isso afectou mesmo a sua linguagem corporal, a sua capacidade para andar pelas ruas com confiança e olhar o mundo nos olhos.
Os padres vieram a sentir insegurança quanto ao seu papel. Muitos leigos serão tão cultos como eles, e têm um conhecimento prático de teologia que quase não existia há 50 anos. O laicado em muitas paróquias tomou um compromisso activo para a justiça e a paz e assumiu funções de liderança. O declínio na prática confessional transferiu a ênfase pastoral para situações menos formais - uma mudança que muitos padres acolheram sem terem a certeza de a usarem bem. Serão eles leigos com cabeção, cuja função é fazer o bem na sopa dos pobres local? Serão eles revolucionários sociais, tirando o povo da escravidão política? Ou há para eles um papel mais monástico e ascético como fontes de sabedoria espiritual? Não há um modelo único; no entanto o lugar central dos padres na vida eucarística da Igreja é comum a todos eles. Não surpreende que os novos padres dominem esta incerteza regressando a uma versão mais conservadora do seu papel, pelo menos no vestuário, modos e liturgia.
Para muitos padres o lado pastoral é o que primeiro os conduziu para a sua vocação: o desejo de ajudar as pessoas, trazendo-lhes a verdade do amor de Deus. O ensino é parte crucial disso, por palavras e actos, para mostrar pelo exemplo de um que o caminho para a santidade está aberto a todos. Os bons padres concentram-se no que só eles podem fazer e para o que são mais apreciados. O Ano dos Padres é uma oportunidade para renovar a estima e respeito que lhes são devidos pelos seus anos de formação ao serviço dos outros, pelos consequentes sacrifícios e pela autoridade que receberam da Igreja para actuar na vez de Deus – tanto no altar como na sopa dos pobres.
Uma boa apresentação em poucas palavras das questões que tocam à situação dos padres na Igreja Católica.
ResponderEliminarBem hajas António
Eugénio