A meu ver a questão não tem a ver principalmente com a religião, mas sim com a cultura, os costumes as relações familiares e a ligação com o pais de origem, a Turquia (neste caso da Alemanha).
Pelo que eu vou vendo por estas bandas, o que interessava aos países receptores de imigrantes era a força de trabalho e muito pouco se fez, que eu saiba, para que esses imigrantes pudessem "dar um salto cultural" sobretudo as mulheres que estão na base de muitas sociedades inclusive a turca.
Não tenho estatísticas, mas bastantes jovens trabalhadores turcos vão casar com raparigas turcas da Turquia que depois nos países de imigração em elevada percentagem se ocupam dos filhos em casa e assim conhecem mal a língua, as instituições e a cultura do pais onde vivem: Podem viver de manhã à noite dentro do meio turco.
A situação é diferente entre os turcos e turcas que estudam para lá do mínimo obrigatório e que se casam entre si. São os “turco-descendentes” como os “luso-descendentes ou os “ítalo-descendentes” e outros, que se vão distanciando dos costumes das terras de origem dos pais.
A meu ver é a boa altura de nos preocuparmos esta questão da língua e culturas dos países de acolhimento e paralelamente se criar interesse pelas culturas e costumes dos países de emigração.
Algo de semelhante se passa dentro das Igrejas com a chegada de fiéis de origem estrangeira. Os católicos de Portugal, das Filipinas, da Itália, etc., no Reino Unido, os evangélicos em Portugal, os ortodoxos ucranianos nos países do continente americano, etc.
Seria bom que houvesse quem se interessasse por estas questões, que são bem importantes e que não se podem deixar ao Deus-dará.
frei Eugénio em Bruxelas, com imigrantes portugueses.
PS - Já agora sugiro que consultem o blog que é indicado aqui ao lado: www.raizesdaca.blogspot.com que é uma pequenina voz dos portugueses que vivem na Bélgica.
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