No
Euobserver existe um conjunto de blogues. Talvez valha a pena dar uma olhada para saber o que se pensa na Europa e o que podemos pensar sobre a Europa - e o que talvez cá em Portugal se poderia pensar mais abertamente não fosse soar a sacrilégio. Por exemplo, em
The two lane fallacy, Mats Persson fala exactamente disso: da falácia da Europa a duas velocidades como se os países que estão fora da moeda única estivessem a regredir. Na verdade não estão. Na Dinarmaca e Polónia os aumentos de PIB são, respectivamente, de 3,4 a 6,4. Persson fala sugestivamente em algo que traduziria por "chavões para acabar com o pensamento" (ver Wikpédia:
thought-terminating-cliché), processos próprios da propaganda. A ideia é que falar nesses termos nos impede de ver a Europa de outro modo. Ora, eu acho melhor que as nossas elites comecem a fazer balanços claros e assumidos sobre a pertença de Portugal ao Euro: sim porque a assunção de que a convergência nominal por via da moeda arrastava a convergência real está redondamente falhada. O que pode ainda vir de positivo? É só uma questão.
Concordo que é muito importante olhar para a realidade como ela é, sem pré-conceitos e clichés.
ResponderEliminarO trabalho de muitos blogs é importante no desmontar de certas ideias feitas.
Leiam no Jornal de Negócios de hoje o editorial de Helena Garrido sobre o assunto (http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=469001): "Não há euros grátis", diz ela.
ResponderEliminarA.
Já li. É deprimente. E o problema é que ouvindo os políticos parece que está tudo bem, entretidos nas suas guerrinhas estéreis. Se calhar precisavamos da energia e mobilização dos egípcios.
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