Hoje é dia de Páscoa. O dia amanheceu radioso prenunciando aleluias pela Ressureição do Senhor. Nos campanários os sinos tocam e estralejam foguetes no ar anunciando a saída das cruzes que proclamam a Sua presença entre nós. Jesus vem lembrar-nos mais uma vez que Ressuscitou, está Vivo e, como nos prometeu, sempre a nosso lado se assim o quisermos.
Eram cerca de 10 horas quando o cortejo do Compasso Pascal surgiu no caminho de minha casa, na aldeia onde o meu avô nasceu, tocando o sino que o anuncia. Senti-me invadido de um misto de saudade dos meus tempos de criança e de alegria por ainda se manter esta tradição que nos traz a presença de Jesus Cristo a nossa casa. Mas depois dei-me conta de que esta bonita tradição, já perdida na maioria das nossas cidades, é um fugaz momento de emoção que pouco ou nada transforma as nossas vidas.
Hoje, uma vez mais, Jesus entrou de novo em muitas das nossas casas, veio ter connosco. E como no encontro com Zaqueu, Jesus veio também dizer-nos "hoje venho ficar na tua casa.
Mas, infelizmente, somos como os discípulos de Emaús e duvidamos da Ressureição do nosso Senhor Jesus Cristo, seguindo o nosso caminho no dia-a-dia, ignorando a sua presença ou com lamentos pela sua ausência, não acreditando na promessa que nos fez de estar sempre presente nas nossas vidas, nas alegrias e tristezas. Oxalá, por isso, consigamos hoje mudar o nosso coração para deixarmos que o Espírito do Senhor nos invada e transforme a nossa vida. Que o Senhor faça do nosso coração um odre novo para o vinho novo que Ele representa.
Assim, hoje, vou rezar por mim e também pelos meus amigos da FAVA e do Regador com as palavras do Salmo 50 "Criai em mim ó Deus um coração puro e fazei nascer dentro de mim um espírito firme..." para assim podermos fazer a vontade do nosso Deus como prometemos ao rezar o Pai Nosso, a oração que Jesus nos ensinou.
O compasso continua a ser uma referênciz viva para muitos católicos portugueses espalhados pelo mundo.
ResponderEliminarÉ um rito muito bonito: Jesus vai visitar em cortejo festivo cada casa.
Um bonito e muito oportuno comentário do Hugo.