2012-05-26

A vida questiona o Evengelho de domingo de pentecostes, 27 de maio


Jo. 15,26-27.16,12-15.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Quando vier o Paráclito, o Espírito da Verdade, que procede do Pai, e que Eu vos hei-de enviar da parte do Pai, Ele dará testemunho a meu favor. E vós também haveis de dar testemunho, porque estais comigo desde o princípio.»
«Tenho ainda muitas coisas a dizer-vos, mas não sois capazes de as compreender por agora. Quando Ele vier, o Espírito da Verdade, há-de guiar-vos para a Verdade completa. Ele não falará por si próprio, mas há-de dar-vos a conhecer quanto ouvir e anunciar-vos o que há-de vir. Ele há-de manifestar a minha glória, porque receberá do que é meu e vo-lo dará a conhecer.
Tudo o que o Pai tem é meu; por isso é que Eu disse: 'Receberá do que é meu e vo-lo dará a conhecer'.»

2012-05-24

Domingos de Gusmão

S. Domingos - Matisse

Que Deus Pai nos abençoe

que Deus Filho nos cure

que o Espírito Santo nos ilumine e nos dê

olhos para ver,

mãos para realizar o trabalho de Deus,

pés para caminhar,

uma boca para pregar a Palavra da Salvação

e o anjo da paz para nos guardar e finalmente,

pela graça do Senhor, nos conduzir ao Seu Reino. 
Ámen.

(Bênção dominicana do século XIII)

2012-05-18

A vida questiona o Evangelho de Domingo 20 de maio


Mc. 16,14-20.
Naquele tempo, Jesus apareceu aos  Onze
E disse-lhes: «Ide pelo mundo inteiro, proclamai o Evangelho a toda a criatura. Quem acreditar e for baptizado será salvo; mas, quem não acreditar será condenado. Estes sinais acompanharão aqueles que acreditarem: em meu nome expulsarão demónios, falarão línguas novas, apanharão serpentes com as mãos e, se beberem algum veneno mortal, não sofrerão nenhum mal; hão-de impor as mãos aos doentes e eles ficarão curados.»
Então, o Senhor Jesus, depois de lhes ter falado, foi arrebatado ao Céu e sentou-se à direita de Deus.
Eles, partindo, foram pregar por toda a parte; o Senhor cooperava com eles, confirmando a Palavra com os sinais que a acompanhavam.

2012-05-13

A vida questiona o Evangelho de Domingo, 13 de maio

Matisse - árvore da vida
Jo. 15,9-17.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Assim como o Pai me tem amor, assim Eu vos amo a vós. Permanecei no meu amor.
Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor, assim como Eu, que tenho guardado os mandamentos do meu Pai, também permaneço no seu amor. Manifestei-vos estas coisas, para que esteja em vós a minha alegria, e a vossa alegria seja completa. É este o meu mandamento: que vos ameis uns aos outros como Eu vos amei.
Ninguém tem mais amor do que quem dá a vida pelos seus amigos. Vós sois meus amigos, se fizerdes o que Eu vos mando.
Já não vos chamo servos, visto que um servo não está ao corrente do que faz o seu senhor; mas a vós chamei- -vos amigos, porque vos dei a conhecer tudo o que ouvi ao meu Pai. Não fostes vós que me escolhes-tes; fui Eu que vos escolhi a vós e vos destinei a ir e a dar fruto, e fruto que permaneça; e assim, tudo o que pedirdes ao Pai em meu nome Ele vo-lo concederá.
É isto o que vos mando: que vos ameis uns aos outros.»

2012-05-05

Diálogo com o Evangelho

Diálogo com o Evangelho do 5º Domingo de Páscoa, 6 de maio, pelo Frei Eugénio, no programa de rádio "Raízes de Cá".

A vida questiona o Evangelho de Domingo, 6 de Maio


Jo. 15,1-8.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Eu sou a videira verdadeira e o meu Pai é o agricultor.
Ele corta todo o ramo que não dá fruto em mim e poda o que dá fruto, para que dê mais fruto ainda.
Vós já estais purificados pela palavra que vos tenho anunciado.
Permanecei em mim, que Eu permaneço em vós. Tal como o ramo não pode dar fruto por si mesmo, mas só permanecendo na videira, assim também acontecerá convosco, se não permanecerdes em mim. Eu sou a videira; vós, os ramos. Quem permanece em mim e Eu nele, esse dá muito fruto, pois, sem mim, nada podeis fazer.
Se alguém não permanece em mim, é lançado fora, como um ramo, e seca. Esses são apanhados e lançados ao fogo, e ardem.
Se permanecerdes em mim e as minhas palavras permanecerem em vós, pedi o que quiserdes, e assim vos acontecerá.
Nisto se manifesta a glória do meu Pai: em que deis muito fruto e vos comporteis como meus discípulos.»

2012-05-04

ESTATÍSTICAS SOBRE O ABORTO EM 2011



Em 2007, aquando do último referendo sobre o aborto no nosso país, tivemos oportunidade de debater com algum entusiasmo este assunto no REGADOR. Infelizmente o tema parece ter caído no esquecimento da maioria das pessoas, mesmo entre as muitas que não sendo militantes de movimentos de defesa da vida estão contra esta prática como foi defendida no último referendo e que deu origem à actual legislação.
Vem isto a propósito de uma extensa notícia publicada hoje no jornal “Público” sob o título “Meio milhar fez mais do que um aborto em 2011”. Da leitura desse artigo cujos dados foram profusamente divulgados em vários órgãos noticiosos com origem em dados difundidos pela agência noticiosa “Lusa” para além do número de abortos realizados ressalta um facto que me parece ser de salientar e que vem reforçar a linha de pensamento de intervenções que fiz neste blog na altura do referendo.
De facto, é de salientar que 97,6% dos abortos, agora designados por interrupções voluntárias da gravidez talvez para diminuir a conotação negativa que o termo encerra, foram efectuados a pedido da mulher. Apenas 2% foram justificados por doença grave ou malformação do feto e 0,4% por outras razões. Por outro lado, cerca de 26% das mulheres já tinha efectuado um aborto anteriormente, das quais 464 o tinham feito nesse mesmo ano. Quanto à situação familiar, 40% das mulheres que abortaram não tinham qualquer filho.
Como disse nas intervenções que fiz em 2007 neste mesmo espaço, não tenho a pretensão de julgar as mulheres que abortam, seja porque razão for, pois só colocando-nos na posição das mesmas é que poderíamos perceber o drama de muitas destas vidas. Mas não deixa de me chocar o facto de tantas mulheres recorrem a um aborto quando a prevenção da gravidez é hoje uma possibilidade simples ao alcance de qualquer uma delas.
Assim, duas conclusões se poderiam tirar daqui: é necessário que se promovam todos os meios de informação e formação das mulheres para que evitem a gravidez e não a interrompam, sendo também necessário que os responsáveis da Igreja entendam essa necessidade em vez de condenarem a utilização de métodos contraceptivos como tem feito. Já seria altura desses responsáveis perceberem que os métodos naturais, como eles defendem, não são minimamente fiáveis para solucionar este drama que aflige tantas mulheres. Ou entendem que é preferível esconder a cabeça na areia perante tão gritante problema, lavando as mãos atrás de uma condenação da mulher e a sua exclusão do convívio com os baptizados? E porque se mantém a ideia de que praticar um aborto é um crime perante a Lei de Deus maior do que o assassinato de um nado vivo ao ponto de a absolvição destes actos só estar ao alcance de um Bispo?
Muito há a reflectir nestes momentos de contestação à Igreja Católica, como os que recentemente vieram a lume, se quisermos salvar o que dela resta e a identifica com a Igreja de Jesus Cristo, Igreja de exigência mas também de compreensão e perdão.
Hugo Meireles