Entrevista ao teólogo checo Tomáš Halík no DN do passado dia 2 de Maio.
Francisco está a iniciar um novo capítulo na história da Igreja. Está a criar um novo espírito na Igreja. A sua exortação sobre a família e o casamento pode não ter correspondido àquilo que algumas pessoas esperavam sobre a comunhão dos divorciados, mas creio que está lá algo muito profundo e sério. O Papa não está a mudar as regras nem os ensinamentos em si, está a mudar o espírito da Igreja ao deixar implícito que não é a hierarquia ou a autoridade que têm todas as respostas. Está a dizer às pessoas que é preciso interpretar os ensinamentos de acordo com a situação de cada um. Padres e leigos devem ter consciência e sentido de responsabilidade perante as situações concretas.
Creio que os chamados conservadores e progressistas estão a cometer um erro de base. Os primeiros estão demasiado preocupados com as instituições da Igreja, os segundos querem mudar tudo, sem mais. Penso que a solução está em mudar o espírito, a inspiração que move a Igreja. Deixe-me explicar: não podemos ter um vinho novo em tonéis velhos nem tonéis novos com vinho velho. Isso não serviria para nada. Creio que o Papa está a produzir um vinho novo e é tarefa de todos construirmos novos tonéis. E isto interessa a crentes e até a não crentes.
Deus não é um objeto, uma coisa entre outras coisas. Só o podemos descobrir na experiência do amor, do amor às outras pessoas. Se este amor é autêntico, transcende-se a si próprio, transcende o nosso egoísmo. Então, podemos compreender Deus. Como se diz nos Evangelhos: quem não ama não reconhece Deus. Deus é reconhecível através da experiência do amor às outras pessoas. Não é possível dizer que amo Deus e os outros não me interessam, ou pouco me interessam.
Creio que os chamados conservadores e progressistas estão a cometer um erro de base. Os primeiros estão demasiado preocupados com as instituições da Igreja, os segundos querem mudar tudo, sem mais. Penso que a solução está em mudar o espírito, a inspiração que move a Igreja. Deixe-me explicar: não podemos ter um vinho novo em tonéis velhos nem tonéis novos com vinho velho. Isso não serviria para nada. Creio que o Papa está a produzir um vinho novo e é tarefa de todos construirmos novos tonéis. E isto interessa a crentes e até a não crentes.
Deus não é um objeto, uma coisa entre outras coisas. Só o podemos descobrir na experiência do amor, do amor às outras pessoas. Se este amor é autêntico, transcende-se a si próprio, transcende o nosso egoísmo. Então, podemos compreender Deus. Como se diz nos Evangelhos: quem não ama não reconhece Deus. Deus é reconhecível através da experiência do amor às outras pessoas. Não é possível dizer que amo Deus e os outros não me interessam, ou pouco me interessam.
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