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Mais sexistas que o papado
Lê-se no Público, em subtítulo, a respeito da Carta Apostólica do Papa que “a decisão alarga a decisão [decisão ... decisão: sic] aplicada até agora, que concedia aos bispos e padres a faculdade de perdoar as mulheres arrependidas de terem feito abortos.” Ora, o texto não menciona as mulheres mas “as pessoas que incorreram no pecado do aborto” (versão italiana: “la facoltà di assolvere quanti hanno procurato peccato di aborto”). Talvez seja um reflexo da opinião de que o aborto diz respeito apenas à liberdade da mulher ou o pressuposto de que o texto visaria, numa atitude sexista, as mulheres. Em ambos os casos, estamos perante um erro.
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