A Quaresma não é para cumprir ritos de preparação da Páscoa. Se ficar por aí, torna a Igreja mais cega, mais endurecida, mais apegada ao que deve ser transformado.
A Quaresma é, por natureza, um caminho de iluminação.
Como preparação do baptismo de adultos, supõe uma alteração do olhar sobre a realidade social, económica, cultural, política e religiosa.
É preciso descobrir, em liberdade, o que nos realiza e o que nos perde.
É um trabalho de destrinça que não pode prescindir do uso das ciências humanas para se não cair em novas pseudo-evidências.
Mas nenhuma ciência pode substituir a conversão da mente e do coração, simbolizada no baptismo.
Nele se exprime aquilo a que se deve dizer "não" e aquilo a que se deve dizer "sim" com uma vida nova.
Frei Bento Domingues, no Público de hoje (sem possibilidade de link)
Diário da pandemia (17)
Há 4 anos
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