2006-08-27

As Religiões e a Paz

«(...) com base na Bíblia hebraica e no Novo Testamento, judeus e cristãos devem empenhar-se no reconhecimento da dignidade dos povos árabes e islâmicos, que "não querem ser as últimas colónias" sobre a Terra.
Com base no Alcorão e no Novo Testamento, muçulmanos e cristãos devem comprometer-se com a exigência do reconhecimento do direito à vida do povo judaico, que "sofreu mais do que todos os outros ao longo dos últimos dois mil anos".
Com base na Bíblia hebraica e no Alcorão, judeus e muçulmanos devem empenhar-se a favor da "liberdade ameaçada das comunidades cristãs" em muitos países do Próximo e do Médio Oriente.»
Anselmo Borges, hoje no DN.
Vale a pena ler na integra aqui.

2006-08-26

Evangelho de Domingo, 27 de Agosto

S. João 6,60-69.
Depois de o ouvirem, muitos dos seus discípulos disseram: «Que palavras insuportáveis! Quem pode entender isto?» Mas Jesus, sabendo no seu íntimo que os seus discípulos murmuravam a respeito disto, disse-lhes: «Isto escandaliza-vos? E se virdes o Filho do Homem subir para onde estava antes? É o Espírito quem dá a vida; a carne não serve de nada: as palavras que vos disse são espírito e são vida. Mas há alguns de vós que não crêem.» De facto, Jesus sabia, desde o princípio, quem eram os que não criam e também quem era aquele que o havia de entregar. E dizia: «Por isso é que Eu vos declarei que ninguém pode vir a mim, se isso não lhe for concedido pelo Pai.» A partir daí, muitos dos seus discípulos voltaram para trás e já não andavam com Ele. Então, Jesus disse aos Doze: «Também vós quereis ir embora?» Respondeu-lhe Simão Pedro: «A quem iremos nós, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna! Por isso nós cremos e sabemos que Tu é que és o Santo de Deus.»

2006-08-16

Ir. Roger


Na passagem do 1º aniversário da sua morte vale a pena ler este texto do Irmão François, de Taizé.
«(...) O irmão Roger era um inocente. Não no sentido de não ter tido falhas. O inocente é alguém para quem as coisas têm uma evidência e uma instantaneidade que não têm para os outros. Para o inocente, a verdade é evidente; não depende de argumentações. Ele como que a «vê» e tem dificuldade em aperceber-se de que outras pessoas têm um acesso mais laborioso a ela. O que diz parece-lhe simples e claro e admira-se que haja pessoas para quem não seja assim. Compreendemos facilmente que frequentemente se encontra desarmado ou se sente vulnerável. Porém, em geral a sua inocência não tem nada de ingénuo. Para ele, o real não tem a mesma opacidade que para os outros. Ele «vê através».
Tomo como exemplo a unidade dos cristãos. Para o irmão Roger, era evidente que, se essa unidade é desejada por Cristo, deve poder ser vivida sem demoras. Os argumentos que se lhe opunham deviam parecer-lhe artificiais. Para ele, a unidade dos cristãos era antes de tudo uma questão de reconciliação. E, no fundo, ele tinha razão, pois nós perguntamo-nos demasiado pouco se estamos dispostos a pagar o preço dessa unidade. Será que uma reconciliação que não sintamos na própria pele ainda merece esse nome? (...)»

2006-08-15

O Papa na TV

Bento XVI deu uma entrevista à televisão alemã (Bayerischer Rundfunk, ZDF, Deutsche Welle e à Rádio Vaticano), o que não sucede com muita frequência...
Falou do papel da Igreja no mundo contemporâneo, dos jovens, do lugar da mulher, do ecumenismo, da moral sexual.
O Papa afirma procurar que o Catolicismo que se afirme pela positiva e não como um conjunto de proibições.
Será o mesmo discurso, apenas melhor embrulhado, ou o entreabrir da janela para que o ar fresco, ainda que em ligeira brisa, começe a entrar?
O texto integral traduzido em português pode aqui ser lido.

2006-08-14

Médio Oriente: o dever de nos informarmos

No Médio Oriente - a chamada « Terra Santa » - ainda continua o conflito, que tem repercussões a nivel mundial.
Importa conhecer melhor a situação, para fundamentar os discernimentos pessoais.
Para tal urge ter informações e opiniões que sejam de confiança, sobretudo de quem conhece a história da região (e se possivel a história bíblica) e quem conhece as mentalidades religiosas e sociais e quem tem um conhecimento testemunhal.
É o caso do jornalista inglês ROBERT FISK. Publica regularmente, há já vários anos, os seus artigos no «Independant», sobre o Afeganistão, o Iraque a agora o Líbano.
Podem encontrar regularmente os seus artigos aqui.
O Papa há dias, a propósito da situação no Líbano-Israel-palestina, lembrava exactamente a Paixão de Jesus.
Frei

15 de Agosto: Assunção de Nossa de Senhora

S. Lucas 1,39-56.
Por aqueles dias, Maria pôs-se a caminho e dirigiu-se à pressa para a montanha, a uma cidade da Judeia. Entrou em casa de Zacarias e saudou Isabel. Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, o menino saltou-lhe de alegria no seio e Isabel ficou cheia do Espírito Santo. Então, erguendo a voz, exclamou: «Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre. E donde me é dado que venha ter comigo a mãe do meu Senhor? Pois, logo que chegou aos meus ouvidos a tua saudação, o menino saltou de alegria no meu seio. Feliz de ti que acreditaste, porque se vai cumprir tudo o que te foi dito da parte do Senhor.»
Maria disse, então:
«A minha alma glorifica o Senhor e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador. Porque pôs os olhos na humildade da sua serva. De hoje em diante, me chamarão bem-aventurada todas as gerações. O Todo-poderoso fez em mim maravilhas. Santo é o seu nome. A sua misericórdia se estende de geração em geração sobre aqueles que o temem. Manifestou o poder do seu braço e dispersou os soberbos. Derrubou os poderosos de seus tronos e exaltou os humildes. Aos famintos encheu de bens e aos ricos despediu de mãos vazias. Acolheu a Israel, seu servo, lembrado da sua misericórdia, como tinha prometido a nossos pais, a Abraão e à sua descendência, para sempre
Maria ficou com Isabel cerca de três meses. Depois regressou a sua casa.

2006-08-12

Evangelho de Domingo, 13 de Agosto

João 6,41-51
Os judeus puseram-se, então, a murmurar contra Ele por ter dito: 'Eu sou o pão que desceu do Céu'; e diziam: «Não é Ele Jesus, o filho de José, de quem nós conhecemos o pai e a mãe? Como se atreve a dizer agora: 'Eu desci do Céu'?»
Jesus disse-lhes, em resposta: «Não murmureis entre vós. Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou o não atrair; e Eu hei-de ressuscitá-lo no último dia. Está escrito nos profetas: E todos serão ensinados por Deus. Todo aquele que escutou o ensinamento que vem do Pai e o entendeu vem a mim. Não é que alguém tenha visto o Pai, a não ser aquele que tem a sua origem em Deus: esse é que viu o Pai. Em verdade, em verdade vos digo: aquele que crê tem a vida eterna. Eu sou o pão da vida. Os vossos pais comeram o maná no deserto, mas morreram. Este é o pão que desce do Céu; se alguém comer dele, não morrerá. Eu sou o pão vivo, o que desceu do Céu: se alguém comer deste pão, viverá eternamente; e o pão que Eu hei-de dar é a minha carne, pela vida do mundo.»

2006-08-07

Mais um livro que vale a pena ler neste tempo de férias

Dois jovens gestores franceses, defensores do desenvolvimento sustentável, lançaram-se numa viagem de 15 meses por 38 países para descobrir "80 Homens para Mudar o Mundo", reunidos num livro editado pela Ambar.
Na sua viagem conheceram arquitectos, cirurgiões, banqueiros, químicos e agricultores que reinventaram as suas profissões e conseguem ter empresas sem se sujeitarem às regras de mercado e que se fundam no princípio do desenvolvimento sustentável.
A apresentação está aqui.

2006-08-04

Eco do Evangelho de Domingo, 4 de Agosto

Mc. 9,2-10.
Seis dias depois, Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João e levou-os, só a eles, a um monte elevado. E transfigurou-se diante deles. As suas vestes tornaram-se resplandecentes, de tal brancura que lavadeira alguma da terra as poderia branquear assim.
Apareceu-lhes Elias, juntamente com Moisés, e ambos falavam com Ele. Tomando a palavra, Pedro disse a Jesus: «Mestre, bom é estarmos aqui; façamos três tendas: uma para ti, uma para Moisés e uma para Elias.» Não sabia que dizer, pois estavam assombrados.
Formou-se, então, uma nuvem que os cobriu com a sua sombra, e da nuvem fez-se ouvir uma voz: «Este é o meu Filho muito amado. Escutai-o
De repente, olhando em redor, já não viram ninguém, a não ser só Jesus, com eles. Ao descerem do monte, ordenou-lhes que a ninguém contassem o que tinham visto, senão depois de o Filho do Homem ter ressuscitado dos mortos. Eles guardaram a recomendação, discutindo uns com os outros o que seria ressuscitar de entre os mortos.

Vida oculta de Jesus

«E dizer que Jesus passou trinta anos de vida oculta e que era Deus, que era “o esplendor da substância do Pai” (Hb 1, 3), que tinha vindo para salvar o mundo, e que fez tudo isso com o único fito de nos ensinar quão necessária é a humildade e quão necessário é praticá-la! E eu, que sou tão pecador e tão miserável, não penso senão em me comprazer comigo mesmo, em me comprazer com êxitos que me valem um pouco de honra terrena; não sou capaz, sequer, de conceber o mais santo dos pensamentos, sem que para ele deslize a preocupação com a minha reputação perante os outros.»
Comentário de João XXIII ao Evangelho de hoje

É incompreensível

«Continua a haver muitas chamadas falsas. No 112 esse problema é mais premente. A informação que temos é a de que 80, 90 por cento das chamadas são falsas. É uma coisa surreal, incompreensível. »
Luís Cunha Ribeiro, presidente do INEM, em entrevista ao Público (03/08/2006).
Como é possível?
O que é que este dado nos diz da sociedade em que vivemos?
A crise actual não é só económica. É uma crise social, de valores e atitudes.
A questão é: perante isto, o que pode cada um de nós fazer?