2006-11-17

Eco do Evangelho de Domingo, 19 de Novembro

Mc.13,24-32.
[...] o Sol vai escurecer-se e a Lua não dará a sua claridade, as estrelas cairão do céu e as forças que estão no céu serão abaladas.
Então, verão o Filho do Homem vir sobre as nuvens com grande poder e glória. Ele enviará os seus anjos e reunirá os seus eleitos dos quatro ventos, da extremidade da terra à extremidade do céu.
«Aprendei, pois, a parábola da figueira. Quando já os seus ramos estão tenros e brotam as folhas, sabeis que o Verão está próximo.
Assim, também, quando virdes acontecer estas coisas, sabei que Ele está próximo, às portas. Em verdade vos digo: Não passará esta geração sem que todas estas coisas aconteçam.
O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não passarão.
Quanto a esse dia ou a essa hora, ninguém os conhece: nem os anjos do Céu, nem o Filho; só o Pai.»

8 comentários:

  1. Estou a preparar a minha homilia.
    Quem quer dar-me uma ajuda a partir do que vive e como entende os "sinais dos tempos".
    Desde já agradeço.
    frei Eugénio

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  2. Este evangelho não é fácil...
    E tb não é fácil ler o que Deus nos escreve através dos acontecimentos. Isto lembra-me a frase: "Maria guardava todas essas coisas no seu coração".

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  3. Eu diria que este Evangelho não transmite um ensino de compreensão fácil pois tem a ver com um contexto de "fim dos tempos" e de "última vinda de Jesus".
    Ora estes temas estão longe da nossa realidade .
    Daqui a vossa ajuda.
    "Lendo" os acontecimentos actuais que os preocupam ou/e interessam, estão a dar-me uma ajuda muito grande.
    Para preparar uma homilia preciso dedescobrir onde estão os corações e os pensamentos de quem me escuta.
    Embora esteja a 1700 Km de Portugal
    os fiéis que vou encontrar são esmagadoramente portugueses.
    Desde já agradeço o vosso contributo.
    Obrigado ao primeiro aónimos que respondeu.Simplesmente se guarda no seu coração, só posso aproveitar se partilhar o que guardou.
    frei Eugénio

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  4. Basta ligar a televisão, diariamente, para perceber "o fim dos tempos" a acontecer em cada conflito, em cada gesto de incompreensão, em cada olhar de indiferença e, tudo isto, à escala mundial. Fomentam-se as guerras, destroem-se patrimónios e, sobretudo, vidas. As pessoas encontram-se envolvidas num conjunto de respostas que não formularam, mas às quais acabaram por aderir. Os valores inverteram-se e o poder passou a ocupar o primeiro lugar desta escala, outrora ocupado pela solidariedade do grupo. A detenção dos meios económicos passou a ser a arma para vencer e, para isso, abriu-se o espaço para o individualismo, o egoísmo, a alienação. Estes são sinais do fim dos tempos e, a prova está em parar um pouco o ritmo acelerado das nossas vidas e escutar o outro. Quantos corações solitários, no meio desta selva urbana, quantas depressões, quantos suicídios, quanta falta de referências, enfim, quantos rostos que perderam a luz, por já nem saberem sorrir?
    Hoje em dia, deixar Jesus entrar na nossa vida e segui-lO, é um privilégio, é uma "lufada de ar fresco", é uma porta a abrir-se para a Verdade. Quem acredita, hoje, constitui um oásis no meio deste deserto de vinganças, jogos de poder e políticas opacas. Deixar Jesus indicar-nos o caminho não é virar as costas à sociedade doente em que vivemos, mas sim abraçá-la, confortá-la e curar, pouco a pouco, as suas feridas. Quantas vezes nas nossas vidas já não sentimos que um simples sorriso mudou o nosso dia, que prometia ser mais uma vez angustiante? Ser de Jesus, hoje, é uma graça, pois significa ter os olhos abertos, mas também o coração; significa dar sem esperar nada em troca; significa dar-se, sem ter medo do desdém de todos aqueles que decidiram fechar-se à felicidade e ao amor.
    Porém, é um Caminho difícil, cheio de obstáculos, repleto de decepções, de lágrimas silenciosas, por vezes. Jesus não prometeu que seria fácil, mas apenas que valeria a pena. E vale. Vale a pena sentir-se Amado por Deus, continuar a sentir-se único(a), enquanto filho(a) de um Pai que apenas quer o nosso bem e que nos Ama enquanto pecadores, apenas porque vivemos e porque foi Ele que nos escolheu. Vale a pena sentir-se tantas vezes só, mesmo com ecos de vozes à nossa volta, mas sabermos que estamos com Ele, apenas porque Lhe abrimos a porta, apenas porque quisémos saber mais e deixar-se Amar. Na oração encontramos todas as respostas e a força para as pôr em prática, pois sentimo-nos exclusivamente amados por Deus, que conhece todas as nossas qualidades e fraquezas. Com Ele não há fingimentos, trapaçarias, mentiras, pois não precisamos disso. O poder económico torna-se insignificante, palavras como egoísmo, indiferença ou solidão, deixam de fazer sentido. O Amor entra nas nossas vidas e tornamo-nos instrumento da Vontade de Deus, vamos para a rua e já não temos medo, pois a força do espírito Santo está em nós. Hoje em dia, não troco Jesus por nada, pois fazê-lo seria deixar-me matar. Perco muitas vezes o contacto com Ele, é verdade, quando me afasto e me deixo entrar na montanha russa em que gira a sociedade actualmente, a uma velocidade vertiginosa; mas procuro ouvi-lO outra vez, volto a aproximar-me e lá está Ele, sempre, sempre. Os sinais do "fim dos tempos" estão aí, nos ruídos dos tanques, nos gritos de dor, nas vidas dilaceradas pela falta de esperança; mas muito mais forte é a Luz de Cristo, muito mais grandiosa e resplandecente é a sua vinda, que acontece quando a isso estivermos dispostos...

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  5. Normalidade / Deslumbramento / Louvor

    Esperado / Inesperado / Esperança

    é normal que uma figueira dê figos, no tempo dos figos. Louvado seja Deus!

    um eclipse, de sol ou de lua, é sempre um momento de deslumbramento. Louvado seja Des!

    quem gosta de figos , em Setembro, esperam encontrá-los na figueira.

    quem é surpreendido pela escuridão no meio de um dia de sol tem que lidar com o inesperado.

    COmo é que viver o esperado e o inesperado nos pode fazer crescer na esperança?

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  6. Bem hajam pela partilha. Para mim é muito enriquecedor poder ter "ecos" da experiência vivida que procuro ligar à Palavra recebida.
    Bom Domingo e boas celebrações.
    frei Eugénio

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  7. Para o frei Eugénio.

    Lamento não ter ideias que te ajudem a preparar a omilia, mas ao menos rezei por ti.
    Um abraço,
    António da Veiga

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  8. A homilia correu bem? Não quer espalhar por aqui algumas gotas das palavras proferidas?
    Um abraço e parabéns pela iniciativa de pedir contributos.

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