2007-06-25

O que os sinos têm dentro quando ressoam

Esta semana que acabou. Apresentação de um livro sobre conspirações e intrigas imaginárias, a propósito do livro de Brown. As empolgantes questões sobre o poder da Igreja e os seus tentáculos secretos etc. Mas a Igreja é muito mais do que isso - dizia-nos o apresentador, católico que se apresenta como tal. E o que os seus detractores não podem atacar é que a Igreja é serviço é dar. Já ouvimos isto vezes sem conta - a direito, a torto. Lembro-me de um debate sobre religião em que uma figura conhecida, convencido católico, dava como decisivo argumento para a sua fé que a Igreja era uma escola de serviço.
Esta semana, a via sacra de inscrever um filho na escola. Enfim, depois de ter que mudar uma opção porque a escola estava para abate, acabamos em uma hipótese até bem boa, mas sem prolongamento de horário. Existe um ATL ligado à escola mas que pertence a uma paróquia e que ocupa as crianças nos tempos (de manhã ou de tarde) em que não têm aulas. Preços: 150 € excluindo actividades (música e outras). Comparado com outros preços de privados, ela por ela (comparado com preços de Lisboa, creio que deve ser de graça!). Percebi logo porque uma pessoa conhecida que tinha a filha na escola não levava para o ATL, mesmo morando em uma casa modesta. Um filho em ATL mais uma renda mesmo modesta consome mais de um salário a muita gente.
Lembro-me dos discursos sobre a cultura da vida, o dar e outros que tais. Lembram-me os sinos a ressoar. Boa sonoridade, ouve-se bem longe... E o que têm dentro?

3 comentários:

  1. "Mães portuguesas são das que mais trabalham"
    Notícia do Destak, de 22/06/2007 (http://www.destak.pt/docs/75/Porto.pdf)
    Em Portugal apenas 17% das mulheres trabalham a tempo parcial. A média na UE é de 85%.

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  2. São estes maus exemplos que nos lembram como há tanto para corrigir no nosso país. A posta e o comentário do anónimo (porquê manter o anonimato?) já fazem parte da correcção, mas temos que fazer mais.

    António da Veiga

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  3. No meio de tantas dificuldades bem reais, que bom é conversar em família durante a refeição!
    Bem sei que é preciso prepará-la e que muitas vezes isso é próprio de heróis/heroínas exaustos ao fim de um dia de correrias entre casa, infantário/escola, trabalho,supermercado,escola/infantário,casa!
    Parece-me que a falta de ordenamento do território é uma das grandes causas deste problema.
    domingas

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