2008-10-25
A VIDA questiona o EVANGELHO de Domingo, 26 Out
2008-10-24
Hu Jia - Prémio Sakharov
O Parlamento Europeu (PE) atribuiu ao opositor ao regime chinês Hu Jia o Prémio Sakharov em "nome de todos aqueles que não têm voz na China e no Tibete", afirmou o presidente do PE, Hans-Gert Pöttering, no momento do anúncio feito em Estrasburgo.
Podemos ver aqui a sua biografia.
Por seu lado «Beijing expressed anger at the choice and the accompanying statements, with a foreign ministry official describing Hu Jia as a "criminal," according to several media reports.»
2008-10-21
Irmã Emmanuelle: a alegria nas entranhas
Uma das últimas entrevistas que deu a uma rádio belga em que lhe perguntavam pela sua opinião sobre a actualidade respondia que os media só mostravam o que era mau (assassínios, guerras, desastres...). Dizia (cito livremente): "Para mim a actualidade tem duas faces: actualidade das pessoas que eu vejo, com quem convivo, pessoas que sabem partilhar que, encontram a sua alegria na alegria dos outros...". Falava das pessoas que não conseguiam sair do seu círculo quando a felicidade está "no coração, nas tripas". Coisas muito simples...
O Pai-Nosso explicado por um grande conhecedor (Sto Agostinho)
Da Carta a Proba, de Santo Agostinho, bispo (Séc.V)
A oração do Senhor
Temos necessidade de palavras para incitar-nos e ponderarmos o que pediremos, e não com a intenção de dá-lo a saber ao Senhor ou a comovê-lo.
Quando, pois, dizemos:
Santificado seja o teu nome, exortamo-nos a desejar que seu nome, imutavelmente santo, seja também considerado santo pelos homens, isto é, não desprezado.
O que é de proveito para os homens, não para Deus.
E ao dizermos: Venha teu reino que, queiramos ou não, virá sem falta, acendemos o desejo deste reino; que venha para nós e nele mereçamos reinar.
Ao dizermos: Faça-se a tua vontade assim na terra como no céu, pedimos-lhe conceder-nos esta obediência de sorte que se faça em nós sua vontade do mesmo modo como é feita no céu por seus anjos.
Dizemos: O pão nosso de cada dia dá-nos hoje. Pela palavra hoje se entende este nosso tempo. Ou, com a menção da parte principal,indicando o todo pela palavra pão, pedimos aquilo que nos basta. O sacramento dos fiéis, necessário agora, não, porém, para a felicidade deste tempo, mas para alcançarmos a felicidade eterna.
Dizendo: Perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos a nossos devedores, tomamos consciência do que pedimos e do que temos de fazer para merecer obtê-lo.
Ao dizer: Não nos leves à tentação, advertimo-nos a pedir que não aconteça que, privados de seu auxílio em alguma tentação, iludidos, consintamos nela, ou cedamos perturbados.
Dizer: Livra-nos do mal nos leva a pensar que ainda não estamos naquele Bem em que não padeceremos de mal algum. E este último pedido da oração dominical é tão amplo, que o cristão em qualquer tribulação em que se veja, por ele pode gemer, nele derramar lágrimas, daí começar, nele demorar-se, nele terminar a oração. É preciso guardar em nossa memória, por meio destas palavras, as realidades mesmas.
Pois quaisquer outras palavras que dissermos – tanto as formadas pelo afecto que as precede e esclarece, quanto as que o seguem e crescem pela atenção dele – não dirão nada que não se encontre nesta oração dominical, se orarmos como convém. Quem disser algo que não possa ser contido nesta prece evangélica, sua oração, embora não ilícita, é carnal; contudo não sei como não ser ilícita, uma vez que somente de modo espiritual devem orar os renascidos do Espírito.
2008-10-19
Dai a Deus o que é de Deus... e o que é de César também é Dele
A propósito de um contributo
Porquê ?
1- A pergunta é uma armadilha dirigida a alguém que se está a apresentar como Messias, Jesus (entrada solene em Jerusalém, expulsão dos vendedores do Templo, etc). Este imposto pessoal ao imperador correspondia a uma submissão, uma obediência ao imperador pagão, atitude intolerável para os judeus piedosos para quem só Deus ou um seu representante pode ser o rei do povo eleito.
Por outro lado os judeus acreditavam que o Messias quando viesse iria expulsar o invasor e restabeleceria a independência de Israel.
Vemos assim a armadilha: se diz «sim», considera-se submisso ao imperador e por isso renuncia a apresentar-se como Messias. Se diz «não» deve ser denunciado como agitador.
É, pois, uma armadilha relacionada com a pretensão de Jesus de ser o Messias.
2-A resposta de Jesus não põe ao mesmo nível «dar a César o que é de César» e «dar a Deus o que é de Deus», como se aquilo que pertence a César não pertencesse antes e também a Deus! Como se as realidades terrestres ficassem fora do poder de Deus!
O que Jesus quer fazer descobrir é que a moeda pertence a César (tem a sua efígie e uma inscrição que o diviniza e a moeda não podia entrar no Templo) .
O que pertence a Deus é o homem todo, que foi feito à imagem de Deus (Gn 1,26) e que deve reconhecer que pertence a Deus.
A sua obediência primordial é a Deus. Assim Jesus vem reinar em nome de Deus.
O seu Reino não interfere com o de César. O seu modo de reinar não «é concorrente» com o de César. Além disso Jesus quer dizer que César não é deus.
Esta passagem tem servido ao longo dos tempos para justificar ideologias e teorias que não respeitam o seu significado bíblico.
3- Quanto à questão dos impostos, vale a pena ler o n° 355 do “Compêndio da Doutrina Social da Igreja”(ver no site do Vaticano)
Saliento: A coleta fiscal e a despesa pública assumem uma importância económica crucial para qualquer comunidade civil e política: o objectivo para o qual tende é uma finança pública capaz de se propor
As finanças públicas orientam-se para o bem comum quando se atêm a alguns princípios fundamentais: o pagamento dos impostos como especificação do dever de solidariedade;
Ao redistribuir as riquezas, as finanças públicas devem seguir os princípios da solidariedade, da igualdade, da valorização dos talentos, e prestar grande atenção a amparar as famílias, destinando a tal fim uma adequada quantidade de recursos.
Frei Eugénio
2008-10-18
A VIDA QUESTIONA o EVANGELHO de Domingo, 19 de Outubro
Então, os fariseus reuniram-se para combinar como o haviam de surpreender nas suas próprias palavras. Enviaram-lhe os seus discípulos, acompanhados dos partidários de Herodes, a dizer-lhe: «Mestre, sabemos que és sincero e que ensinas o caminho de Deus segundo a verdade, sem te deixares influenciar por ninguém, pois não olhas à condição das pessoas. Diz-nos, portanto, o teu parecer:
É lícito ou não pagar o imposto a César?»
Mas Jesus, conhecendo-lhes a malícia, retorquiu:
«Porque me tentais, hipócritas? Mostrai-me a moeda do imposto.» Eles apresentaram-lhe um denário.
Perguntou: «De quem é esta imagem e esta inscrição?»
«De César» responderam.
Disse-lhes então:
«Dai, pois, a César o que é de César
2008-10-13
Sínodo dos Bispos
O tema é a "A Palavra de Deus na vida e na missão da Igreja."
A homilia da abertura do Sínodo - que pode ser lida aqui - foi um dos textos de reflexão de um grupo que ontem se reuniu.
Destacam-se aqui algumas frases mais impressivas do texto papal:
- "Nações outrora ricas de fé e de vocações agora estão a perder a identidade que lhes é própria, sob a influência deletéria e destruidora de uma certa cultura moderna. Há quem, tendo decidido que "Deus morreu", se declara a si mesmo como "deus", considerando-se o único artífice do próprio destino, o proprietário absoluto do mundo."
- "Descartando Deus e deixando de esperar a salvação dele, o homem julga que pode fazer o que lhe agrada e que pode pôr-se como única medida de si mesmo e do seu próprio agir."
- "Quando os homens se proclamam donos absolutos de si mesmos e únicos senhores da criação, podem verdadeiramente construir uma sociedade onde reinem a liberdade, a justiça e a paz? Não acontece, pelo contrário como a crónica diária demonstra amplamente que se ampliam o arbítrio do poder, os interesses egoístas, a injustiça e a exploração, a violência em todas as suas expressões? No final, a conclusão é que o homem fica mais só e a sociedade mais dividida e confusa."
- "No entanto, nas palavras de Jesus há uma promessa: a vinha não será destruída. Enquanto abandona ao seu destino os vinhateiros infiéis, o dono não se desapega da sua vinha e confia-a a outros seus servos fiéis."
2008-10-09
A VIDA questiona o Evangelho de Domingo, 12 de Outubro
Tendo Jesus recomeçado a falar em parábolas, disse-lhes:
«O Reino do Céu é comparável a um rei que preparou um banquete nupcial para o seu filho.
Mandou os servos chamar os convidados para as bodas, mas eles não quiseram comparecer.
De novo mandou outros servos, ordenando-lhes: 'Dizei aos convidados: O meu banquete está pronto; abateram-se os meus bois e as minhas reses gordas; tudo está preparado. Vinde às bodas.’
Mas eles, sem se importarem, foram um para o seu campo, outro para o seu negócio.
Os restantes, apoderando-se dos servos, maltrataram-nos e mataram-nos.
O rei ficou irado e enviou as suas tropas, que exterminaram aqueles assassinos e incendiaram a sua cidade.
Disse, depois, aos servos: 'O banquete das núpcias está pronto, mas os convidados não eram dignos.
Ide, pois, às saídas dos caminhos e convidai para as bodas todos quantos encontrardes.’
Os servos, saindo pelos caminhos, reuniram todos aqueles que encontraram, maus e bons, e a sala do banquete encheu-se de convidados.
Quando o rei entrou para ver os convidados, viu um homem que não trazia o traje nupcial.
E disse-lhe: 'Amigo, como entraste aqui sem o traje nupcial?’ Mas ele emudeceu.
O rei disse, então, aos servos: 'Amarrai-lhe os pés e as mãos e lançai-o nas trevas exteriores; ali haverá choro e ranger de dentes.’
Porque muitos são os chamados, mas poucos os escolhidos.»
2008-10-03
A vida questiona o Evangelho - 5 de Outubro ( 27º Domingo)
(Mt 21, 33-43)
2008-10-02
COMECE: novo secretário
NOTA: A COMECE é a Comissãos dos Episcopados da Comunidade Europeia e tem por objectivos principais:
- acompanhar e analisar o processo da União Europeia;
- comunicar à Igreja e despertar a sua consciência para o desenvolvimento da União Europeia e sua legislação;
- promover a reflexão , baseada no ensinamento social da Igreja, dos desafios de uma Europa unida.
Padre português é novo secretário do CCEE
O Pe. Duarte da Cunha, do Patriarcado de Lisboa, foi eleito como novo secretário-geral do Conselho das Conferências Episcopais da Europa (CCEE), para um mandato de cinco anos.
Hoje reúne, as presidências dos episcopados católicos de Portugal aos Urais (incluindo Rússia e Ucrânia), do Báltico à Turquia. Os seus objectivos são:
- prática de maior comunhão entre os bispos e conferências episcopais da Europa
- apoio ao ecumenismo e cooperação ecuménica na Europa (recentemente foi criada uma comissão "Islão na Europa";
- testemunho eclesial na sociedade europeia.
Entre as suas áreas de trabalho contam-se: evangelização e catequese; pastoral das vocações; migração e pastoral social e do trabalho; ambiente.
Trabalho com a comissão episcopal europeia para os meios de comunicação social .