2009-12-31

Edward Schillebeeckx - L'Identité Chrétienne


Por intermédio do Frei Eugénio aqui fica esta notável conferência de Edward Schillebeeckx, proferida em neerlandês e que foi traduzida em francês pelo frei Ignace Berten, com os cuidados que ele indica.
Foi considerada como um "testamento espiritual" do Schillebeeckx.

É um texto notável, infelizmente quase desconhecido porque a maioria dos teólogos não lê o neerlandês e a tradução do Ignace não foi publicada.
O Ignace foi aluno do Schillebeeckx. O título original é: “Christelijke identiteit, uitdagend en uitgedaagd. Over de rakelingse nabijheid van de onervaarbare God”, dans Ons rakelings nabij. Gedaanteveranderingen van God en geloof. Ouvrage publié en l’honneur d’Edward Schillebeeckx, Nijmegen, DSTS/Meinema, 2005, pp. 13-32.


Schillebeeckx-L'IDENTITÉ CHRÉTIENNE

2009-12-26

A vida questiona o Evangelho de Domingo 27 de Dezembro


Simon Bening, Flemish, Bruges, about 1525 - 1530
Lc. 2,41-52.
Os pais de Jesus iam todos os anos a Jerusalém, pela festa da Páscoa.
Quando Ele chegou aos doze anos, subiram até lá, segundo o costume da festa.
Terminados esses dias, regressaram a casa e o menino ficou em Jerusalém, sem que os pais o soubessem. Pensando que Ele se encontrava na caravana, fizeram um dia de viagem e começaram a procurá-lo entre os parentes e conhecidos. Não o tendo encontrado, voltaram a Jerusalém, à sua procura. Três dias depois, encontraram-no no templo, sentado entre os doutores, a ouvi-los e a fazer-lhes perguntas.
Todos quantos o ouviam, estavam estupefactos com a sua inteligência e as suas respostas. Ao vê-lo, ficaram assombrados e sua mãe disse-lhe: «Filho, porque nos fizeste isto? Olha que teu pai e eu andávamos aflitos à tua procura!»
Ele respondeu-lhes: «Porque me procuráveis? Não sabíeis que devia estar em casa de meu Pai?» Mas eles não compreenderam as palavras que lhes disse. Depois desceu com eles, voltou para Nazaré e era-lhes submisso. Sua mãe guardava todas estas coisas no seu coração.
E Jesus crescia em sabedoria, em estatura e em graça, diante de Deus e dos homens.

2009-12-20

Liberdade ou conformidade?

A propósito da publicação do livro
"Réu da República: o Missionário D. António Barroso, Bispo do Porto" (Aletheia, 2009)

Gostei deste texto de João Carlos Espada.

Aqui ficam estes excertos:

"Quando Afonso Costa declarou que a República acabaria com o catolicismo em duas gerações, forneceu um sinal importante para compreender a natureza autoritária do seu entendimento do conceito de liberdade e de República. Para ele, liberdade não era o conceito clássico, a que chamamos negativo, de ausência de coerção intencional por terceiros. Para ele, liberdade queria dizer libertação de concepções que ele considerava erradas e opressoras, como a religião católica."

"Perante este dilema [casamento ou não de pssoas do mesmo sexo], uma sociedade livre tem uma solução relativamente simples, embora ela possa não satisfazer os fundamentalistas de ambos os lados: manter o casamento para pessoas de sexo diferente e criar uma instituição jurídica diferente para as uniões do mesmo sexo. Estas últimas podem também ser abertas a casais de sexo diferente que considerem a sua união equivalente às uniões entre casais do mesmo sexo.
Esta foi a solução pacificamente adoptada na "livre Inglaterra", com a criação das "civil partnerships". É a solução liberal por excelência, que corresponde ao princípio "live and let live", viver e deixar viver. Não requer um acordo, nem sequer uma votação por maioria. Deixa espaço para a convivência pacífica entre as duas opiniões, sem que uma tenha de se impor à outra."

2009-12-19

A vida questiona o Evangelho de Domingo 20 de Dezembro



Lc 1,39-45.
Por aqueles dias, Maria pôs-se a caminho e dirigiu-se à pressa para a montanha, a uma cidade da Judeia.
Entrou em casa de Zacarias e saudou Isabel. Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, o menino saltou de alegria no seu seio e Isabel ficou cheia do Espírito Santo. Então, erguendo a voz, exclamou:
«Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre.
E donde me é dado que venha ter comigo a mãe do meu Senhor? Pois, logo que chegou aos meus ouvidos a tua saudação, o menino saltou de alegria no meu seio. Feliz és tu que acreditaste, porque se vai cumprir tudo o que te foi dito da parte do Senhor.»

2009-12-18

Copenhaga


Sobre a Cimeira de Conpenhaga e sobre o tema das alterações climáticas gostei de ler as entrevistas de Carlos Câmara (Universidade de Lisboa) e de João Corte Real (Universidade de Évora) ao Jornal de Negócios.

2009-12-12

A vida questiona o Evangelho de Domingo 13 de Dezembro

Lc 3, 10-18
E as multidões perguntavam-lhe: «Que devemos, então, fazer?»
Respondia-lhes: «Quem tem duas túnicas reparta com quem não tem nenhuma, e quem tem mantimentos faça o mesmo.»
Vieram também alguns cobradores de impostos, para serem baptizados e disseram-lhe: «Mestre, que havemos de fazer?»
Respondeu-lhes: «Nada exijais além do que vos foi estabelecido.»
Por sua vez, os soldados perguntavam-lhe: «E nós, que devemos fazer?»
Respondeu-lhes: «Não exerçais violência sobre ninguém, não denuncieis injustamente e contentai-vos com o vosso salário.»
Estando o povo na expectativa e pensando intimamente se ele não seria o Messias, João disse a todos:
«Eu baptizo-vos em água, mas vai chegar alguém mais forte do que eu, a quem não sou digno de desatar a correia das sandálias. Ele há-de baptizar-vos no Espírito Santo e no fogo. Tem na mão a pá de joeirar, para limpar a sua eira e recolher o trigo no seu celeiro; mas queimará a palha num fogo inextinguível.»
E, com estas e muitas outras exortações, anunciava a Boa-Nova ao povo.

2009-12-08

“Me-generation”: do isolamento à confiança


Vai abrir mais um ciclo de debates da FAVA na próxima sexta-feira, dia 11 de Dezembro, pelas 21h30, na FAVA.
Como já ocorreu em anos anteriores, pretende-se retomar a reflexão em conjunto e de um modo informal – mais novos e mais velhos – acerca de alguns aspectos que caracterizam a nossa época e, para nos ajudarem em tal, convidamos algumas pessoas de idades e áreas ocupacionais diferentes.
Contamos com a presença de todos (de preferência maiores de 14 anos) que gostem de discutir questões polémicas num clima aberto e familiar. A opinião de cada um de nós é importante e a sua presença fará a diferença.

Tema: “Me-generation”: do isolamento à confiança
Debate com:
- João Pereira Bastos - Capitão de Mar e Guerra e licenciado em Ciências Sociais e Politicas
- Marina Lencastre - Professora Catedrática do Faculdade de Psicologia
- Michael Seufert - Deputado à Assembleia da República (CDS/PP)
- Miguel Braga - Empresário e Licenciado em Direito
- Sofia Salgado - Docente do ensino superior, Doutorada em Gestão
- Tomás Azevedo - Empresário e estudante de Direito

Na nossa sociedade felicidade é sinonimo de auto-suficiência e independência: não queremos depender de ninguém.
Este individualismo generalizado não conduzirá a um isolamento crescente e não será um factor destrutivo da nossa sociedade?
Não será este individualismo também potenciador de atitudes de indiferença perante a destruição do planeta que é a nossa casa comum?
Neste contexto como podemos construir redes de relações que contrariem esta tendência de isolamento e nos permitam a descoberta de que a felicidade só pode ser construída na relação com os outros e de cada um consigo mesmo?
Propomos uma reflexão e debate sobre os desafios que este contexto em que vivemos nos coloca.

2009-12-05

A vida questiona o Evangelho de Domingo 6 de Dezembro

pormenor de Vitral da igreja de St. Etheldreda, Ely Place, Londres
Lc 3,1-6.
No décimo quinto ano do reinado do imperador Tibério,
quando Pôncio Pilatos era governador da Judeia,
Herodes, tetrarca da Galileia,
seu irmão Filipe, tetrarca da Itureia e da Traconítide,
e Lisânias, tetrarca de Abilena,
sob o pontificado de Anás e Caifás,
a palavra de Deus foi dirigida a João, filho de Zacarias, no deserto.
Começou a percorrer toda a região do Jordão, pregando um baptismo de penitência para remissão dos pecados, como está escrito no livro dos oráculos do profeta Isaías:
«Uma voz clama no deserto:
'Preparai o caminho do Senhor e endireitai as suas veredas.

Toda a ravina será preenchida, todo o monte e colina serão abatidos; os caminhos tortuosos ficarão direitos e os escabrosos tornar-se-ão planos.

E toda a criatura verá a salvação de Deus.

Children making difference

2009-12-01

No dia em que o Tratado de Lisboa entra em vigor

Herman Van Rompuy, o Primeiro Presidente do Conselho Europeu, faz férias de autocaravana e escreve versos em japonês.
E os católicos ferrenhos podem Dar graças a Deus pois o Sr. Van Rompuy também é católico praticante!

Para o cargo de Alta Representante da União para a Política Externa e de Segurança de carácter permanente foi nomeada Catherine Margaret Ashton, política trabalhista britânica, que foi líder da Câmara dos Lordes e Lord Presidente do Conselho.

Aqui fica a notícia:

A UE escolhe desconhecidos para novos cargos de topo

EUOBSERVER / BRUSSELS – Os líderes da UE escolheram o Primeiro Ministro belga Herman Van Rompuy para primeiro presidente do Concelho Europeu, enquanto a comissária de comércio inglesa Catherine Ashton será a chefe de política estrangeira do bloco.

Van Rompuy, da família política do centro-direita é um experiente economista e escreve Haiku (verso japonês) e é conhecido pelo seu estilo moderado, que inclui um humor autodeprecatório e férias de campismo.

A decisão presidencial – nomeando uma pessoa de um pequeno país sem perfil internacional – confirma a especulação das recentes semanas de que a maioria dos estados membros quiseram escolher alguém cujo papel principal será mais o de um estabilizador interno do que o de um abridor de portas em Washington e Moscovo.

Ele mencionou a importância dos estados membros e da sua diversidade e afirmou que iria “fazer avançar as posições que o concelho aprovar” nos encontros internacionais sem passar por cima do presidente da Comissão Europeia.

Sendo o presidente da UE um homem, de um pequeno país e do centro-direita, a senhora Ashton faz o equilíbrio em termos de sexo, sendo da esquerda e de um país grande..

O equilíbrio destes critérios faz parte de qualquer grande decisão da UE, com os conservadores reclamando o lugar de presidente no início do jogo e a esquerda dizendo que o topo da diplomacia tinha de ser um dos seus.

De: News from EUobserver.com (traduzido pelo António Alte da Veiga)