2010-10-30

a propósito do Evangelho...

Zaqueu não dá aos pobres para ser salvo, mas porque foi salvo!

10.000 anos


Jericó é a cidade mais antiga do mundo. Prepara-se para completar 10.000 anos de história.

É uma cidade Palestiniana situada às margens do rio Jordão, a uns 8 km do Mar Morto, 300m abaixo do nível do Mar Mediterrâneo, e aproximadamente a 27 km de Jerusalém.

No Antigo Testamento é descrita como a "Cidade das Palmeiras", abundantes nos campos ao redor de Jericó.

Escavações arqueológicas revelaram 20 sucessivos assentamentos, o primeiro dos quais com cerca 10.000 anos, o que faz de Jericó a mais antiga cidade do mundo.


A vida questiona o Evangelho Domingo, 31 de Outubro

Sicómoro, em Jericó - Setembro 2010
Lucas 19,1-10.
Tendo entrado em Jericó, Jesus atravessava a cidade. Vivia ali um homem rico, chamado Zaqueu, que era chefe de cobradores de impostos. Procurava ver Jesus e não podia, por causa da multidão, pois era de pequena estatura. Correndo à frente, subiu a um sicómoro para o ver, porque Ele devia passar por ali.
Quando chegou àquele local, Jesus levantou os olhos e disse-lhe: «Zaqueu, desce depressa, pois hoje tenho de ficar em tua casa.»
Ele desceu imediatamente e acolheu Jesus, cheio de alegria.
Ao verem aquilo, murmuravam todos entre si, dizendo que tinha ido hospedar-se em casa de um pecador.
Zaqueu, de pé, disse ao Senhor: «Senhor, vou dar metade dos meus bens aos pobres e, se defraudei alguém em qualquer coisa, vou restituir-lhe quatro vezes mais.»
Jesus disse-lhe: «Hoje veio a salvação a esta casa, por este ser também filho de Abraão; pois, o Filho do Homem veio procurar e salvar o que estava perdido.»

2010-10-23

A vida questiona o Evangelho de Domingo, 24 de Outubro

Muro do Templo (Setembro 2010)

Lc. 18,9-14.

Disse também a seguinte parábola, a respeito de alguns que confiavam muito em si mesmos, tendo-se por justos e desprezando os demais:

«Dois homens subiram ao templo para orar: um era fariseu e o outro, cobrador de impostos.

O fariseu, de pé, fazia interiormente esta oração: 'Ó Deus, dou-te graças por não ser como o resto dos homens, que são ladrões, injustos, adúlteros; nem como este cobrador de impostos.

Jejuo duas vezes por semana e pago o dízimo de tudo quanto possuo.'

O cobrador de impostos, mantendo-se à distância, nem sequer ousava levantar os olhos ao céu; mas batia no peito, dizendo: 'Ó Deus, tem piedade de mim, que sou pecador.'

Digo-vos: Este voltou justificado para sua casa, e o outro não. Porque todo aquele que se exalta será humilhado, e quem se humilha será exaltado

2010-10-18

Ainda as declarações de Angela Merkel...

Concordo que não é uma boa notícia para a Europa, se ficarmos apenas nas sondagens e na constatação dos factos, sem se querer ver o porquê e como melhorar a situação.
A meu ver a questão não tem a ver principalmente com a religião, mas sim com a cultura, os costumes as relações familiares e a ligação com o pais de origem, a Turquia (neste caso da Alemanha).

Pelo que eu vou vendo por estas bandas, o que interessava aos países receptores de imigrantes era a força de trabalho e muito pouco se fez, que eu saiba, para que esses imigrantes pudessem "dar um salto cultural" sobretudo as mulheres que estão na base de muitas sociedades inclusive a turca.

Não tenho estatísticas, mas bastantes jovens trabalhadores turcos vão casar com raparigas turcas da Turquia que depois nos países de imigração em elevada percentagem se ocupam dos filhos em casa e assim conhecem mal a língua, as instituições e a cultura do pais onde vivem: Podem viver de manhã à noite dentro do meio turco.
A situação é diferente entre os turcos e turcas que estudam para lá do mínimo obrigatório e que se casam entre si. São os “turco-descendentes” como os “luso-descendentes ou os “ítalo-descendentes” e outros, que se vão distanciando dos costumes das terras de origem dos pais.
A meu ver é a boa altura de nos preocuparmos esta questão da língua e culturas dos países de acolhimento e paralelamente se criar interesse pelas culturas e costumes dos países de emigração.

Algo de semelhante se passa dentro das Igrejas com a chegada de fiéis de origem estrangeira. Os católicos de Portugal, das Filipinas, da Itália, etc., no Reino Unido, os evangélicos em Portugal, os ortodoxos ucranianos nos países do continente americano, etc.

Seria bom que houvesse quem se interessasse por estas questões, que são bem importantes e que não se podem deixar ao Deus-dará.

frei Eugénio em Bruxelas, com imigrantes portugueses.

PS - Já agora sugiro que consultem o blog que é indicado aqui ao lado: www.raizesdaca.blogspot.com que é uma pequenina voz dos portugueses que vivem na Bélgica.

2010-10-16

A vida questiona o Evangelho Domingo, 17 de Outubro

mulher insistente e persistente!
Lc. 18,1-8.
Depois, disse-lhes uma parábola sobre a obrigação de orar sempre, sem desfalecer:
«Em certa cidade, havia um juiz que não temia a Deus nem respeitava os homens. Naquela cidade vivia também uma viúva que ia ter com ele e lhe dizia:
'Faz-me justiça contra o meu adversário.'

Durante muito tempo, o juiz recusou-se a atendê-la; mas, um dia, disse consigo:
'Embora eu não tema a Deus nem respeite os homens,
contudo, já que esta viúva me incomoda, vou fazer-lhe justiça, para que me deixe de vez e não volte a importunar-me.'»
E o Senhor continuou:
«Reparai no que diz este juiz iníquo.
E Deus não fará justiça aos seus eleitos, que a Ele clamam dia e noite, e há-de fazê-los esperar? Eu vos digo que lhes vai fazer justiça prontamente. Mas, quando o Filho do Homem voltar, encontrará a fé sobre a terra?»

2010-10-14

Palestina e Israel - por Vargas Llosa

Israel Palestina - Paz ou Guerra Santa
de Mario Vargas Llosa, reimpressão: 2007, Quasi Edições,
ISBN: 9789895522460

Esta semana, deambulando ao acaso na biblioteca, encontrei esta preciosidade: um livro de Mário Vargas Llosa (prémio Nobel da Literatura deste ano) feito a partir da sua viagem em 2005 a Israel e aos territórios Palestinianos, incluindo a Faixa de Gaza e vários campos de refugiados. Aqui fica a apresentação:


"Estes textos foram escritos em Israel, na faixa de Gaza e nos territórios ocupados da Cisjordânia em meados de 2005. Fui até lá com a minha filha Morgana para tentar averiguar se a decisão unilateral de Ariel Sharon de desalojar os colonatos de Gaza abria uma nova perspectiva de paz na região e a maneira como palestinianos e israelitas reagiam perante esta iniciativa. Embora o território seja tão pequeno que um viajante pode percorrê-lo entre o pequeno-almoço e o jantar, na realidade resulta complicado percorrê-lo - às vezes é um pesadelo - devido às barreiras militares e o muro que o rodeia e as filas, controlos e interrogatórios que em cada um destes pontos atrasam o tráfego. Apesar disso, a experiência resultou fascinante porque naquele recanto do mundo a história parece mais potente e a vida mais intensa do que em qualquer outro lugar."

2010-10-10

Sínodo do Médio Oriente


Reune-se a partir de hoje e até dia 24 a primeira assembleia para o Médio Oriente do Sínodo dos Bispos.
O Sinodo destina-se ao católicos de Jerusalém, dos territórios palestinianos, bem como destes países: Arábia Saudita, Bahrein, Chipre, Egipto, Emiratos Árabes Unidos, Jordânia, Iémen, Irão, Iraque, Israel, Kuwait, Líbano, Oman, Qatar, Síria e Turquia.
Para além dos católicos de rito latino (comum à maior parte dos países ocidentais, como em Portugal), existem nestes países seis Igrejas orientais católicas com autonomia própria, “sui iuris”, lideradas por um Patriarca próprio, em comunhão com Roma: Coptas, sírios, greco-melquitas, maronitas, caldeus e arménios.
Estarão também presentes representantes de outras seis Igrejas orientais católicas: a etíope, a grega, a romena, a siro-malabar, a siro-malancar e a ucraniana.
Pela primeira vez o árabe será língua oficial de um Sínodo.
São convidados especiais de Bento XVI algumas personalidades dos mundos judaico e muçulmano, para falar aos participantes no Sínodo:
- o rabi David Rosen, director do Departamento para os assuntos inter-religiosos do American Jewish Committee;
- o Muhammad al-Sammak, conselheiro político do grão-mufti do Líbano (sunita);
- o Ayatollah Seyed Mostafa Mohaghegh Ahmadabadi, professor da faculdade de direito da Shahid Beheshti University de Teerão e membro da Academia Iraniana das Ciências (xiita).

2010-10-09

a propósito do Evangelho...

"Jesus louva a fé deste excluído, e deixa entender que a fé não consiste simplesmente em cumprir ordens, mas também em proclamar a boa nova da salvação, em reconhecer a graça recebida diante daquele que a concedeu, com uma voz tão grande como o grito com que antes se lha pediu.
Esta voz nova de louvor e de alegria precede mesmo o cumprimento dos ritos de purificação, precede qualquer rito, interrompe qualquer viagem, passa à frente de qualquer negócio."

Ver aqui texto completo.

A vida questiona o Evangelho de Domingo 10 de Outubro

O SAMARITANO QUE VOLTA

Lc. 17,11-19.
Quando caminhava para Jerusalém, Jesus passou através da Samaria e da Galileia.
Ao entrar numa aldeia, dez homens leprosos vieram ao seu encontro; mantendo-se à distância, gritaram, dizendo: «Jesus, Mestre, tem misericórdia de nós!» Ao vê-los, disse-lhes: «Ide e mostrai-vos aos sacerdotes.»
Ora, enquanto iam a caminho, ficaram purificados.
Um deles, vendo-se curado, voltou, glorificando a Deus em voz alta; caiu aos pés de Jesus com a face em terra e agradeceu-lhe. Era um samaritano.
Tomando a palavra, Jesus disse: «Não foram dez os que ficaram purificados? Onde estão os outros nove? Não houve quem voltasse para dar glória a Deus, senão este estrangeiro
E disse-lhe: «Levanta-te e vai. A tua fé te salvou.»

2010-10-03

Call for reason

No próximo dia 6 de Outubro vai ter lugar em Paris um CALL MEETING, juntando todos os que se revêm nesta petição já assinada por mais de 7300 pessoas.

Esta petição torna claro que a política oficial de Israel não pode ser confundida com a posição de todos os judeus. A questão é política e não religiosa.

"We are citizens of European countries, Jews, and involved in the political and social life of our respective countries. Whatever our personal paths, our connection to the state of Israel is part of our identity. We are concerned about the future of the State of Israel to which we are unfailingly committed.
Israel faces existential threats. Far from underestimating the threats from its external enemies, we know that the danger also lies in the occupation and the continuing pursuit of settlements in the West Bank and in the Arab districts of East Jerusalem. These policies are morally and politically wrong and feed the unacceptable delegitimization process that Israel currently faces abroad. (...)"

2010-10-02

A vida questiona o Evangelho de Domingo 2 de Outubro

Grãos de mostarda - Nazaré, Setembro 2010
Se tivésseis fé como um grão de mostarda...
Lc. 17,5-10.

Os Apóstolos disseram ao Senhor: «Aumenta a nossa fé.» 
O Senhor respondeu: «Se tivésseis fé como um grão de mostarda, diríeis a essa amoreira: 'Arranca-te daí e planta-te no mar', e ela havia de obedecer-vos.» 
«Qual de vós, tendo um servo a lavrar ou a apascentar gado, lhe dirá, quando ele regressar do campo: 'Vem cá depressa e senta-te à mesa'? 
Não lhe dirá antes: 'Prepara-me o jantar e cinge-te para me servires, enquanto eu como e bebo; depois, comerás e beberás tu'? 
Deve estar grato ao servo por ter feito o que lhe mandou? 
Assim, também vós, quando tiverdes feito tudo o que vos foi ordenado, dizei: 'Somos servos inúteis; fizemos o que devíamos fazer.'»

2010-10-01

Breaking the Silence

Palestinian kid feeding pigeons on a roof in the West-Casba. Photo taken through a sniper’s rifle

O site Breaking the Silence é uma iniciativa de um grupo de veteranos do exército israelita que recolheu mais de 700 depoimentos de soldados sobre as acções militares de Israel nos territórios palestinianos.


"Soldiers who serve in the Territories witness and participate in military actions which change them immensely. Cases of abuse towards Palestinians, looting, and destruction of property have been the norm for years, but are still excused as military necessities, or explained as extreme and unique cases. Our testimonies portray a different, and much grimmer picture. While this reality is known to Israeli soldiers and commanders, Israeli society continues to turn a blind eye, and to deny that which happens in its name. Discharged soldiers who return to civilian life discover the gap between the reality which they encountered in the Territories, and the silence which they encounter at home. In order to become civilians again, soldiers are forced to ignore what they have seen and done. Breaking the Silence voices the experiences of these soldiers, forcing Israeli society to address the reality which it has helped to create."