A democratização do Egipto é uma brecha de esperança para os vizinhos palestinianos de Gaza.
Mas para já, no imediato, a situação no Egipto agravou a ameaça de uma crise humanitária em Gaza.
Soldados egípcios fugiram dos seus postos e a única fronteira (Rafah) fechou. E este é o único ponto de saída / entrada para 1,5 milhão de palestinianos que vivem na Faixa de Gaza, bem como para os abastecimentos de comida, medicamentos, combustíveis.
Assim, há cerca de 60 palestinianos retidos no aeroporto do Cairo, entre os quais seis crianças e vários pacientes criticamente enfermos, que estão ficando sem a medicação. Israel destruiu o aeroporto de Gaza durante a segunda Intifada, em 2002. A alternativa é o aeroporto de Cairo, através de Rafah, desde que se tenha uma habilitação de segurança especial para entrar no Egipto.
Aqueles que têm autorização para viajar ao exterior são levados diretamente ao aeroporto do Cairo, de autocarro, onde são mantidos até à sua partida. No regresso são detidos no aeroporto até que possam ser levados para a fronteira de Rafah.
Por estes dias nem estes procedimentos funcionam.
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