2012-01-12

Entrevista com Louis Sako, arcebispo de Kirkuk da Igreja Caldeia no Iraque


Louis Sako, arcebispo de Kirkuk - Igreja Caldeia no Iraque

Saddam reduziu o Iraque à sua personalidade, os Estados Unidos levaram o caos ao país e os iraquianos pensam que o Ocidente só lhes quer levar os recursos. O arcebispo cristão caldeu de Kirkuk esteve em Portugal para dizer que a liberdade é uma grande coisa, mas que os cristãos iraquianos se sentem ameaçados.



O Natal foi um tempo difícil para os cristãos do Iraque: por causa da violência de que têm sido vítimas desde a invasão do país, tiveram que fazer as celebrações natalícias de dia, cancelando a "missa do galo" em cidades como Bagdad, Mossul e Kirkuk. Depois de, há mais de um ano, ter havido um massacre na catedral cristã siríaca de Bagdad, continuam a registar-se perseguições, raptos e violências contra cristãos - só neste mês de Dezembro, pelo menos mais três foram mortos. 

Louis Sako, 62 anos, arcebispo de Kirkuk da Igreja Caldeia, esteve em Portugal há um mês. Em entrevista ao P2, Sako critica a forma como os Estados Unidos actuaram nos últimos anos e diz que o Ocidente deveria pensar menos em interesses materiais e procurar antes ajudar os países muçulmanos a respeitar os direitos humanos e a democracia. 

A Igreja Caldeia, comunidade do Oriente que reza em aramaico, a mesma língua de Jesus, subsiste desde o início do cristianismo. Apesar de unida ao Papa, tem padres casados e os bispos são escolhidos pelas comunidades. Ambas as experiências podem ser alargadas ao Ocidente, diz o arcebispo, que está no cargo há oito anos. Responsável por uma das dezasseis dioceses dos caldeus, que representam cerca de 80 por cento do milhão de cristãos iraquianos, Sako diz que a principal ameaça é o fundamentalismo. 


Ver a entrevista completa aqui.

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