2012-11-30

Palestina é (finalmente) um Estado


A admissão da Palestina como Estado não-membro com o estatuto de observador nas Nações Unidas é muito mais do que mais uma resolução da Assembleia Geral das Nações Unidas:



1. Vincula juridicamente a esmagadora maioria dos Estados (139, entre os quais Portugal) ao reconhecimento internacional da estadualidade da Palestina, com as consequências práticas que daí advirão;



2. Quantifica como minoria ínfima (9: Canadá, Estados Unidos, República Checa, Israel, Ilhas Marshall, Micronésia, Nauru, Palau e Panamá) os Estados que, na comunidade internacional, se opõem ao reconhecimento daquela estadualidade;

3. Demonstra, se necessário fosse, que a Palestina só não é membro das Nações Unidas devido ao exercício do direito de veto dos Estados Unidos no Conselho de Segurança (órgão que tem a competência, no sistema das Nações Unidas, para o impulso processual do processo de admissão);

4. Tem a consequência jurídica, também quantificada, de que para a esmagadora maioria dos Estados do globo o Estado de Israel é qualificável como potência ocupante – ou seja, que a sua presença em território palestiniano é ilícita;

5. Tem a consequência política de, naturalmente, fragilizar sobremaneira o Estado de Israel.

Mas: o reconhecimento da estadualidade da Palestina (e aplaudo a posição do Estado português) não representa a legitimação do Hamas como representante do povo palestiniano (esse papel é e só pode ser no quadro actual desempenhado pela Autoridade Palestiniana) e não representa, a meu ver, a legitimação de comportamentos terroristas praticados por aquela organização a coberto da insustentável argumentação de um direito de legítima defesa.
José Azeredo Lopes, no facebook


2012-11-29

Palestina: excelente síntese



Neste video se explica em 6 minutos o drama em que vivem há mais de 60 anos os palestinianos.

É uma das mais longas ocupações da história.

2012-11-24

Diálogo com o Evangelho

 


Diálogo com o Evangelho de Domingo, 25 de novembro, pelo Frei Eugénio, no programa de rádio "Raízes de Cá".

A vida questiona o Evangelho de Domingo, 25 de novembro

 Fra Angelico
Jo. 18,33b-37.
Naquele tempo, Pilatos entrou de novo no edifício da sede, chamou Jesus e perguntou-lhe: «Tu és rei dos judeus?»
Respondeu-lhe Jesus: «Tu perguntas isso por ti mesmo, ou porque outros to disseram de mim?»
Pilatos replicou: «Serei eu, porventura, judeu? A tua gente e os sumos sacerdotes é que te entregaram a mim! Que fizeste?»
Jesus respondeu: «A minha realeza não é deste mundo; se a minha realeza fosse deste mundo, os meus guardas teriam lutado para que Eu não fosse entregue às autoridades judaicas; portanto, o meu reino não é de cá.»
Disse-lhe Pilatos: «Logo, Tu és rei!» Respondeu-lhe Jesus: «É como dizes: Eu sou rei! Para isto nasci, para isto vim ao mundo: para dar testemunho da Verdade. Todo aquele que vive da Verdade escuta a minha voz.»

2012-11-21

Perceber o que se passa em Gaza


Aqui está uma boa ajuda para perceber o que se está a passar neste momento em Gaza.

Neste video Afif Safieh, critão e antigo diplomata palestiniano, é entrevistado pela Sky News (18.11.2012).


http://www.facebook.com/photo.php?v=10151237123407171

2012-11-19

Apelo dos responsáveis cristãos da Palestina

Importante apelo de 100 responsáveis por comunidades cristãs na Terra Santa aos Europeus

Aqui fica este apelo dos Cristãos da Terra Santa (Católicos, Ortodoxos, etc) aos países Europeus, numa altura em que se discute na ONU o estatuto da Palestina e que Gaza vive momentos dramáticos.


Palestine, the Holy Land is our homeland. Our roots here stretch for centuries. We, Palestinian Christians are the descendents of the first Christians. We are also an organic and integral component of the Palestinian people. And just like our Palestinian Muslim brothers and sisters, we have been denied our national and human rights for almost a century.
We have endured dispossession and forced exile since 1948, when two thirds of Palestine's Christians were forcibly expelled from their homes in the Holy Land. Our presence in our Holy Land has been under threat since then, choked by a snaking wall that has devoured our land and deprived our congregations of hope and peace in the land that was blessed with the birth of the Prince of Peace. We have persevered through 64 years of exile and 45 years of occupation, holding on to His message of peace. We, Palestinian Christians say enough! Our message is simple: to achieve peace, the world must also say enough to occupation and the degradation of human dignity.
 (...)
Nous croyons que l’initiative de l’Organisation de Libération de la Palestine d’élever le statut de la Palestine aux Nations Unies à celui d’État Observateur représente une étape positive, collective et morale qui nous rapprochera de la liberté. C’est une étape dans la bonne direction pour la cause d’une paix juste dans la région. 
Nous soutenons cette demande comme nous avons soutenu il y a un an la candidature comme membre à part entière des Nations Unies. C’est pourquoi nous demandons aux gouvernements européens de soutenir sans réserve la demande palestinienne de liberté et d’indépendance.


Para ler o documento na integra clique aqui.

2012-11-18

Palestina e Gaza


Já estive na Palestina e pude ver a humilhação diária a que os palestinianos são sujeitos por Israel. É total ignorância dizer que os Palestinianos são muçulmanos. São muçulmanos, claro. Mas também muitos cristãos árabes. As comunidades cristãs da palestina já eram cristãs antes dos europeus o serem. 
E Israel é hoje um estado racista, que só aceita Judeus, tratando como cidadãos de segunda os arábes que lá vivem desde antes de 1946.
Sobre Gaza vale a pena ler este artigo de um Rabi Judeu, Brant Rosen.

2012-11-17

A vida questiona o Evangelho de Domingo, 18 de novembro

Mc. 13,24-32.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos:«Mas nesses dias, depois daquela aflição, o Sol vai escurecer-se e a Lua não dará a sua claridade,
as estrelas cairão do céu e as forças que estão no céu serão abaladas. Então, verão o Filho do Homem vir sobre as nuvens com grande poder e glória.Ele enviará os seus anjos e reunirá os seus eleitos dos quatro ventos, da extremidade da terra à extremidade do céu.»
«Aprendei, pois, a parábola da figueira. Quando já os seus ramos estão tenros e brotam as folhas, sabeis que o Verão está próximo. Assim, também, quando virdes acontecer estas coisas, sabei que Ele está próximo, às portas. Em verdade vos digo: Não passará esta geração sem que todas estas coisas aconteçam. O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não passarão. Quanto a esse dia ou a essa hora, ninguém os conhece: nem os anjos do Céu, nem o Filho; só o Pai.»

2012-11-15

Greg Smith e Goldman Sachs


Quando em março Greg Smith renunciou  ao cargo de diretor executivo e vice-presidente da Goldman Sachs publicou um artigo no The New York Times com fortes e graves acusações à cultura da Goldman Sachs, qualificada de "tóxica e destrutiva".

Recentemente publicou o livro "Why I Left Goldman Sachs" e deu uma importante entrevista ao programa 60 minutos da CBS.

Este corajoso depoimento merece ser lido com atenção. 

2012-11-10

Diálogo com o Evangelho


Diálogo com o Evangelho de Domingo, 11 de novembro, pelo Frei Eugénio, no programa de rádio "Raízes de Cá".

A vida questiona o Evangelho de Domingo, 11 de novembro


Mc. 12,38-44.
Naquele tempo, Jesus ensinava a multidão, dizendo: «Tomai cuidado com os doutores da Lei, que gostam de exibir longas vestes, de ser cumprimentados nas praças, de ocupar os primeiros lugares nas sinagogas e nos banquetes; eles devoram as casas das viúvas a pretexto de longas orações. Esses receberão uma sentença mais severa.»
Estando sentado em frente do tesouro, observava como a multidão deitava moedas. Muitos ricos deitavam muitas. Mas veio uma viúva pobre e deitou duas moedinhas, uns tostões. Chamando os discípulos, disse: «Em verdade vos digo que esta viúva pobre deitou no tesouro mais do que todos os outros; porque todos deitaram do que lhes sobrava, mas ela, da sua penúria, deitou tudo quanto possuía, todo o seu sustento.»

2012-11-03

A vida questioa o Evangelho de Domingo, 4 de novembro


Mc. ‪12,28b-34.‬
Naquele tempo, aproximou-se de Jesus um escriba e perguntou-Lhe: «Qual é o primeiro de todos os mandamentos?»
Jesus respondeu: «O primeiro é: Escuta, Israel: O Senhor nosso Deus é o único Senhor; amarás o Senhor, teu Deus, com todo o teu coração, com toda a tua alma, com todo o teu entendimento e com todas as tuas forças.
O segundo é este: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Não há outro mandamento maior que estes.»
O escriba disse-lhe: «Muito bem, Mestre, com razão disseste que Ele é o único e não existe outro além dele; e amá-lo com todo o coração, com todo o entendimento, com todas as forças, e amar o próximo como a si mesmo vale mais do que todos os holocaustos e todos os sacrifícios.»
Vendo que ele respondera com sabedoria, Jesus disse: «Não estás longe do Reino de Deus.» E ninguém mais ousava interrogá-lo.