2008-12-11

Sempre um acto de primavera


Manuel de Oliveira faz hoje 100 anos. Quem quiser ver o Câmara Clara do último Domingo poderá ver uma discussão inteligente e bem humorada com a participação de João Lopes e João Mário Grilo sobre a sua obra e os estereótipos que a mancham. "Filmes longos? - dizia João Lopes - Um episódio do Harry Potter dura mais do que a média dos seus últimos 20 filmes...". Filmes divorciados do público? João Mário Grilo respondia que os seus filmes são feitos para o espectador ("Como ele costuma dizer com alguma maledicência, 'públicos são os urinóis") e que, por exemplo, Amor de Perdição perguntava ao espectador de 1978 se ainda era capaz de amar assim.

1 comentário:

  1. Um filme de Manuel de Oliveira que muito aprecio é "O Pintor e a Cidade" (ainda há poucas semanas o revi em Serralves, na exposição dedicada ao centenário realizador). É um belíssimo documentário sobre o Porto dos anos 50 e António Cruz (provavelmente o melhor aguarelista a retratar o Porto). Outros filmes dele não me entusiasmam nada.
    É contudo notável a sua liberdade de criação e a vitalidade do homem.

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