2011-10-30

Diálogo com o Evangelho de 1 de Novembro, Festa de Todos os Santos, pelo Frei Eugénio, no programa de rádio "Raízes de Cá".

2011-10-29

Para comemorar os 25 anos do encontro dos líderes das principais comunidades cristãs e tradições religiosas do mundo, em Assis (Itália) realizou-se no Porto uma atividade inter-religiosa no auditório da igreja de Cedofeita.
Organizado pelos Franciscanos e pela Comissão Ecuménica do Porto, contou com a participação de várias comunidades cristãs e tradições religiosas.
Foi a primeira vez que um encontro de tão diferentes tradições se encontraram no Porto para reflectir e rezar pela Paz.
Estiveram presentes as seguintes religiões: Judaica, Islâmica, Budista, Bahai'i e Cristã (Católicos Romanos, Ortodoxos, Metodistas, Anglicanos, Evangélicos).  

A vida questiona o Evangelho de 1 de Novembro

(In Derrotar Montanhas)


Mt. 5,1-12a.

Ao ver a multidão, Jesus subiu a um monte. Depois de se ter sentado, os discípulos aproximaram-se dele.
Então tomou a palavra e começou a ensiná-los, dizendo:
«Felizes os pobres em espírito, porque deles é o Reino do Céu.
Felizes os que choram, porque serão consolados.
Felizes os mansos, porque possuirão a terra.
Felizes os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados.
Felizes os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia.
Felizes os puros de coração, porque verão a Deus.
Felizes os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus.
Felizes os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o Reino do Céu.
Felizes sereis, quando vos insultarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o género de calúnias contra vós, por minha causa.
Exultai e alegrai-vos, porque grande será a vossa recompensa no Céu; pois também assim perseguiram os profetas que vos precederam.»

A vida questiniona o Evangelho de Domingo, 30 de Outubro

Mt. ‪23,1-12.‬
Naquele tempo, Jesus falou assim à multidão e aos seus discípulos: «Os doutores da Lei e os fariseus instalaram-se na cátedra de Moisés. Fazei, pois, e observai tudo o que eles disserem, mas não imiteis as suas obras, pois eles dizem e não fazem. Atam fardos pesados e insuportáveis e colocam-nos aos ombros dos outros, mas eles não põem nem um dedo para os deslocar. Tudo o que fazem é com o fim de se tornarem notados pelos homens. Por isso, alargam as filactérias e alongam as orlas dos seus mantos.
Gostam de ocupar o primeiro lugar nos banquetes e os primeiros assentos nas sinagogas. Gostam das saudações nas praças públicas e de serem chamados 'mestres’ pelos homens. Quanto a vós, não vos deixeis tratar por 'mestres’, pois um só é o vosso Mestre, e vós sois todos irmãos. E, na terra, a ninguém chameis 'Pai’, porque um só é o vosso 'Pai’: aquele que está no Céu. Nem permitais que vos tratem por 'doutores’, porque um só é o vosso 'Doutor’: Cristo. O maior de entre vós será o vosso servo. Quem se exaltar será humilhado e quem se humilhar será exaltado.

2011-10-24

A propósito da troca de prisioneiros em Israel

Vale a pena ler este texto de Ury Avnery.

Aqui fica este exerto:

"THE MOST sensible – I almost wrote “the only sensible” – sentence uttered this week sprang from the lips of a 5-year old boy.
After the prisoner swap, one of those smart-aleck TV reporters asked him: “Why did we release 1027 Arabs for one Israeli soldier?” He expected, of course, the usual answer: because one Israeli is worth a thousand Arabs.
The little boy replied: “Because we caught many of them and they caught only one.”



2011-10-21

Diálogo com o Evangelho de Domingo 23 de Outubro, pelo Frei Eugénio, no programa de rádio "Raízes de Cá".
Mt. ‪22,34-40.‬
Naquele tempo, os fariseus ouvindo dizer que Jesus reduzira os saduceus ao silêncio, reuniram-se em grupo. E um deles, que era legista, perguntou-lhe para o embaraçar: «Mestre, qual é o maior mandamento da Lei?»
Jesus disse lhe: Amarás ao Senhor, teu Deus, com todo o teu coração, com toda a tua alma e com toda a tua mente. Este é o maior e o primeiro mandamento. O segundo é semelhante: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas.»


2011-10-20

SÁBIAS PALAVRAS

Recebi hoje um e-mail que me dava conta de uma mensagem de um jornalista mexicano, Armando Fontes Aguirre (Catón) que me atrevo a partilhar convosco dada a actualidade das palavras que escreve:


Me propongo demandar a la revista 'Fortune', pues me hizo víctima de una omisión inexplicable. Resulta que publicó la lista de los hombres más ricos del planeta, y en esta lista no aparezco yo.

Aparecen, sí, el sultán de Brunei, aparecen también los herederos de Sam Walton y Takichiro Mori. Figuran ahí también personalidades como la Reina Isabel de Inglaterra, Stavros Niarkos. y los mexicanos Carlos Slim y Emilio Azcárraga.

Sin embargo a mí no me menciona la revista. Y yo soy un hombre rico, inmensamente rico.

Y si no, vean ustedes:

Tengo vida, que recibí no sé por qué, y salud, que conservo no sé cómo.
Tengo una familia: esposa adorable que al entregarme su vida me dio lo mejor de la mía; hijos maravillosos de quienes no he recibido sino felicidad; nietos con los cuales ejerzo una nueva y gozosa paternidad.
Tengo hermanos que son como mis amigos, y amigos que son como mis hermanos.
Tengo gente que me ama con sinceridad a pesar de mis defectos, a la que yo amo con sinceridad a pesar de mis defectos.
Tengo cuatro lectores a los que cada día les doy gracias porque leen bien lo que yo escribo mal.
Tengo una casa y en ella muchos libros (mi esposa diría que tengo muchos libros y, entre ellos, una casa).
Poseo un pedacito del mundo en la forma de un huerto que cada año me da manzanas que habrían acortado aún más la presencia de Adán y Eva en el Paraíso.
Tengo un perro que no se va a dormir hasta que llego y que me recibe como si fuera yo el dueño de los cielos y la tierra.
Tengo ojos que ven y oídos que oyen, pies que caminan y manos que acarician; cerebro que piensa cosas que a otros se les habían ocurrido ya, pero que a mí no se me habían ocurrido nunca.
Soy dueño de la común herencia de los hombres: alegrías para disfrutarlas y penas para hermanarme a los que sufren.
Y tengo fe en Dios que guarda para mí su infinito amor.

¿Puede haber mayores riquezas que las mías? ¿Por qué, entonces, no me puso la revista 'Fortune' en la lista de los hombres más ricos del planeta?

HAY GENTE POBRE, PERO TAN POBRE, QUE LO ÚNICO QUE TIENEN ES.... DINERO

Armando Fuentes Aguirre.

Armando Fuentes Aguirre (Catón), es un escritor y periodista mexicano nacido el 8 de julio de 1938 en Saltillo, Coahuila. Hijo de Mariano Fuentes Flores y Carmen Aguirre de Fuentes. Es famoso por su humor, el que ha plasmado en su obra escrita. A los quince años de edad obtiene la licencia de locutor de radio. Abogado por la Facultad de Jurisprudencia de la Universidad Autónoma de Coahuila, es maestro en Lengua y Literatura, así como maestro en Pedagogía, por la Escuela Normal Superior de Coahuila. Director del Ateneo Fuente y de la Facultad de Ciencias de la Comunicación de la misma Universidad. Desde la década de los ochenta fue nombrado cronista oficial de la ciudad de Saltillo. En 2003 le otorga la Universidad Autónoma de Nuevo León el Doctorado Honoris Causa. Es considerado 'el 'historiador' favorito de la nueva clase política' mexicana.


Hugo Meireles

2011-10-15

Mateus ‪22,15-21.‬
Naquele tempo, os fariseus reuniram-se para combinar como haviam de surpreender Jesus nas suas próprias palavras.
Enviaram-lhe os seus discípulos, acompanhados dos partidários de Herodes, a dizer-lhe: «Mestre, sabemos que és sincero e que ensinas o caminho de Deus segundo a verdade, sem te deixares influenciar por ninguém, pois não olhas à condição das pessoas.
Diz-nos, portanto, o teu parecer: É lícito ou não pagar o imposto a César?»
Mas Jesus, conhecendo-lhes a malícia, retorquiu: «Porque me tentais, hipócritas? Mostrai-me a moeda do imposto.» Eles apresentaram-lhe um denário. Perguntou: «De quem é esta imagem e esta inscrição?»
«De César» responderam. Disse-lhes então: «Dai, pois, a César o que é de César e a Deus o que é de Deus.»

2011-10-07


Diálogo com o Evangelho de Domingo 9 de Outubro, pelo Frei Eugénio, no programa de rádio "Raízes de Cá".
Mt. ‪22,1-14.‬
Naquele tempo, Jesus dirigiu-Se de novo aos príncipes dos sacerdotes e aos anciãos do povo e, falando em parábolas, disse-lhes: «O Reino do Céu é comparável a um rei que preparou um banquete nupcial para o seu filho. Mandou os servos chamar os convidados para as bodas, mas eles não quiseram comparecer. De novo mandou outros servos, ordenando-lhes: 'Dizei aos convidados: O meu banquete está pronto; abateram-se os meus bois e as minhas reses gordas; tudo está preparado. Vinde às bodas.’ Mas eles, sem se importarem, foram um para o seu campo, outro para o seu negócio. Os restantes, apoderando-se dos servos, maltrataram-nos e mataram-nos. O rei ficou irado e enviou as suas tropas, que exterminaram aqueles assassinos e incendiaram a sua cidade. Disse, depois, aos servos: 'O banquete das núpcias está pronto, mas os convidados não eram dignos. Ide, pois, às saídas dos caminhos e convidai para as bodas todos quantos encontrardes.’
Os servos, saindo pelos caminhos, reuniram todos aqueles que encontraram, maus e bons, e a sala do banquete encheu-se de convidados.
Quando o rei entrou para ver os convidados, viu um homem que não trazia o traje nupcial. E disse-lhe: 'Amigo, como entraste aqui sem o traje nupcial?’ Mas ele emudeceu.
O rei disse, então, aos servos: 'Amarrai-lhe os pés e as mãos e lançai-o nas trevas exteriores; ali haverá choro e ranger de dentes.’ Porque muitos são os chamados, mas poucos os escolhidos.»

Tribo de Jacob: Os melhores teólogos ibéricos, ou seja espanhóis, ...

Os melhores teólogos ibéricos, ou seja espanhóis, ...:


O programa promete. E, apesar de tudo, parece que aqui se respira um ar mais livre... Pena é que não haja maior participação lusa.

Aqui fica o programa.

2011-10-02

Diálogo com o Evangelho de Domingo 2 de Outubro, pelo Frei Eugénio, no programa de rádio "Raízes de Cá".

A vida questiona o Evangelho de Domingo, 2 de Outubro

Mt. ‪21,33-43.‬
Naquele tempo, disse Jesus aos príncipes dos sacerdotes e aos anciãos do povo: «Escutai outra parábola: Um chefe de família plantou uma vinha, cercou-a com uma sebe, cavou nela um lagar, construiu uma torre, arrendou-a a uns vinhateiros e ausentou-se para longe. Quando chegou a época das vindimas, enviou os seus servos aos vinhateiros, para receberem os frutos que lhe pertenciam.
Os vinhateiros, porém, apoderaram-se dos servos, bateram num, mataram outro e apedrejaram o terceiro.
Tornou a mandar outros servos, mais numerosos do que os primeiros, e trataram-nos da mesma forma.
Finalmente, enviou-lhes o seu próprio filho, dizendo: 'Hão-de respeitar o meu filho.’ Mas os vinhateiros, vendo o filho, disseram entre si: 'Este é o herdeiro. Matemo-lo e ficaremos com a sua herança.’ E, agarrando-o, lançaram-no fora da vinha e mataram-no. Ora bem, quando vier o dono da vinha, que fará àqueles vinhateiros?»
Eles responderam-lhe: «Dará morte afrontosa aos malvados e arrendará a vinha a outros vinhateiros que lhe entregarão os frutos na altura devida.»
Jesus disse-lhes: «Nunca lestes nas Escrituras: A pedra que os construtores rejeitaram transformou-se em pedra angular? Isto é obra do Senhor e é admirável aos nossos olhos? Por isso vos digo: O Reino de Deus ser-vos-á tirado e será confiado a um povo que produzirá os seus frutos.

2011-09-25

Diálogo com o Evangelho de Domingo 25 de Setembro, pelo Frei Eugénio, no programa de rádio "Raízes de Cá".
Mt. ‪21,28-32.‬
Naquele tempo, disse Jesus aos príncipes dos sacerdotes e aos anciãos do povo:«Que vos parece? Um homem tinha dois filhos. Dirigindo-se ao primeiro, disse-lhe: 'Filho, vai hoje trabalhar na vinha.' Mas ele respondeu: 'Não quero.’ Mais tarde, porém, arrependeu-se e foi.
Dirigindo-se ao segundo, falou-lhe do mesmo modo e ele respondeu: 'Vou sim, senhor.’ Mas não foi.
Qual dos dois fez a vontade ao pai?» Responderam eles: «O primeiro.» Jesus disse-lhes: «Em verdade vos digo: Os cobradores de impostos e as meretrizes vão preceder vos no Reino de Deus. João veio até vós, ensinando-vos o caminho da justiça, e não acreditastes nele; mas os cobradores de impostos e as meretrizes acreditaram nele. E vós, nem depois de verdes isto, vos arrependestes para acreditar nele.»

2011-09-24

Crise económica, crise democrática...


Talvez seja útil, para ter uma perspectiva menos confinada aos fados nacionais, ver os problemas financeiros de um ponto de vista externo - como o da Itália. Loretta Napoleoni é economista com vários títulos publicados e o seu último livro chama-se Il contagio. Perché la crise economica rivoluzionerà le nostre democrazie. Para quem puder ouvi-la em italiano aqui fica a entrevista. De qualquer forma aqui ficam as suas ideias chave ditas em entrevista ao Metronews italiano:
"Aquilo a que nos arriscamos é um default descontrolado. Os mercados sabem-no e as pessoas também, ainda que os políticos façam de conta que está tudo bem. Nas condições actuais é melhor um default pilotado, ou seja: saída do euro, desvalorização, um imposto patrimonial para garantir a dívida pública nas mãos da banca e dos cidadãos, renegociação da dívida externa; o crescimento retomará dentro de um ano."

"A verdade é que os países europeus que não estão no euro resistiram melhor à crise."

Será a classe política capaz de escolhas deste género?
"Temo que não e é isso que explica a mobilização da sociedade civil. (...) Um descontentamento com a governação económica em desfavor das pessoas e a favor da elite que reúne jovens aculturados na democracia e na ditadura e que contagia as margens do Mediterrâneo.

2011-09-22



Vale mesmo a pena ver e ouvir este texto dito pelo proprio Mia Couto nas Conferencias do Estoril.

É do melhor que se tem ouvido sobre o medo: uma lição fanstástica de sabedoria num português que dá gosto ouvir.

2011-09-17

Mt ‪20,1-16a.‬
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos a seguinte parábola: «Com efeito, o Reino do Céu é semelhante a um proprietário que saiu ao romper da manhã, a fim de contratar trabalhadores para a sua vinha. Ajustou com eles um denário por dia e enviou-os para a sua vinha.  
Saiu depois pelas nove horas, viu outros na praça, que estavam sem trabalho, e disse-lhes: 'Ide também para a minha vinha e tereis o salário que for justo.’ E eles foram. 
Saiu de novo por volta do meio-dia e das três da tarde, e fez o mesmo.  
Saindo pelas cinco da tarde, encontrou ainda outros que ali estavam e disse-lhes: 'Porque ficais aqui todo o dia sem trabalhar?’ Responderam-lhe: 'É que ninguém nos contratou.’ Ele disse-lhes: 'Ide também para a minha vinha.’  
Ao entardecer, o dono da vinha disse ao capataz: 'Chama os trabalhadores e paga-lhes o salário, começando pelos últimos até aos primeiros.’ Vieram os das cinco da tarde e receberam um denário cada um. Vieram, por seu turno, os primeiros e julgaram que iam receber mais, mas receberam, também eles, um denário cada um. Depois de o terem recebido, começaram a murmurar contra o proprietário, dizendo: 'Estes últimos só trabalharam uma hora e deste-lhes a mesma paga que a nós, que suportámos o cansaço do dia e o seu calor.’ O proprietário respondeu a um deles: 'Em nada te prejudico, meu amigo. Não foi um denário que nós ajustámos? Leva, então, o que te é devido e segue o teu caminho, pois eu quero dar a este último tanto como a ti. Ou não me será permitido dispor dos meus bens como eu entender? Será que tens inveja por eu ser bom?’
Assim, os últimos serão os primeiros e os primeiros serão os últimos. Porque muitos são os chamados, mas poucos os escolhidos.»

2011-09-09

A vida questiona o Evangelho de Domingo, 11 de Setembro

Mat. ‪18,21-35.‬
Naquele tempo, Pedro aproximou-se de Jesus e perguntou-Lhe: «Senhor, se o meu irmão me ofender, quantas vezes lhe deverei perdoar? Até sete vezes?»  Jesus respondeu: «Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete. Por isso, o Reino do Céu é comparável a um rei que quis ajustar contas com os seus servos. Logo ao princípio, trouxeram-lhe um que lhe devia dez mil talentos. Não tendo com que pagar, o senhor ordenou que fosse vendido com a mulher, os filhos e todos os seus bens, a fim de pagar a dívida.
O servo lançou-se, então, aos seus pés, dizendo: 'Concede-me um prazo e tudo te pagarei.’ Levado pela compaixão, o senhor daquele servo mandou-o em liberdade e perdoou-lhe a dívida.
Ao sair, o servo encontrou um dos seus companheiros que lhe devia cem denários. Segurando-o, apertou-lhe o pescoço e sufocava-o, dizendo: 'Paga o que me deves!’ O seu companheiro caiu a seus pés, suplicando: 'Concede-me um prazo que eu te pagarei.’ Mas ele não concordou e mandou-o prender, até que pagasse tudo quanto lhe devia.
Ao verem o que tinha acontecido, os outros companheiros, contristados, foram contá-lo ao seu senhor.
O senhor mandou-o, então, chamar e disse-lhe: 'Servo mau, perdoei-te tudo o que me devias, porque assim mo suplicaste; não devias também ter piedade do teu companheiro, como eu tive de ti?’ E o senhor, indignado, entregou-o aos verdugos até que pagasse tudo o que devia.
Assim procederá convosco meu Pai celeste, se cada um de vós não perdoar ao seu irmão do íntimo do coração.»

2011-09-03

Diálogo com o Evangelho - 25

Diálogo com o Evangelho de Domingo 4 de Setembro, pelo Frei Eugénio, no programa de rádio "Raízes de Cá".

A Vida questiona o Evangelho de Domingo 4 de Setembro

Mt. ‪18,15-20.‬ 

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Se o teu irmão pecar, vai ter com ele e repreende o a sós. Se te der ouvidos, terás ganho o teu irmão. 
Se não te der ouvidos, toma contigo mais uma ou duas pessoas, para que toda a questão fique resolvida pela palavra de duas ou três testemunhas. 
Se ele se recusar a ouvi-las, comunica-o à Igreja; e, se ele se recusar a atender à própria Igreja, seja para ti como um pagão ou um cobrador de impostos. 
Em verdade vos digo: Tudo o que ligardes na Terra será ligado no Céu, e tudo o que desligardes na Terra será desligado no Céu.» 

«Digo-vos ainda: Se dois de entre vós se unirem, na Terra, para pedir qualquer coisa, hão-de obtê-la de meu Pai que está no Céu. 
Pois, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, Eu estou no meio deles.» 

2011-08-31

Os Cristãos e o Ramadão

"How should the followers of Christ respond to Ramadan and to the socio-religious activities of Muslims in this month? From a Muslim’s point of view, Ramadan is the time of spiritual revival. It is the Islamic spiritual awakening in which a Muslim seeks to pursue purity of mind and heart in words and action. In Ramadan, faithful Muslims fast from sunset to sundown, read the whole Quran, and help the poor as well as needy. They turn away from immoralities, from the vices of the tongue, and evil thoughts. These things are indeed good and, as Christians, we should value all the good deeds that Muslims do. We should further be provoked to affirm our commitment to the teachings of Jesus Christ concerning fasting (Matt 6: 16 – 18), alms giving (Matt 6: 1 – 4), and prayer (Matt 6: 5 – 15). Perhaps, God placed Muslims amongst us to remind us of the sermon of the mount that taught us about fasting, alms giving, and prayer."

Ver aqui o resto do texto.

2011-08-27

Diálogo com o Evangelho - 24

Voltou o Diálogo com o Evangelho, depois de uma interrupção estival.
Aqui fica o

Diálogo com o Evangelho de Domingo 28 de Agosto, pelo Frei Eugénio, no programa de rádio "Raízes de Cá".

A vida questiona o Evangelho de Domingo, 28 de Agosto

Mateus ‪16,21-27.‬
A partir desse momento, Jesus Cristo começou a fazer ver aos seus discípulos que tinha de ir a Jerusalém e sofrer muito, da parte dos anciãos, dos sumos sacerdotes e dos doutores da Lei, ser morto e, ao terceiro dia, ressuscitar.
Tomando-o de parte, Pedro começou a repreendê-lo, dizendo: «Deus te livre, Senhor! Isso nunca te há-de acontecer!»
Ele, porém, voltando-se, disse a Pedro: «Afasta-te, Satanás! Tu és para mim um estorvo, porque os teus pensamentos não são os de Deus, mas os dos homens!»
Jesus disse, então, aos discípulos: «Se alguém quiser vir comigo, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me. Quem quiser salvar a sua vida, vai perdê-la; mas, quem perder a sua vida por minha causa, há-de encontrá-la. Que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua vida? Ou que poderá dar o homem em troca da sua vida? Porque o Filho do Homem há-de vir na glória de seu Pai, com os seus anjos, e então retribuirá a cada um conforme o seu procedimento.

2011-08-20

A vida questiona o Evangelho de Domingo, 21 de Agosto

Nascente do rio Jordão, em Cesareia de Filipe
Mt. ‪16,13-20.‬
Naquele tempo, ao chegar à região de Cesareia de Filipe, Jesus fez a seguinte pergunta aos seus discípulos: «Quem dizem os homens que é o Filho do Homem?»
Eles responderam: «Uns dizem que é João Baptista; outros, que é Elias; e outros, que é Jeremias ou algum dos profetas.»
Perguntou-lhes de novo: «E vós, quem dizeis que Eu sou?»
Tomando a palavra, Simão Pedro respondeu: «Tu és o Messias, o Filho de Deus vivo.»
Jesus disse-lhe em resposta: «És feliz, Simão, filho de Jonas, porque não foi a carne nem o sangue que to revelou, mas o meu Pai que está no Céu. Também Eu te digo: Tu és Pedro, e sobre esta Pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do Abismo nada poderão contra ela. Dar-te ei as chaves do Reino do Céu; tudo o que ligares na terra ficará ligado no Céu e tudo o que desligares na terra será desligado no Céu.»
Depois, ordenou aos discípulos que a ninguém dissessem que Ele era o Messias.

2011-08-16

Igreja Baptista


No Domingo passado, com familiares nossos que vivem em Aberdeen, na Escócia, fomos ao serviço religioso na Igreja Baptista de Gerrard Street.
O sermão foi sobre o Salmo 23 (O Senhor é meu Pastor) e pode ser ouvido aqui.
Como na FAVA, no final há chá, café e bolos para quem quiser ficar na conversa.
Ontem tentámos ir à missa na catedral, mas como era dia de ordenação episcopal, não pudemos entrar: só por convite e dentro da lotação da Igreja, que nos disseram já estava esgotada e não pode ser ultrapassada por questões de segurança. Aqui é assim.

2011-08-15

Assunção de Nossa Senhora

Hoje celebramos a vida de uma mulher com vida plenamente realizada!

Nas palavras de Roger Schutz, de Taizé (1915-2005), "A Igreja exprime-se bem na figura de Maria; e quanto mais conseguir ser maternal, mais plenamente pode fazer nascer o Homem como criatura nova em Deus."

Tem muitos fans e deixou segredo do seu sucesso em oração magnifica!

Pode ler-se em Lc. 1, 46-56. Aqui fica:

A minha alma glorifica o Senhor *
E o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador.


Porque pôs os olhos na humildade da sua Serva: *
De hoje em diante me chamarão bem aventurada todas as gerações.
O Todo-Poderoso fez em mim maravilhas: *
Santo é o seu nome.


A sua misericórdia se estende de geração em geração *
Sobre aqueles que o temem.
Manifestou o poder do seu braço *
E dispersou os soberbos.


Derrubou os poderosos de seus tronos *
E exaltou os humildes.
Aos famintos encheu de bens *
E aos ricos despediu de mãos vazias.


Acolheu a Israel, seu servo, *
Lembrado da sua misericórdia,
Como tinha prometido a nossos pais, *
A Abraão e à sua descendência para sempre.

2011-08-13

Mulher de grande fé

A propósito do Evangelho deste Domingo aqui fica o comentário de António Couto, retirado do Mesa de Palavras.

MULHER DE GRANDE FÉ

1. O Evangelho deste Domingo XX do Tempo Comum serve-nos uma página absolutamente desarmante: Mateus 15,21-28. Jesus abandona Genesaré, na costa ocidental do Mar da Galileia, e vai para a região de Tiro e de Sídon, actual Líbano, terra pagã.

 2. Uma mulher e mãe «libanesa», carregada com o drama da sua filha doente – situação verdadeira ontem como hoje –, vem implorar de Jesus, num grito que lhe sai do fundo das entranhas, que lhe «faça graça» (eléêsón me, kýrie) (Mateus 15,22), isto é, que olhe para ela com bondade e ternura como uma mãe que dirige o seu olhar embevecido para a criança que embala nos braços.

 3. O texto diz que Jesus nem lhe respondeu (Mateus 15,23). Mas a mulher não desiste, mas insiste e vai mais longe, prostrando-se (verbo proskinéô) agora diante de Jesus (Mateus 15,25). O gesto significa orientar a sua vida toda para Jesus, pôr-se totalmente na dependência de Jesus. A reacção de Jesus é de uma dureza extrema: afasta a pobre mulher e mãe duramente, catalogando-a na classe dos cachorros [= pagãos] e não dos filhos [= judeus] (Mateus 15,26). Só para estes é que ele veio.

 4. A mulher replica de modo admirável: é verdade, Senhor! Os filhos estão reclinados à mesa, mas os cachorros comem debaixo da mesa as migalhas que caem! (Mateus 15,27). «Mulher da grande fé! (megalê hê pístis)», replicou Jesus, «faça-se como queres!» (Mateus 15,28).

 5. Note-se bem que é a única vez que Jesus fala da «grande fé». E atribui-a a uma mulher e mãe «libanesa» cujo amor nunca se vergou perante a dureza e as dificuldades da vida. Em contraponto com esta mulher da «grande fé», note-se bem que Pedro é o homem da «pequena fé» (oligópistos) (Mateus 14,31), do mesmo modo que os discípulos são os homens «da pequena fé» (oligópistoi) (Mateus 6,30; 8,26; 16,8; 17,20). Admirável ainda que Jesus diga a esta mulher que não desiste, mas insiste e persiste: «faça-se como queres» (genêthêtô hôs théleis), um paralelo claro da oração do «Pai Nosso»: «Faça-se a tua vontade» (genêthêtô tò thélêmá sou) (Mt 6,10)!

 6. O episódio é de uma crueza e de uma beleza inauditas. Mas há ainda mais: é a insistência desta mulher e mãe «libanesa» que, por assim dizer, obriga Jesus a passar mais uma fronteira: de hebraeos ad gentes!

 7. Enquanto tentamos compreender melhor a ousadia desta mulher e mãe «libanesa», que enche claramente este Domingo XX, não deixemos também de contemplar o rumor missionário que se faz ouvir, em perfeita sintonia, nas demais passagens ou paisagens bíblicas de hoje: aí está Isaías a adscrever mais um belo nome a Jerusalém: «Casa de oração para todos os povos» (Isaías 56,7). E Paulo a intitular-se «Apóstolo das nações» (Romanos 11,13). E o Salmo 67(66) a juntar as vozes dos povos de toda a terra no mesmo louvor ao Deus que faz graça e misericórdia.