2013-11-30

Diálogo com o Evangelho



Diálogo com o Evangelho, do Domingo 1 de dezembro, pelo Frei Eugénio, no programa de rádio "Raízes de Cá".

A vida questiona o Evangelho de Domingo, 1 de dezembro

Mt. 24,37-44.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Como foi nos dias de Noé, assim acontecerá na vinda do Filho do Homem. Nos dias que precederam o dilúvio, comia-se, bebia-se, os homens casavam e as mulheres eram dadas em casamento, até ao dia em que Noé entrou na Arca; e não deram por nada até chegar o dilúvio, que a todos arrastou. Assim será também a vinda do Filho do Homem.
Então, estarão dois homens no campo: um será levado e outro deixado; duas mulheres estarão a moer no mesmo moinho: uma será levada e outra deixada.
Vigiai, pois, porque não sabeis em que dia virá o vosso Senhor.
Ficai sabendo isto: Se o dono da casa soubesse a que horas da noite viria o ladrão, estaria vigilante e não deixaria arrombar a casa.
Por isso, estai também preparados, porque o Filho do Homem virá na hora em que não pensais.»

2013-11-23

Diálogo com o Evangelho




Diálogo com o Evangelho, do Domingo 24 de Novembro, pelo Frei Eugénio, no programa de rádio "Raízes de Cá".

A vida questiona o Evangelho de Domingo, 24 de novembro

Lc. 23,35-43.
Naquele tempo, os chefes dos Judeus zombavam de Jesus, dizendo: «Salvou os outros; salve-Se a Si mesmo, se é o Messias de Deus, o Eleito.» Os soldados também troçavam dele. Aproximando-se para lhe oferecerem vinagre, diziam: «Se és o rei dos judeus, salva-te a ti mesmo!» E por cima dele havia uma inscrição: «Este é o rei dos judeus.»
Ora, um dos malfeitores que tinham sido crucificados insultava-o, dizendo: «Não és Tu o Messias? Salva-te a ti mesmo e a nós também.» Mas o outro, tomando a palavra, repreendeu-o: «Nem sequer temes a Deus, tu que sofres o mesmo suplício? Quanto a nós, fez-se justiça, pois recebemos o castigo que as nossas acções mereciam; mas Ele nada praticou de condenável.»
E acrescentou: «Jesus, lembra-te de mim, quando estiveres no teu Reino.»
Ele respondeu-lhe: «Em verdade te digo: hoje estarás comigo no Paraíso.»

2013-11-16

Diálogo com o Evangelho



Diálogo com o Evangelho, do Domingo 17 de Novembro, pelo Frei Eugénio, no programa de rádio "Raízes de Cá".

A vida questiona o Evangelho de Domingo, 17 de novembro

Lc. 21,5-19.
Naquele tempo, como alguns falassem do templo, comentando que estava adornado de belas pedras e de piedosas ofertas Jesus disse-lhes: «Virá o dia em que, de tudo isto que estais a contemplar, não ficará pedra sobre pedra. Tudo será destruído.»
Perguntaram-lhe, então: «Mestre, quando sucederá isso? E qual será o sinal de que estas coisas estão para acontecer?»
Ele respondeu: «Tende cuidado em não vos deixardes enganar, pois muitos virão em meu nome, dizendo: 'Sou eu'; e ainda: 'O tempo está próximo.' Não os sigais. Quando ouvirdes falar de guerras e revoltas, não vos alarmeis; é necessário que estas coisas sucedam primeiro, mas não será logo o fim.»
Disse-lhes depois: «Há-de erguer-se povo contra povo e reino contra reino. Haverá grandes terramotos e, em vários lugares, fomes e epidemias; haverá fenómenos apavorantes e grandes sinais no céu.»
«Mas, antes de tudo, vão deitar-vos as mãos e perseguir-vos, entregando-vos às sinagogas e metendo-vos nas prisões; hão-de conduzir-vos perante reis e governadores, por causa do meu nome. Assim, tereis ocasião de dar testemunho. Gravai, pois, no vosso coração, que não vos deveis preocupar com a vossa defesa, porque Eu próprio vos darei palavras de sabedoria, a que não poderão resistir ou contradizer os vossos adversários. Sereis entregues até pelos pais, irmãos, parentes e amigos. Hão-de causar a morte a alguns de vós e sereis odiados por todos, por causa do meu nome. Mas não se perderá um só cabelo da vossa cabeça.
Pela vossa constância é que sereis salvos.»

2013-11-09

Diálogo com o Evangelho



Diálogo com o Evangelho, do Domingo 11 de Novembro, pelo Frei Eugénio, no programa de rádio "Raízes de Cá".

A vida questiona o Evangelho de Domingo, 11 de Novembro

Lc. 20,27-38.
Naqueles tempo, aproximaram-se  de Jesus alguns saduceus, que negam a ressurreição, e interrogaram-n'O:  «Mestre, Moisés prescreveu nos que, se morrer um homem deixando a mulher, mas não tendo filhos, seu irmão casará com a viúva, para dar descendência ao irmão. Ora, havia sete irmãos: o primeiro casou-se e morreu sem filhos; o segundo, depois o terceiro, casaram com a viúva; e o mesmo sucedeu aos sete, que morreram sem deixar filhos. Finalmente, morreu também a mulher. Ora bem, na ressurreição, a qual deles pertencerá a mulher, uma vez que os sete a tiveram por esposa?»
Jesus respondeu-lhes: «Nesta vida, os homens e as mulheres casam-se; mas aqueles que forem julgados dignos da vida futura e da ressurreição dos mortos não se casam, sejam homens ou mulheres, porque já não podem morrer: são semelhantes aos anjos e, sendo filhos da ressurreição, são filhos de Deus. E que os mortos ressuscitam, até Moisés o deu a entender no episódio da sarça, quando chama ao Senhor o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacob. Ora, Deus não é Deus de mortos, mas de vivos; pois, para Ele, todos estão vivos

2013-11-02

Quem é quem?

Quem é quem?

Quem é o Santo da vassoura?

Será o latino-americano comemorado a 3 de Novembro?


Diálogo com o Evangelho




Diálogo com o Evangelho, da Festa de Todos os Santos, 1 de Novembro, pelo Frei Eugénio, no programa de rádio "Raízes de Cá".

A propósito fica também aqui este texto:

Que santo és tu?
A festa de Todos os Santos tem múltiplas facetas. Para começar, celebra a nossa solidariedade com todos os crentes que nos precederam e aos quais estamos ligados de modo misteriosa mas eficaz... o que significa, por exemplo, que entre uma Teresa de Lisieux e nós, a ligação se estabelece naturalmente. E que, por mais incrível que pareça, a sua “santidade” é também a nossa. Assim, as nossas “boas ações” são vertidas integralmente no tesouro comum. Santos conhecidos, desconhecidos, pequenos e grandes crentes, estamos todos sob o regime da comunidade de bens. Vista assim, a festa de Todos os Santos é mais que uma simples comemoração dos santos, é a promessa de que todos juntos, um dia, "nós veremos Deus”. Boa festa!

in boletim Croire, 31.10.2013

 

1 de Novembro - Festa de Todos-os-Santos


Mt. 5,1-12.
Naquele tempo, ao ver as multidões, Jesus subiu a um monte. Depois de se ter sentado, os discípulos aproximaram-se dele. Então tomou a palavra e começou a ensiná-los, dizendo:
«Felizes os pobres em espírito, porque deles é o Reino do Céu.
Felizes os que choram, porque serão consolados.
Felizes os mansos, porque possuirão a terra.
Felizes os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados.
Felizes os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia.
Felizes os puros de coração, porque verão a Deus.
Felizes os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus.
Felizes os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o Reino do Céu.
Felizes sereis, quando vos insultarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o género de calúnias contra vós, por minha causa.
Exultai e alegrai-vos, porque grande será a vossa recompensa no Céu; pois também assim perseguiram os profetas que vos precederam.»

2013-10-26

Diálogo com o Evangelho


Diálogo com o Evangelho de Domingo, 27 de outubro, pelo Frei Eugénio, no programa de rádio "Raízes de Cá".

A vida questiona o Evnagelho de Domingo, 27 de outubro


Lc. 18,9-14.
Naquele tempo, Jesus disse também a seguinte parábola, a respeito de alguns que confiavam muito em si mesmos, tendo-se por justos e desprezando os demais:
«Dois homens subiram ao templo para orar: um era fariseu e o outro, cobrador de impostos. O fariseu, de pé, fazia interiormente esta oração: 'Ó Deus, dou-te graças por não ser como o resto dos homens, que são ladrões, injustos, adúlteros; nem como este cobrador de impostos. Jejuo duas vezes por semana e pago o dízimo de tudo quanto possuo.'
O cobrador de impostos, mantendo-se à distância, nem sequer ousava levantar os olhos ao céu; mas batia no peito, dizendo: 'Ó Deus, tem piedade de mim, que sou pecador.'
Digo-vos: Este voltou justificado para sua casa, e o outro não. Porque todo aquele que se exalta será humilhado, e quem se humilha será exaltado.»

2013-10-19

Diálogo com o Evangelho



Diálogo com o Evangelho de Domingo, 20 de outubro, pelo Frei Eugénio, no programa de rádio "Raízes de Cá".

A vida questiona o Evangelho de Domingo, 20 de outubro

Lc. 18,1-8.
Naquele tempo, Jesus disse aos seus discípulos uma parábola sobre a obrigação de orar sempre, sem desfalecer:
«Em certa cidade, havia um juiz que não temia a Deus nem respeitava os homens. Naquela cidade vivia também uma viúva que ia ter com ele e lhe dizia: 'Faz-me justiça contra o meu adversário.'
Durante muito tempo, o juiz recusou-se a atendê-la; mas, um dia, disse consigo: 'Embora eu não tema a Deus nem respeite os homens, contudo, já que esta viúva me incomoda, vou fazer-lhe justiça, para que me deixe de vez e não volte a importunar-me.'»
E o Senhor continuou: «Reparai no que diz este juiz iníquo. E Deus não fará justiça aos seus eleitos, que a Ele clamam dia e noite, e há-de fazê-los esperar?
Eu vos digo que lhes vai fazer justiça prontamente. Mas, quando o Filho do Homem voltar, encontrará a fé sobre a terra?»

2013-10-05

Diálogo com o Evangelho



Diálogo com o Evangelho de Domingo, 6 de outubro, pelo Frei Eugénio, no programa de rádio "Raízes de Cá".

A vida questiona o Evangelho de Domingo, 6 de outubro

Lc. 17,5-10.
Naquele tempo, os Apóstolos disseram ao Senhor: «Aumenta a nossa fé.»
O Senhor respondeu: «Se tivésseis fé como um grão de mostarda, diríeis a essa amoreira: 'Arranca-te daí e planta-te no mar', e ela havia de obedecer-vos.» «Qual de vós, tendo um servo a lavrar ou a apascentar gado, lhe dirá, quando ele regressar do campo: 'Vem cá depressa e senta-te à mesa'? Não lhe dirá antes: 'Prepara-me o jantar e cinge-te para me servires, enquanto eu como e bebo; depois, comerás e beberás tu'? Deve estar grato ao servo por ter feito o que lhe mandou?
Assim, também vós, quando tiverdes feito tudo o que vos foi ordenado, dizei: 'Somos servos inúteis; fizemos o que devíamos fazer.'»

2013-09-28

Diálogo com o Evangelho



Diálogo com o Evangelho de Domingo, 29 de setembro, pelo Frei Eugénio, no programa de rádio "Raízes de Cá".

A vida questiona o Evangelho de Domingo, 29 de setembro


Lc. 16,19-31.
Naquele tempo, disse Jesus aos fariseus: «Havia um homem rico que se vestia de púrpura e linho fino e fazia todos os dias esplêndidos banquetes. Um pobre, chamado Lázaro, jazia ao seu portão, coberto de chagas. Bem desejava ele saciar-se com o que caía da mesa do rico; mas eram os cães que vinham lamber-lhe as chagas.
Ora, o pobre morreu e foi levado pelos anjos ao seio de Abraão. Morreu também o rico e foi sepultado. Na morada dos mortos, achando-se em tormentos, ergueu os olhos e viu, de longe, Abraão e também Lázaro no seu seio.
Então, ergueu a voz e disse: 'Pai Abraão, tem misericórdia de mim e envia Lázaro para molhar em água a ponta de um dedo e refrescar-me a língua, porque estou atormentado nestas chamas.'
Abraão respondeu-lhe: 'Filho, lembra-te de que recebeste os teus bens em vida, enquanto Lázaro recebeu somente males. Agora, ele é consolado, enquanto tu és atormentado.
Além disso, entre nós e vós há um grande abismo, de modo que, se alguém pretendesse passar daqui para junto de vós, não poderia fazê-lo, nem tão pouco vir daí para junto de nós.' O rico insistiu: 'Peço-te, pai Abraão, que envies Lázaro à casa do meu pai, pois tenho cinco irmãos; que os previna, a fim de que não venham também para este lugar de tormento.'
Disse lhe Abraão: 'Têm Moisés e os Profetas; que os oiçam!' Replicou-lhe ele: 'Não, pai Abraão; se algum dos mortos for ter com eles, hão-de arrepender-se.'
Abraão respondeu-lhe: 'Se não dão ouvidos a Moisés e aos Profetas, tão-pouco se deixarão convencer, se alguém ressuscitar dentre os mortos.'»

2013-09-21

Diálogo com o Evangelho



Diálogo com o Evangelho de Domingo, 22 de setembro, pelo Frei Eugénio, no programa de rádio "Raízes de Cá".

A vida questiona o Evangelho de Domingo, 22 de setembro

Lc. 16,1-13.
Naquele tempo, disse ainda Jesus aos discípulos: «Havia um homem rico, que tinha um administrador; e este foi acusado perante ele de lhe dissipar os bens. Mandou-o chamar e disse-lhe: 'Que é isto que ouço a teu respeito? Presta contas da tua administração, porque já não podes continuar a administrar.'
O administrador disse, então, para consigo: 'Que farei, pois o meu senhor vai tirar-me a administração? Cavar não posso; de mendigar tenho vergonha. Já sei o que hei de fazer, para que haja quem me receba em sua casa, quando for despedido da minha administração.'
E, chamando cada um dos devedores do seu senhor, perguntou ao primeiro: 'Quanto deves ao meu senhor?' Ele respondeu: Cem talhas de azeite.' Retorquiu-lhe: 'Toma o teu recibo, senta-te depressa e escreve cinquenta.'
Perguntou, depois, ao outro: 'E tu quanto deves?' Este respondeu: 'Cem medidas de trigo.' Retorquiu-lhe também: 'Toma o teu recibo e escreve oitenta.'
O senhor elogiou o administrador desonesto, por ter procedido com esperteza. É que os filhos deste mundo são mais sagazes que os filhos da luz, no trato com os seus semelhantes.»
«E Eu digo-vos: Arranjai amigos com o dinheiro desonesto, para que, quando este faltar, eles vos recebam nas moradas eternas. Quem é fiel no pouco também é fiel no muito; e quem é infiel no pouco também é infiel no muito. Se, pois, não fostes fiéis no que toca ao dinheiro desonesto, quem vos há-de confiar o verdadeiro bem? E, se não fostes fiéis no alheio, quem vos dará o que é vosso?
Nenhum servo pode servir a dois senhores; ou há-de aborrecer a um e amar o outro, ou dedicar-se a um e desprezar o outro. Não podeis servir a Deus e ao dinheiro.»

2013-09-15

O Evangelho da Misericórdia

Para uma análise do texto deste Capítulo 15 do Evangelho de Lucas pode ler-se este texto de António Couto.

Aqui fica um extracto:

"[o filho mais novo] Pensa então em voltar para casa, mas como assalariado, não como filho. Prestemos atenção ao discurso em três pontos que prepara: 
1) «Pai, pequei contra o céu e contra ti; 
2) não sou mais digno de ser chamado teu filho; 
3) trata-me como um dos teus assalariados» (Lucas 15,18-19).
Ei-lo, portanto, que regressa. Mas já o Pai está à espera dele com um imenso abraço de alma a alma. 

Mas o filho tinha preparado o seu discurso em três pontos, e ei-lo que começa a debitá-lo: 
1) «Pai, pequei contra o céu e contra ti; 
2) não sou mais digno de ser chamado teu filho» (Lucas 15,21). 

Como se compreende, o terceiro ponto deste discurso era fatal, e o filho já não o diz. Não porque não quisesse, mas porque o Pai o interrompe, dizendo aos criados: «Depressa…» (Lucas 15,22)."

Diálogo com o Evangelho




Diálogo com o Evangelho de Domingo, 15 de setembro, pelo Frei Eugénio, no programa de rádio "Raízes de Cá".

A vida questiona o Evangelho de Domingo, 15 de setembro


Lc. 15,1-32.
Naquele tempo, os publicanos e os pecadores aproximavam-se de Jesus para O ouvirem. Mas os fariseus e os doutores da Lei murmuravam entre si, dizendo: «Este acolhe os pecadores e come com eles.» 

Jesus propôs-lhes, então, esta parábola

«Qual é o homem dentre vós que, possuindo cem ovelhas e tendo perdido uma delas, não deixa as noventa e nove no deserto e vai à procura da que se tinha perdido, até a encontrar?  Ao encontrá-la, põe na alegremente aos ombros e, ao chegar a casa, convoca os amigos e vizinhos e diz-lhes: 'Alegrai-vos comigo, porque encontrei a minha ovelha perdida.'
Digo-vos Eu: Haverá mais alegria no Céu por um só pecador que se converte, do que por noventa e nove justos que não necessitam de conversão.»

«Ou qual é a mulher que, tendo dez dracmas, se perde uma, não acende a candeia, não varre a casa e não procura cuidadosamente até a encontrar?  E, ao encontrá-la, convoca as amigas e vizinhas e diz: 'Alegrai-vos comigo, porque encontrei a dracma perdida.' Digo-vos: Assim há alegria entre os anjos de Deus por um só pecador que se converte.» 

Disse ainda: «Um homem tinha dois filhos. O mais novo disse ao pai: 'Pai, dá-me a parte dos bens que me corresponde.' E o pai repartiu os bens entre os dois. Poucos dias depois, o filho mais novo, juntando tudo, partiu para uma terra longínqua e por lá esbanjou tudo quanto possuía, numa vida desregrada.  Depois de gastar tudo, houve grande fome nesse país e ele começou a passar privações. Então, foi colocar-se ao serviço de um dos habitantes daquela terra, o qual o mandou para os seus campos guardar porcos. Bem desejava ele encher o estômago com as alfarrobas que os porcos comiam, mas ninguém lhas dava.
E, caindo em si, disse: 'Quantos jornaleiros de meu pai têm pão em abundância, e eu aqui a morrer de fome! Levantar-me-ei, irei ter com meu pai e vou dizer-lhe: Pai, pequei contra o Céu e contra ti; já não sou digno de ser chamado teu filho; trata-me como um dos teus jornaleiros.'
E, levantando-se, foi ter com o pai. 
Quando ainda estava longe, o pai viu-o e, enchendo-se de compaixão, correu a lançar-se-lhe ao pescoço e cobriu-o de beijos. O filho disse-lhe: 'Pai, pequei contra o Céu e contra ti; já não mereço ser chamado teu filho.'
Mas o pai disse aos seus servos: 'Trazei depressa a melhor túnica e vesti-lha; dai-lhe um anel para o dedo e sandálias para os pés. Trazei o vitelo gordo e matai-o; vamos fazer um banquete e alegrar-nos, porque este meu filho estava morto e reviveu, estava perdido e foi encontrado.' E a festa principiou.
 

Ora, o filho mais velho estava no campo. Quando regressou, ao aproximar-se de casa ouviu a música e as danças. Chamou um dos servos e perguntou-lhe o que era aquilo. Disse-lhe ele: 'O teu irmão voltou e o teu pai matou o vitelo gordo, porque chegou são e salvo.'
Encolerizado, não queria entrar; mas o seu pai, saindo, suplicava-lhe que entrasse. Respondendo ao pai, disse-lhe: 'Há já tantos anos que te sirvo sem nunca transgredir uma ordem tua, e nunca me deste um cabrito para fazer uma festa com os meus amigos; e agora, ao chegar esse teu filho, que gastou os teus bens com meretrizes, mataste-lhe o vitelo gordo.' 

O pai respondeu-lhe: 'Filho, tu estás sempre comigo, e tudo o que é meu é teu. Mas tínhamos de fazer uma festa e alegrar-nos, porque este teu irmão estava morto e reviveu; estava perdido e foi encontrado.'»

2013-09-09

Situação na Síria: ponto de vista de um padre jesuíta egípcio




Para um retrato realista e visto de dentro da situação na Síria e no Egipto deixo aqui a ligação para a entrevista do padre jesuíta Samir Khalil Samir.
Resumo os elementos respeitantes à situação na Síria: de uma reivindicação de democracia e liberdade a situação evoluiu para confronto entre Sunitas fundamentalistas e Xiitas (de que fazem parte os Alauitas, a propósito dos quais observa que a derrota de Assad será a derrota dos Alauitas); os vários agentes da guerra-proxy (e a irónica observação de que a Europa, a este respeito, não está unida — graças a Deus!); a maior vulnerabilidade da minoria cristã (é sempre mais fácil atacar a minoria); que o ataque das armas químicas não deve ser decidido sem provas e que, em qualquer caso, quem vai pagar o preço mais elevado são os Sírios; que nesta situação não pode haver um vencedor, pelo contrário, terá de haver um compromisso.

2013-09-08

Rien n’est plus responsable que de prier


Méditation du frère Roger à Taizé.
Messe du 23ème T.O.C.

Voici plus de deux mille cinq cents ans, un croyant écrivait ces paroles: 
"Dieu prépare pour vous un avenir de paix et non de malheur; Dieu veut vous donner un futur et une espérance" (Jérémie 29,11 ; 31,17).

Aspirant à construire un avenir de paix, ce qui signifie une humanité libérée des menaces de violence, certains sont aujourd’hui saisis par l’inquiétude, et se trouvent immobilisés.
Mais n’est-il pas vrai qu’il y a aussi, à travers le monde, des jeunes inventifs, créateurs ? Ces jeunes sont conscients que ce qui peut paralyser l'être humain, c’est bien souvent le découragement.
Aussi ces jeunes cherchent-ils, de toute leur âme, à participer à la préparation d’un avenir de paix, et non de malheur. Plus qu’ils ne le supposent, ils parviennent déjà à faire de leur vie une lumière qui, autour d’eux, éclaire de vastes zones de l'humanité.
A Taizé, certaines soirées d’été, sous un ciel chargé d’étoiles, nous entendons les jeunes par les fenêtres ouvertes. Nous demeurons étonnés qu’ils soient si nombreux ; ils viennent, cherchent, prient, repartent.
Et je me dis : leurs aspirations à la paix et à la confiance sont comme ces étoiles dans la nuit. Elles soutiennent une espérance si essentielle.
Oui, qui se tient en présence de Dieu dans une attente priante peut porter une insondable espérance pour le futur de l’humanité.
Et comment ? Plus on vit une prière toute simple et toute humble, plus on devient attentif à ceux qui nous entourent.
Un croyant qui prie devient un reflet de Dieu, de Dieu qui ne peut qu’aimer. Un croyant qui prie est conduit à aimer et à l’exprimer par sa vie.
La prière n’éloigne pas des préoccupations du monde d’aujourd’hui, au contraire la prière rend encore plus responsable. Rien n’est plus responsable que de prier.
Je le redis encore une fois, cherchons à comprendre ce que signifient ces paroles: rien n’est plus responsable que de prier.

2013-09-07

Diálogo com o Evangelho




Diálogo com o Evangelho de Domingo, 8 de setembro, pelo Frei Eugénio, no programa de rádio "Raízes de Cá".

A vida questiona o Evangelho de Domingo, 8 de setembro

Lc. 14,25-33.
Naquele tempo, seguia Jesus uma grande multidão. Jesus voltou-Se e disse-lhes: «Se alguém vem ter comigo e não me tem mais amor que ao seu pai, à sua mãe, à sua esposa, aos seus filhos, aos seus irmãos, às suas irmãs e até à própria vida, não pode ser meu discípulo. Quem não tomar a sua cruz para me seguir não pode ser meu discípulo. Quem dentre vós, querendo construir uma torre, não se senta primeiro para calcular a despesa e ver se tem com que a concluir?
Não suceda que, depois de assentar os alicerces, não a podendo acabar, todos os que virem comecem a troçar dele, dizendo: 'Este homem começou a construir e não pôde acabar.'
Ou qual é o rei que parte para a guerra contra outro rei e não se senta primeiro para examinar se lhe é possível com dez mil homens opor-se àquele que vem contra ele com vinte mil? Se não pode, estando o outro ainda longe, manda-lhe embaixadores a pedir a paz.
Assim, qualquer de vós, que não renunciar a tudo o que possui, não pode ser meu discípulo.»

2013-09-01

Francisco: jornada de oração pela paz na Síria e no mundo


Papa Francisco anuncia jornada de jejum e oração pela paz na Síria e no mundo



Oportuno apelo - bem forte - a favor da Paz, em especial na Síria.

O papa recordou o «sofrimento», «devastação» e «dor» causados pelas armas na Síria, país que qualificou de «martirizado», e acentuou que a «guerra chama a guerra e a violência chama a violência».

Francisco frisou que «não é a cultura do conflito a que constrói a convivência entre os povos», mas a «cultura do encontro e do diálogo», «o único caminho para a paz».

2013-08-31