2016-06-25

Diálogo com o Evangelho



Diálogo com o Evangelho do Domingo 26 de junho, pelo Frei Eugénio, no programa de rádio "Raízes de Cá".

A vida questiona o Evangelho de Domingo, 26 de junho


Lc. 9,51-62.  
Aproximando-se os dias de Jesus ser levado deste mundo, Ele tomou a decisão de Se dirigir a Jerusalém e mandou mensageiros à sua frente. Estes puseram-se a caminho e entraram numa povoação de samaritanos, a fim de Lhe prepararem hospedagem. Mas aquela gente não O quis receber, porque ia a caminho de Jerusalém.
Vendo isto, os discípulos Tiago e João disseram a Jesus: «Senhor, queres que mandemos descer fogo do céu que os destrua?». Mas Jesus voltou-Se e repreendeu-os. E seguiram para outra povoação.
Pelo caminho, alguém disse a Jesus: «Seguir-Te-ei para onde quer que fores».
Jesus respondeu-lhe: «As raposas têm as suas tocas, e as aves do céu os seus ninhos; mas o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça».
Depois disse a outro: «Segue-Me». Ele respondeu: «Senhor, deixa-me ir primeiro sepultar meu pai».
Disse-lhe Jesus: «Deixa que os mortos sepultem os seus mortos; tu, vai anunciar o reino de Deus».
Disse-Lhe ainda outro: «Seguir-Te-ei, Senhor; mas deixa-me ir primeiro despedir-me da minha família».
Jesus respondeu-lhe: «Quem tiver lançado as mãos ao arado e olhar para trás não serve para o reino de Deus».

2016-06-18

Diálogo com o Evangelho



Diálogo com o Evangelho do Domingo 19 de junho, pelo Frei Eugénio, no programa de rádio "Raízes de Cá".

A vida questiona o Evangelho de Domingo, 19 de junho

Lucas 9,18-24.
Um dia, Jesus orava sozinho, estando com Ele apenas os discípulos. Então perguntou-lhes: «Quem dizem as multidões que Eu sou?».
Eles responderam: «Uns, dizem que és João Baptista; outros, que és Elias; e outros, que és um dos antigos profetas que ressuscitou».
Disse-lhes Jesus: «E vós, quem dizeis que Eu sou?». Pedro tomou a palavra e respondeu: «És o Messias de Deus».
Ele, porém, proibiu-lhes severamente de o dizerem fosse a quem fosse e acrescentou: «O Filho do homem tem de sofrer muito, ser rejeitado pelos anciãos, pelos príncipes dos sacerdotes e pelos escribas; tem de ser morto e ressuscitar ao terceiro dia».
Depois, dirigindo-Se a todos, disse: «Se alguém quiser vir comigo, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz todos os dias e siga-Me. Pois quem quiser salvar a sua vida, há-de perdê-la; mas quem perder a sua vida por minha causa, salvá-la-á».

2016-06-12

A vida questiona o Evangelho de Domingo, 12 de junho

Lc. 7,36-50.8,1-3.
Naquele tempo, um fariseu convidou Jesus para comer com ele. Jesus entrou em casa do fariseu e tomou lugar à mesa.
Então, uma mulher – uma pecadora que vivia na cidade – ao saber que Ele estava à mesa em casa do fariseu, trouxe um vaso de alabastro com perfume; pôs-se atrás de Jesus e, chorando muito, banhava-Lhe os pés com as lágrimas e enxugava-Lhos com os cabelos, beijava-os e ungia-os com o perfume.
Ao ver isto, o fariseu que tinha convidado Jesus pensou consigo: «Se este homem fosse profeta, saberia que a mulher que O toca é uma pecadora».
Jesus tomou a palavra e disse-lhe: «Simão, tenho uma coisa a dizer-te». Ele respondeu: «Fala, Mestre». Jesus continuou: «Certo credor tinha dois devedores: um devia-lhe quinhentos denários e o outro cinquenta. Como não tinham com que pagar, perdoou a ambos. Qual deles ficará mais seu amigo?».
Respondeu Simão: «Aquele – suponho eu – a quem mais perdoou». Disse-lhe Jesus: «Julgaste bem».
E voltando-Se para a mulher, disse a Simão: «Vês esta mulher? Entrei em tua casa e não Me deste água para os pés; mas ela banhou-Me os pés com as lágrimas e enxugou-os com os cabelos. Não Me deste o ósculo; mas ela, desde que entrei, não cessou de beijar-Me os pés. Não Me derramaste óleo na cabeça; mas ela ungiu-Me os pés com perfume. Por isso te digo: São-lhe perdoados os seus muitos pecados, porque muito amou; mas aquele a quem pouco se perdoa, pouco ama».
Depois disse à mulher: «Os teus pecados estão perdoados».
Então os convivas começaram a dizer entre si: «Quem é este homem, que até perdoa os pecados?». Mas Jesus disse à mulher: «A tua fé te salvou. Vai em paz».
Depois disso, Jesus ia caminhando por cidades e aldeias, a pregar e a anunciar a Boa Nova do reino de Deus. Acompanhavam-n’O os Doze, bem como algumas mulheres que tinham sido curadas de espíritos malignos e de enfermidades. Eram Maria, chamada Madalena, de quem tinham saído sete demónios, Joana, mulher de Cusa, administrador de Herodes, Susana e muitas outras, que serviam Jesus com os seus bens.

2016-06-04

A vida questiona o Evangelho de Domingo, 5 de Junho

Lucas 7,11-17.
Naquele tempo, dirigia-Se Jesus para uma cidade chamada Naim; iam com Ele os seus discípulos e uma grande multidão. Quando chegou à porta da cidade, levavam um defunto a sepultar, filho único de sua mãe, que era viúva. Vinha com ela muita gente da cidade.
Ao vê-la, o Senhor compadeceu-Se dela e disse-lhe: «Não chores».
Jesus aproximou-Se e tocou no caixão; e os que o transportavam pararam. Disse Jesus: «Jovem, Eu te ordeno: levanta-te». O morto sentou-se e começou a falar; e Jesus entregou-o à sua mãe. Todos se encheram de temor e davam glória a Deus, dizendo: «Apareceu no meio de nós um grande profeta; Deus visitou o seu povo».
E a fama deste acontecimento espalhou-se por toda a Judeia e pelas regiões vizinhas.

2016-05-31

Banho turco

Turquia... dizem-me que vale a pena ir lá nem que seja apenas pelo banho... turco. Mas nem é preciso, a Europa tem apanhado um banho turco.
Hoje no Público pode ler-se a última boutade de Recip Erdogan, presidente turco: apelo aos muçulmanos para rejeitarem a contracepção: “Vamos multiplicar os nossos descendentes.” Vinha isto no meio de críticas violentas à União Europeia (motivo: direitos humanos). Se a demografia for um conflito, a Europa já perdeu...
Reparem na crise Síria, que é uma parte da crise de refugiados: qual o papel da Turquia nessa crise? A julgar pelos nossos meios de comunicação social, nenhum. Pelo contrário, é uma vítima que acolhe o maior número de refugiados.
Mas claro... quem analisar o desenrolar das operações militares nos últimos 9 meses, sabe que não é assim. Quando os russos entraram em operações no terreno, uma das prioridades das forças do estado sírio, foi cortar a linha de comunicações com a Turquia a norte de Alepo, estabelecendo um corredor até ao enclave de Afrin (curdo). No entanto, ninguém espere ver análises dessas na comunicação social (muito menos na CNN ou BBC).
Para quem tem dúvidas sobre a posição do Ocidente em todo o conflito releia as notícias sobre os atentados em Tartus e Jablus da semana passada. Nem a BBC nem o Público usam o termo terrorista para se referirem ao ataque perpetrado por membros do Estado Islâmico contra um hospital e uma estação de autocarros: foram ataques aos ”bastiões” que apoiam Assad. Não há terrorismo aqui: inimigo do meu inimigo meu amigo é. 
Guerra é guerra (também nas palavras e na informação).

2016-05-28

Diálogo com o Evangelho



Diálogo com o Evangelho do Domingo 29 de maio, pelo Frei Eugénio, no programa de rádio "Raízes de Cá".

A vida questiona o Evangelho de Domingo, 29 de Maio

Lucas 7,1-10.
Naquele tempo, quando Jesus acabou de falar ao povo, entrou em Cafarnaum.
Um centurião tinha um servo a quem estimava muito e que estava doente, quase a morrer. Tendo ouvido falar de Jesus, enviou-Lhe alguns anciãos dos judeus para Lhe pedir que fosse salvar aquele servo. Quando chegaram à presença de Jesus, os anciãos suplicaram-Lhe insistentemente: «Ele é digno de que lho concedas, pois estima a nossa gente e foi ele que nos construiu a sinagoga».
Jesus acompanhou-os. Já não estava longe da casa, quando o centurião Lhe mandou dizer por uns amigos: «Não Te incomodes, Senhor, pois não mereço que entres em minha casa, nem me julguei digno de ir ter contigo. Mas diz uma palavra e o meu servo será curado. Porque também eu, que sou um subalterno, tenho soldados sob as minhas ordens. Digo a um: ‘Vai’ e ele vai, e a outro: ‘Vem’ e ele vem, e ao meu servo: ‘Faz isto’ e ele faz».
Ao ouvir estas palavras, Jesus sentiu admiração por ele e, voltando-se para a multidão que O seguia, exclamou: «Digo-vos que nem mesmo em Israel encontrei tão grande fé».
Ao regressarem a casa, os enviados encontraram o servo de perfeita saúde.

2016-05-21

Diálogo com o Evangelho



Diálogo com o Evangelho do Domingo da Santíssima Trindade, 22 de maio, pelo Frei Eugénio, no programa de rádio "Raízes de Cá".

A vida questiona o Evangelho de Domingo, 22 de maio

 Ícone da Santíssima Trindade. Ano 1410. Andrei Rublev.
 
Jo. 16,12-15.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Tenho ainda muitas coisas para vos dizer, mas não as podeis compreender agora.
Quando vier o Espírito da verdade, Ele vos guiará para a verdade plena; porque não falará de Si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará o que há-de vir.
Ele Me glorificará, porque receberá do que é meu e vos há-de anunciá-lo.
Tudo o que o Pai tem é meu. Por isso vos disse que Ele receberá do que é meu e vos há-de anunciá-lo».

2016-05-14

A vida questiona o Evangelho do Domingo de Pentecostes, dia 15 de Maio

Jo. 14,15-16.23b-26.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Se Me amardes, guardareis os meus mandamentos. E Eu pedirei ao Pai, que vos dará outro Paráclito, para estar sempre convosco.
Quem Me ama guardará a minha palavra, e meu Pai o amará; Nós viremos a Ele e faremos nele a nossa morada.
Quem Me não ama não guarda a minha palavra. Ora a palavra que ouvis não é minha, mas do Pai que Me enviou.
Disse-vos estas coisas, estando ainda convosco. Mas o Paráclito, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos recordará tudo o que Eu vos disse.

2016-05-07

Diálogo com o Evangelho



Diálogo com o Evangelho do Domingo da Ascensão, 8 de Maio, pelo Frei Eugénio, no programa de rádio "Raízes de Cá".

A vida questiona o Evangelho do Domingo da Ascensão, 8 de Maio



Lucas 24,46-53.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Está escrito que o Messias havia de sofrer e de ressuscitar dos mortos ao terceiro dia e que havia de ser pregado em seu nome o arrependimento e o perdão dos pecados a todas as nações, começando por Jerusalém. Vós sois testemunhas disso.
Eu vos enviarei Aquele que foi prometido por meu Pai. Por isso, permanecei na cidade, até que sejais revestidos com a força do alto».
Depois Jesus levou os discípulos até junto de Betânia e, erguendo as mãos, abençoou-os.
Enquanto os abençoava, afastou-Se deles e foi elevado ao Céu. Eles prostraram-se diante de Jesus, e depois voltaram para Jerusalém com grande alegria. E estavam continuamente no templo, bendizendo a Deus.

2016-05-05

Tomáš Halík



Entrevista ao teólogo checo Tomáš Halík no DN do passado dia 2 de Maio.


Francisco está a iniciar um novo capítulo na história da Igreja. Está a criar um novo espírito na Igreja. A sua exortação sobre a família e o casamento pode não ter correspondido àquilo que algumas pessoas esperavam sobre a comunhão dos divorciados, mas creio que está lá algo muito profundo e sério. O Papa não está a mudar as regras nem os ensinamentos em si, está a mudar o espírito da Igreja ao deixar implícito que não é a hierarquia ou a autoridade que têm todas as respostas. Está a dizer às pessoas que é preciso interpretar os ensinamentos de acordo com a situação de cada um. Padres e leigos devem ter consciência e sentido de responsabilidade perante as situações concretas.


Creio que os chamados conservadores e progressistas estão a cometer um erro de base. Os primeiros estão demasiado preocupados com as instituições da Igreja, os segundos querem mudar tudo, sem mais. Penso que a solução está em mudar o espírito, a inspiração que move a Igreja. Deixe-me explicar: não podemos ter um vinho novo em tonéis velhos nem tonéis novos com vinho velho. Isso não serviria para nada. Creio que o Papa está a produzir um vinho novo e é tarefa de todos construirmos novos tonéis. E isto interessa a crentes e até a não crentes.


Deus não é um objeto, uma coisa entre outras coisas. Só o podemos descobrir na experiência do amor, do amor às outras pessoas. Se este amor é autêntico, transcende-se a si próprio, transcende o nosso egoísmo. Então, podemos compreender Deus. Como se diz nos Evangelhos: quem não ama não reconhece Deus. Deus é reconhecível através da experiência do amor às outras pessoas. Não é possível dizer que amo Deus e os outros não me interessam, ou pouco me interessam.

2016-05-01

2016-04-30

Diálogo com o Evangelho



Diálogo com o Evangelho do 6º Domingo de Páscoa, 24 de abril, pelo Frei Eugénio, no programa de rádio "Raízes de Cá".

A vida questiona o Evangelho do Sexto Domingo de Páscoa, 1 de Maio

Jo. 14,23-29.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Quem Me ama guardará a minha palavra, e meu Pai o amará; Nós viremos a ele e faremos nele a nossa morada. Quem Me não ama não guarda a minha palavra. Ora a palavra que ouvis não é minha, mas do Pai que Me enviou.
Disse-vos estas coisas, estando ainda convosco. Mas o Paráclito, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos recordará tudo o que Eu vos disse.
Deixo-vos a paz, dou-vos a minha paz. Não vo-la dou como a dá o mundo. Não se perturbe nem se intimide o vosso coração.
Ouvistes que Eu vos disse: Vou partir, mas voltarei para junto de vós. Se Me amásseis, ficaríeis contentes por Eu ir para o Pai, porque o Pai é maior do que Eu.
Disse-vo-lo agora, antes de acontecer, para que, quando acontecer, acrediteis».

2016-04-23

Diálogo com o Evangelho



Diálogo com o Evangelho do 5º Domingo de Páscoa, 24 de abril, pelo Frei Eugénio, no programa de rádio "Raízes de Cá".

A vida questiona o evangelho de Domingo, 24 de abril

Jo. 13,31-33a.34-35.
Quando Judas saiu do Cenáculo, disse Jesus aos seus discípulos: «Agora foi glorificado o Filho do homem, e Deus foi glorificado n’Ele. Se Deus foi glorificado n’Ele, Deus também O glorificará em Si mesmo e glorificá-l’O-á sem demora.
Meus filhos, é por pouco tempo que ainda estou convosco. Dou-vos um mandamento novo: que vos ameis uns aos outros. Como Eu vos amei, amai-vos também uns aos outros. Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se vos amardes uns aos outros».

2016-04-17

Francisco com os refugiados




"Deus de misericórdia, pedimo-vos por todos os homens, mulheres e crianças, que morreram depois de ter deixado as suas terras à procura duma vida melhor. Embora muitos dos seus túmulos não tenham nome, cada um é conhecido, amado e querido por Vós.
Que nunca sejam esquecidos por nós, mas possamos honrar o seu sacrifício mais com as obras do que com as palavras.
Confiamo-Vos todos aqueles que realizaram esta viagem, suportando medos, incertezas e humilhações, para chegar a um lugar seguro e esperançoso.
Como Vós não abandonastes o vosso Filho quando foi levado para um lugar seguro por Maria e José, assim agora mantende-Vos perto destes vossos filhos e filhas através da nossa ternura e proteção.
Fazei que, cuidando deles, possamos promover um mundo onde ninguém seja forçado a deixar a sua casa e onde todos possam viver em liberdade, dignidade e paz.
Deus de misericórdia e Pai de todos, acordai-nos do sono da indiferença, abri os nossos olhos às suas tribulações e libertai-nos da insensibilidade, fruto do bem-estar mundano e do confinamento em nós mesmos.
Dai inspiração a todos nós, nações, comunidades e indivíduos, para reconhecer que, quantos atingem as nossas costas, são nossos irmãos e irmãs.
Ajudai-nos a partilhar com eles as bênçãos
que recebemos das vossas mãos e a reconhecer que juntos, como uma única família humana,
somos todos migrantes, viajantes de esperança rumo a Vós, que sois a nossa verdadeira casa,
onde todas as lágrimas serão enxugadas,
onde estaremos na paz, seguros no vosso abraço."
Papa Francisco, Lesbos, 16-04-2016

Ilha de Lesbos, Grécia, visita do Papa: "NÃO PERCAM A ESPERANÇA", a principal mensagem do Papa Francisco aos refugiados no Campo Mória. 

O Papa esteve acompanhado do Patriarca de Constantinopla e do Arcebispo de Atenas, foi também recebido pelo Primeiro-ministro da Grécia Alexis Tsipras.

2016-04-16

Diálogo com o Evangelho



Diálogo com o Evangelho do 4º Domingo de Páscoa, 17 de abril, pelo Frei Eugénio, no programa de rádio "Raízes de Cá".

A vida questiona o Evangelho de Domingo, 17 de Abril


Jo. 10,27-30.
Naquele tempo, disse Jesus: «As minhas ovelhas escutam a minha voz. Eu conheço as minhas ovelhas e elas seguem-Me.
Eu dou-lhes a vida eterna e nunca hão-de perecer, e ninguém as arrebatará da minha mão.
Meu Pai, que Mas deu, é maior do que todos, e ninguém pode arrebatar nada da mão do Pai.
Eu e o Pai somos um só».

2016-04-10

A vida questiona o Evangelho do 3º Domingo de Páscoa

Jo. 21,1-19.
Naquele tempo, Jesus manifestou-Se outra vez aos seus discípulos, junto do mar de Tiberíades. Manifestou-Se deste modo: Estavam juntos Simão Pedro e Tomé, chamado Dídimo, Natanael, que era de Caná da Galileia, os filhos de Zebedeu e mais dois discípulos de Jesus.
Disse-lhes Simão Pedro: «Vou pescar». Eles responderam-lhe: «Nós vamos contigo». Saíram de casa e subiram para o barco, mas naquela noite não apanharam nada.
Ao romper da manhã, Jesus apresentou-Se na margem, mas os discípulos não sabiam que era Ele.
Disse-lhes Jesus: «Rapazes, tendes alguma coisa de comer?». Eles responderam: «Não». Disse-lhes Jesus: «Lançai a rede para a direita do barco e encontrareis». Eles lançaram a rede e já mal a podiam arrastar por causa da abundância de peixes. O discípulo predileto de Jesus disse a Pedro: «É o Senhor». Simão Pedro, quando ouviu dizer que era o Senhor, vestiu a túnica que tinha tirado e lançou-se ao mar.
Os outros discípulos, que estavam apenas a uns duzentos côvados da margem, vieram no barco, puxando a rede com os peixes. Quando saltaram em terra, viram brasas acesas com peixe em cima, e pão.
Disse-lhes Jesus: «Trazei alguns dos peixes que apanhastes agora».
Simão Pedro subiu ao barco e puxou a rede para terra, cheia de cento e cinquenta e três grandes peixes; e, apesar de serem tantos, não se rompeu a rede.
Disse-lhes Jesus: «Vinde comer». Nenhum dos discípulos se atrevia a perguntar-Lhe: «Quem és Tu?», porque bem sabiam que era o Senhor.
Jesus aproximou-Se, tomou o pão e deu-lho, fazendo o mesmo com os peixes.
Esta foi a terceira vez que Jesus Se manifestou aos seus discípulos, depois de ter ressuscitado dos mortos. Depois de comerem, Jesus perguntou a Simão Pedro: «Simão, filho de João, tu amas-Me mais do que estes?». Ele respondeu-Lhe: «Sim, Senhor, Tu sabes que Te amo». Disse-lhe Jesus: «Apascenta os meus cordeiros».
Voltou a perguntar-lhe segunda vez: «Simão, filho de João, tu amas-Me?». Ele respondeu-Lhe: «Sim, Senhor, Tu sabes que Te amo». Disse-lhe Jesus: «Apascenta as minhas ovelhas».
Perguntou-lhe pela terceira vez: «Simão, filho de João, tu amas-Me?». Pedro entristeceu-se por Jesus lhe ter perguntado pela terceira vez se O amava e respondeu-Lhe: «Senhor, Tu sabes tudo, bem sabes que Te amo». Disse-lhe Jesus: «Apascenta as minhas ovelhas.
Em verdade, em verdade te digo: Quando eras mais novo, tu mesmo te cingias e andavas por onde querias; mas quando fores mais velho, estenderás a mão e outro te cingirá e te levará para onde não queres».
Jesus disse isto para indicar o género de morte com que Pedro havia de dar glória a Deus. Dito isto, acrescentou: «Segue-Me».

2016-04-02

Diálogo com o Evangelho



Diálogo com o Evangelho do 2º Domingo de Páscoa, 3 de abril, pelo Frei Eugénio, no programa de rádio "Raízes de Cá".

A vida questiona o Evangelho do 2º Domingo de Páscoa, 3 de abril


Jo. 20,19-31.
Na tarde daquele dia, o primeiro da semana, estando fechadas as portas da casa onde os discípulos se encontravam, com medo dos judeus, veio Jesus, apresentou-Se no meio deles e disse-lhes: «A paz esteja convosco». Dito isto, mostrou-lhes as mãos e o lado. Os discípulos ficaram cheios de alegria ao verem o Senhor.
Jesus disse-lhes de novo: «A paz esteja convosco. Assim como o Pai Me enviou, também Eu vos envio a vós». Dito isto, soprou sobre eles e disse-lhes: «Recebei o Espírito Santo: àqueles a quem perdoardes os pecados ser-lhes-ão perdoados; e àqueles a quem os retiverdes ser-lhes-ão retidos».
Tomé, um dos Doze, chamado Dídimo, não estava com eles quando veio Jesus. Disseram-lhe os outros discípulos: «Vimos o Senhor». Mas ele respondeu-lhes: «Se não vir nas suas mãos o sinal dos cravos, se não meter o dedo no lugar dos cravos e a mão no seu lado, não acreditarei».
Oito dias depois, estavam os discípulos outra vez em casa, e Tomé com eles. Veio Jesus, estando as portas fechadas, apresentou-Se no meio deles e disse: «A paz esteja convosco».
Depois disse a Tomé: «Põe aqui o teu dedo e vê as minhas mãos; aproxima a tua mão e mete-a no meu lado; e não sejas incrédulo, mas crente». Tomé respondeu-Lhe: «Meu Senhor e meu Deus!». Disse-lhe Jesus: «Porque Me viste acreditaste: felizes os que acreditam sem terem visto».
Muitos outros milagres fez Jesus na presença dos seus discípulos, que não estão escritos neste livro. Estes, porém, foram escritos para acreditardes que Jesus é o Messias, o Filho de Deus, e para que, acreditando, tenhais a vida em seu nome.

2016-03-31

Ressurreição: ponto de vista de um filósofo


Quem nunca teve dúvidas sobre a Ressurreição? Para dar uma ajuda ao debate, creio que oportuno para este tempo de Páscoa, deixo aqui um artigo de um filósofo contemporâneo, Peter van Inwagen, sobre a possibilidade da ressurreição (o autor, que, note-se, tem uma obra respeitada em vários domínio como metafísica, ontologia etc, publicou também um livro sobre o assunto, ver imagem). 
Desejo felicidades na leitura.

2016-03-27

Diálogo com o Evangelho


Diálogo com o Evangelho do Domingo de Páscoa, 27 de Março, pelo Frei Eugénio, no programa de rádio "Raízes de Cá".

ALELUIA! Ressuscitou!


Jo. 20,1-9.
No primeiro dia da semana, Maria Madalena foi de manhãzinha, ainda escuro, ao sepulcro e viu a pedra retirada do sepulcro.
Correu então e foi ter com Simão Pedro e com o discípulo predileto de Jesus e disse-lhes: «Levaram o Senhor do sepulcro e não sabemos onde O puseram».
Pedro partiu com o outro discípulo e foram ambos ao sepulcro. Corriam os dois juntos, mas o outro discípulo antecipou-se, correndo mais depressa do que Pedro, e chegou primeiro ao sepulcro. Debruçando-se, viu as ligaduras no chão, mas não entrou. Entretanto, chegou também Simão Pedro, que o seguira. Entrou no sepulcro e viu as ligaduras no chão e o sudário que tinha estado sobre a cabeça de Jesus, não com as ligaduras, mas enrolado à parte. Entrou também o outro discípulo que chegara primeiro ao sepulcro: viu e acreditou.
Na verdade, ainda não tinham entendido a Escritura, segundo a qual Jesus devia ressuscitar dos mortos.

2016-03-19