2012-06-29

A vida questiona o Evangelho de Domingo, 1 de julho

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Mc. 5,21-43.
Naquele tempo, depois de Jesus ter atravessado, no barco, para a outra margem, reuniu-se uma grande multidão junto dele, que continuava à beira-mar. Chegou, então, um dos chefes da sinagoga, de nome Jairo, e, ao vê-lo, prostrou-se a seus pés e suplicou instantemente: «A minha filha está a morrer; vem impor-lhe as mãos para que se salve e viva.»
Jesus partiu com ele, seguido por numerosa multidão, que o apertava.
Certa mulher, vítima de um fluxo de sangue havia doze anos, que sofrera muito nas mãos de muitos médicos e gastara todos os seus bens sem encontrar nenhum alívio, antes piorava cada vez mais, tendo ouvido falar de Jesus, veio por entre a multidão e tocou-lhe, por detrás, nas vestes, pois dizia: «Se ao menos tocar nem que seja as suas vestes, ficarei curada.»
De facto, no mesmo instante se estancou o fluxo de sangue, e sentiu no corpo que estava curada do seu mal. Imediatamente Jesus, sentindo que saíra dele uma força, voltou-se para a multidão e perguntou: «Quem tocou as minhas vestes?» Os discípulos responderam: «Vês que a multidão te comprime de todos os lados, e ainda perguntas: 'Quem me tocou?’» Mas Ele continuava a olhar em volta, para ver aquela que tinha feito isso. Então, a mulher, cheia de medo e a tremer, sabendo o que lhe tinha acontecido, foi prostrar-se diante dele e disse toda a verdade.
Disse-lhe Ele: «Filha, a tua fé salvou-te; vai em paz e sê curada do teu mal.»
Ainda Ele estava a falar, quando, da casa do chefe da sinagoga, vieram dizer: «A tua filha morreu; de que serve agora incomodares o Mestre?»
Mas Jesus, que surpreendera as palavras proferidas, disse ao chefe da sinagoga: «Não tenhas receio; crê somente.» E não deixou que ninguém o acompanhasse, a não ser Pedro, Tiago e João, irmão de Tiago. Ao chegar a casa do chefe da sinagoga, encontrou grande alvoroço e gente a chorar e a gritar. Entrando, disse-lhes: «Porquê todo este alarido e tantas lamentações? A menina não morreu, está a dormir.»
Mas faziam troça dele. Jesus pôs fora aquela gente e, levando consigo apenas o pai, a mãe da menina e os que vinham com Ele, entrou onde ela jazia. Tomando-lhe a mão, disse: «Talitha qûm!», isto é, «Menina, sou Eu que te digo: levanta-te!» E logo a menina se ergueu e começou a andar, pois tinha doze anos. Todos ficaram assombrados. Recomendou-lhes vivamente que ninguém soubesse do sucedido e mandou dar de comer à menina.

Belém, património da Humanidade


"Pela primeira vez a Palestina tem um bem inscrito na lista do Património Cultural da Humanidade da UNESCO, depois de o comité do património mundial, reunido em São Petersburgo até ao dia 6 de Julho, ter aprovado esta sexta-feira a candidatura da Igreja da Natividade em Belém."
Ver aqui notícia do Público

Do site da UNESCO:
New site inscribed on UNESCO’s World Heritage List:
Birthplace of Jesus: the Church of the Nativity and the Pilgrimage Route, Bethlehem (Palestine) was also placed on the List of World Heritage in Danger as it is suffering from damages due to water leaks. The inscribed property is situated 10km south of Jerusalem on the site identified by Christian tradition as the birthplace of Jesus since the 2nd century. A church was first completed there in 339 A.D. and the edifice that replaced it after a fire in the 6th century retains elaborate floor mosaics from the original edifice. The site also includes Latin, Greek Orthodox, Franciscan and Armenian convents and churches, as well as bell towers, terraced gardens and a pilgrimage route.

2012-06-23

A vida questiona o Evngelho de domingo, 24 de junho - São João

 Leonardo Da Vinci
Lc. 1,57-66.80.
Naquele tempo, chegou a altura de Isabel ser mãe e deu à luz e um filho. Os seus vizinhos e parentes, sabendo que o Senhor manifestara nela a sua misericórdia, rejubilaram com ela.
Ao oitavo dia, foram circuncidar o menino e queriam dar-lhe o nome do pai, Zacarias. Mas, tomando a palavra, a mãe disse: «Não; há-de chamar se João.»
Disseram-lhe: «Não há ninguém na tua família que tenha esse nome.» Então, por sinais, perguntaram ao pai como queria que ele se chamasse.
Pedindo uma placa, o pai escreveu: «O seu nome é João.» E todos se admiraram. Imediatamente a sua boca abriu-se, a língua desprendeu-se-lhe e começou a falar, bendizendo a Deus. O temor apoderou-se de todos os seus vizinhos, e por toda a montanha da Judeia se divulgaram aqueles factos.
Quantos os ouviam retinham-nos na memória e diziam para si próprios: «Quem virá a ser este menino?» Na verdade, a mão do Senhor estava com ele.
Entretanto, o menino crescia, o seu espírito robustecia-se, e vivia em lugares desertos, até ao dia da sua apresentação a Israel.

2012-06-16

Diálogo com o Evangelho

Diálogo com o Evangelho do Domingo 17 de junho, pelo Frei Eugénio, no programa de rádio "Raízes de Cá".

A vida questiona o Evangelho de domingo, 17 de junho

 Grãos de mostarda - Nazaré, Setembro 2010

Mc. 4,26-34.
Naquele tempo, disse Jesus à multidão: «O Reino de Deus é como um homem que lançou a semente à terra. Quer esteja a dormir, quer se levante, de noite e de dia, a semente germina e cresce, sem ele saber como. A terra produz por si, primeiro o caule, depois a espiga e, finalmente, o trigo perfeito na espiga. E, quando o fruto amadurece, logo ele lhe mete a foice, porque chegou o tempo da ceifa.»
Dizia também: «Com que havemos de comparar o Reino de Deus? Ou com qual parábola o representaremos? É como um grão de mostarda que, ao ser deitado à terra, é a mais pequena de todas as sementes que existem; mas, uma vez semeado, cresce, transforma-se na maior de todas as plantas do horto e estende tanto os ramos, que as aves do céu se podem abrigar à sua sombra.»
Com muitas parábolas como estas, pregava-lhes a Palavra, conforme eram capazes de compreender.
Não lhes falava senão em parábolas; mas explicava tudo aos discípulos, em particular.

2012-06-13

Rio + 20

Estamos a poucos dias do início RIO+20: a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, que irá ocorrer no Brasil de 20 a 22 de junho de 2012, no 20º aniversário da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, que ocorreu no Rio de Janeiro em 1992.

Já passaram 20 anos... Será que desta vez o destino do planeta como um todo entra na prioridade da agenda internacional? 
As expectativas são muito baixas, mas a mudança tem que partir dos cidadãos. Daí ser tão importante a mobilização da sociedade civil.

Foram definidas 7 questões críticas:

- Emprego
- Energia 
- Cidades
- Alimentação
- Água
- Oceanos
- Desastres

Neste site encontra-se a documentação.

2012-06-09

Diálogo com o Evangelho

Diálogo com o Evangelho da Festa do Corpo e Sangue de Cristo, pelo Frei Eugénio, no programa de rádio "Raízes de Cá".

A vida questiona o Evangelho de Domingo, 10 de junho


Mc. 3,20-35.
Naquele tempo, Jesus chegou a casa com os seus discípulos. E de novo a multidão acorreu, de tal maneira que nem podiam comer. E quando os seus familiares ouviram isto, saíram a ter mão nele, pois diziam: «Está fora de si!» E os doutores da Lei, que tinham descido de Jerusalém, afirmavam: «Ele tem Belzebu!» E ainda: «É pelo chefe dos demónios que expulsa os demónios.»
Então, Jesus chamou-os e disse-lhes em parábolas: «Como pode Satanás expulsar Satanás? Se um reino se dividir contra si mesmo, tal reino não pode perdurar; e se uma família se dividir contra si mesma, essa família não pode subsistir. Se, portanto, Satanás se levanta contra si próprio, está dividido e não poderá subsistir; é o seu fim. Ninguém consegue entrar em casa de um homem forte e roubar-lhe os bens sem primeiro o amarrar; só depois poderá saquear-lhe a casa. Em verdade vos digo: todos os pecados e todas as blasfémias que proferirem os filhos dos homens, tudo lhes será perdoado; mas, quem blasfemar contra o Espírito Santo, nunca mais terá perdão: é réu de pecado eterno.»
Disse-lhes isto porque eles afirmavam: «Tem um espírito maligno.»
Nisto chegam sua mãe e seus irmãos que, ficando do lado de fora, o mandam chamar. A multidão estava sentada em volta dele, quando lhe disseram: «Estão lá fora a tua mãe e os teus irmãos que te procuram.»
Ele respondeu: «Quem são minha mãe e meus irmãos?»
E, percorrendo com o olhar os que estavam sentados à volta dele, disse: «Aí estão minha mãe e meus irmãos. Aquele que fizer a vontade de Deus, esse é que é meu irmão, minha irmã e minha mãe.»

2012-06-03

Umas notas sobre o encontro mundial das famílias

Vale a pena ler este post.


Tribo de Jacob: Umas notas sobre o encontro mundial das famílias: O Encontro Mundial das Famílias parece que correu bem. Ainda bem, também para o Papa, que nestes dias, como quase sempre desde que é Pa...

Diálogo com o Evangelho

Diálogo com o Evangelho do Domingo 3 de junho, pelo Frei Eugénio, no programa de rádio "Raízes de Cá".

2012-06-02

A vida questiona ao Evangelho de Domingo, 3 de Junho

Mat. ‪28,16-20.‬
Naquele tempo, os onze discípulos partiram para a Galileia, para o monte que Jesus lhes tinha indicado.  Quando o viram, adoraram-no; alguns, no entanto, ainda duvidavam. Aproximando-se deles, Jesus disse-lhes: 
«Foi-me dado todo o poder no Céu e na Terra. Ide, pois, fazei discípulos de todos os povos, baptizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a cumprir tudo quanto vos tenho mandado. E sabei que Eu estarei sempre convosco até ao fim dos tempos.»

2012-05-26

A vida questiona o Evengelho de domingo de pentecostes, 27 de maio


Jo. 15,26-27.16,12-15.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Quando vier o Paráclito, o Espírito da Verdade, que procede do Pai, e que Eu vos hei-de enviar da parte do Pai, Ele dará testemunho a meu favor. E vós também haveis de dar testemunho, porque estais comigo desde o princípio.»
«Tenho ainda muitas coisas a dizer-vos, mas não sois capazes de as compreender por agora. Quando Ele vier, o Espírito da Verdade, há-de guiar-vos para a Verdade completa. Ele não falará por si próprio, mas há-de dar-vos a conhecer quanto ouvir e anunciar-vos o que há-de vir. Ele há-de manifestar a minha glória, porque receberá do que é meu e vo-lo dará a conhecer.
Tudo o que o Pai tem é meu; por isso é que Eu disse: 'Receberá do que é meu e vo-lo dará a conhecer'.»

2012-05-24

Domingos de Gusmão

S. Domingos - Matisse

Que Deus Pai nos abençoe

que Deus Filho nos cure

que o Espírito Santo nos ilumine e nos dê

olhos para ver,

mãos para realizar o trabalho de Deus,

pés para caminhar,

uma boca para pregar a Palavra da Salvação

e o anjo da paz para nos guardar e finalmente,

pela graça do Senhor, nos conduzir ao Seu Reino. 
Ámen.

(Bênção dominicana do século XIII)

2012-05-18

A vida questiona o Evangelho de Domingo 20 de maio


Mc. 16,14-20.
Naquele tempo, Jesus apareceu aos  Onze
E disse-lhes: «Ide pelo mundo inteiro, proclamai o Evangelho a toda a criatura. Quem acreditar e for baptizado será salvo; mas, quem não acreditar será condenado. Estes sinais acompanharão aqueles que acreditarem: em meu nome expulsarão demónios, falarão línguas novas, apanharão serpentes com as mãos e, se beberem algum veneno mortal, não sofrerão nenhum mal; hão-de impor as mãos aos doentes e eles ficarão curados.»
Então, o Senhor Jesus, depois de lhes ter falado, foi arrebatado ao Céu e sentou-se à direita de Deus.
Eles, partindo, foram pregar por toda a parte; o Senhor cooperava com eles, confirmando a Palavra com os sinais que a acompanhavam.

2012-05-13

A vida questiona o Evangelho de Domingo, 13 de maio

Matisse - árvore da vida
Jo. 15,9-17.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Assim como o Pai me tem amor, assim Eu vos amo a vós. Permanecei no meu amor.
Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor, assim como Eu, que tenho guardado os mandamentos do meu Pai, também permaneço no seu amor. Manifestei-vos estas coisas, para que esteja em vós a minha alegria, e a vossa alegria seja completa. É este o meu mandamento: que vos ameis uns aos outros como Eu vos amei.
Ninguém tem mais amor do que quem dá a vida pelos seus amigos. Vós sois meus amigos, se fizerdes o que Eu vos mando.
Já não vos chamo servos, visto que um servo não está ao corrente do que faz o seu senhor; mas a vós chamei- -vos amigos, porque vos dei a conhecer tudo o que ouvi ao meu Pai. Não fostes vós que me escolhes-tes; fui Eu que vos escolhi a vós e vos destinei a ir e a dar fruto, e fruto que permaneça; e assim, tudo o que pedirdes ao Pai em meu nome Ele vo-lo concederá.
É isto o que vos mando: que vos ameis uns aos outros.»

2012-05-05

Diálogo com o Evangelho

Diálogo com o Evangelho do 5º Domingo de Páscoa, 6 de maio, pelo Frei Eugénio, no programa de rádio "Raízes de Cá".

A vida questiona o Evangelho de Domingo, 6 de Maio


Jo. 15,1-8.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Eu sou a videira verdadeira e o meu Pai é o agricultor.
Ele corta todo o ramo que não dá fruto em mim e poda o que dá fruto, para que dê mais fruto ainda.
Vós já estais purificados pela palavra que vos tenho anunciado.
Permanecei em mim, que Eu permaneço em vós. Tal como o ramo não pode dar fruto por si mesmo, mas só permanecendo na videira, assim também acontecerá convosco, se não permanecerdes em mim. Eu sou a videira; vós, os ramos. Quem permanece em mim e Eu nele, esse dá muito fruto, pois, sem mim, nada podeis fazer.
Se alguém não permanece em mim, é lançado fora, como um ramo, e seca. Esses são apanhados e lançados ao fogo, e ardem.
Se permanecerdes em mim e as minhas palavras permanecerem em vós, pedi o que quiserdes, e assim vos acontecerá.
Nisto se manifesta a glória do meu Pai: em que deis muito fruto e vos comporteis como meus discípulos.»

2012-05-04

ESTATÍSTICAS SOBRE O ABORTO EM 2011



Em 2007, aquando do último referendo sobre o aborto no nosso país, tivemos oportunidade de debater com algum entusiasmo este assunto no REGADOR. Infelizmente o tema parece ter caído no esquecimento da maioria das pessoas, mesmo entre as muitas que não sendo militantes de movimentos de defesa da vida estão contra esta prática como foi defendida no último referendo e que deu origem à actual legislação.
Vem isto a propósito de uma extensa notícia publicada hoje no jornal “Público” sob o título “Meio milhar fez mais do que um aborto em 2011”. Da leitura desse artigo cujos dados foram profusamente divulgados em vários órgãos noticiosos com origem em dados difundidos pela agência noticiosa “Lusa” para além do número de abortos realizados ressalta um facto que me parece ser de salientar e que vem reforçar a linha de pensamento de intervenções que fiz neste blog na altura do referendo.
De facto, é de salientar que 97,6% dos abortos, agora designados por interrupções voluntárias da gravidez talvez para diminuir a conotação negativa que o termo encerra, foram efectuados a pedido da mulher. Apenas 2% foram justificados por doença grave ou malformação do feto e 0,4% por outras razões. Por outro lado, cerca de 26% das mulheres já tinha efectuado um aborto anteriormente, das quais 464 o tinham feito nesse mesmo ano. Quanto à situação familiar, 40% das mulheres que abortaram não tinham qualquer filho.
Como disse nas intervenções que fiz em 2007 neste mesmo espaço, não tenho a pretensão de julgar as mulheres que abortam, seja porque razão for, pois só colocando-nos na posição das mesmas é que poderíamos perceber o drama de muitas destas vidas. Mas não deixa de me chocar o facto de tantas mulheres recorrem a um aborto quando a prevenção da gravidez é hoje uma possibilidade simples ao alcance de qualquer uma delas.
Assim, duas conclusões se poderiam tirar daqui: é necessário que se promovam todos os meios de informação e formação das mulheres para que evitem a gravidez e não a interrompam, sendo também necessário que os responsáveis da Igreja entendam essa necessidade em vez de condenarem a utilização de métodos contraceptivos como tem feito. Já seria altura desses responsáveis perceberem que os métodos naturais, como eles defendem, não são minimamente fiáveis para solucionar este drama que aflige tantas mulheres. Ou entendem que é preferível esconder a cabeça na areia perante tão gritante problema, lavando as mãos atrás de uma condenação da mulher e a sua exclusão do convívio com os baptizados? E porque se mantém a ideia de que praticar um aborto é um crime perante a Lei de Deus maior do que o assassinato de um nado vivo ao ponto de a absolvição destes actos só estar ao alcance de um Bispo?
Muito há a reflectir nestes momentos de contestação à Igreja Católica, como os que recentemente vieram a lume, se quisermos salvar o que dela resta e a identifica com a Igreja de Jesus Cristo, Igreja de exigência mas também de compreensão e perdão.
Hugo Meireles



2012-04-30

José Mattoso: o "governo do povo" favorece quem já tem o poder






"Agora queria que me deixassem em paz. Se calhar já é tarde. Os cartuxos só admitem vocações até aos 40 anos, já tenho o dobro, não sei se tenho capacidades de viver sozinho. 
Mas pelo menos queria, com a liberdade pessoal suficiente e sem imposição de tempo, dedicar-me à oração. Mais do que isso: dedicar-me a descobrir o valor da palavra, o autêntico significado da palavra, no sentido de linguagem, de expressão da realidade, no sentido de logos. 
Encontrar-me na meditação da palavra como expressão do mundo, da existência, da história, e descobrir-lhe um sentido."

O desaparecimento dos cristãos da Terra Santa

 
Ainda antes de ser transmitido, no passado dia 22, já este programa da CBS recebia pressões de Israel para evitar que fosse para o ar. Vale a pena ver.

2012-04-27

Diálogo com o Evangelho

Diálogo com o Evangelho do 4º Domingo de Páscoa, 29 de abril, pelo Frei Eugénio, no programa de rádio "Raízes de Cá".

A vida questiona o Evangelho de 29 de abril, 4º Domingo da Páscoa

Júlio Resente - vitral Fátima
Jo. 10,11-18.
Naquele tempo, disse Jesus: «Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a sua vida pelas ovelhas. O mercenário, e o que não é pastor, a quem não pertencem as ovelhas, vê vir o lobo e abandona as ovelhas e foge e o lobo arrebata-as e espanta-as, porque é mercenário e não lhe importam as ovelhas.
Eu sou o bom pastor; conheço as minhas ovelhas e as minhas ovelhas conhecem-me, assim como o Pai me conhece e Eu conheço o Pai; e ofereço a minha vida pelas ovelhas.
Tenho ainda outras ovelhas que não são deste redil. Também estas Eu preciso de as trazer e hão-de ouvir a minha voz; e haverá um só rebanho e um só pastor. É por isto que meu Pai me tem amor: por Eu oferecer a minha vida, para a retomar depois. Ninguém ma tira, mas sou Eu que a ofereço livremente. Tenho poder de a oferecer e poder de a retomar. Tal é o encargo que recebi de meu Pai.»

2012-04-22

La guerre perdue du Vatican

Esta reportagem de France 3 é de um jornalismo bem documentado e tem muito a ver com as questões sobre a situação actual da Igreja Catolica.
Depois de a verem com espirito critico,  que tal organizar um encontro-debate?

2012-04-20

A vida questiona o Evangelho de Domingo, 22 de abril

Lc. 24,35-48.
Naquele tempo, os discípulos de Emaús contaram o que lhes tinha acontecido pelo caminho e como Jesus se lhes dera a conhecer, ao partir o pão. Enquanto isto diziam, Jesus apresentou-se no meio deles e disse-lhes: «A paz esteja convosco!»
Dominados pelo espanto e cheios de temor, julgavam ver um espírito. Disse-lhes, então: «Porque estais perturbados e porque surgem tais dúvidas nos vossos corações? Vede as minhas mãos e os meus pés: sou Eu mesmo. Tocai-me e olhai que um espírito não tem carne nem ossos, como verificais que Eu tenho.»
Dizendo isto, mostrou-lhes as mãos e os pés.
E como, na sua alegria, não queriam acreditar de assombrados que estavam, Ele perguntou-lhes: «Tendes aí alguma coisa que se coma?» Deram-lhe um bocado de peixe assado; e, tomando-o, comeu diante deles.
Depois, disse-lhes: «Estas foram as palavras que vos disse, quando ainda estava convosco: que era necessário que se cumprisse tudo quanto a meu respeito está escrito em Moisés, nos Profetas e nos Salmos.» Abriu-lhes então o entendimento para compreenderem as Escrituras e disse-lhes: «Assim está escrito que o Messias havia de sofrer e ressuscitar dentre os mortos, ao terceiro dia; que havia de ser anunciada, em seu nome, a conversão para o perdão dos pecados a todos os povos, começando por Jerusalém.
Vós sois as testemunhas destas coisas.

DOZE MULTIMILIONÁRIOS ACEITAM DOAR PELO MENOS METADE DAS FORTUNAS



Sendo o REGADOR um espaço de diálogo que também deve servir para anunciar esperança que é apanágio de quem acredita em Jesus, as boas notícias, facto que vai sendo raro na nossa comunicação social, devem também ser divulgadas.

O Diário Económico de Hoje dá a notícia de que doze multimilionários aceitam doar metade das suas fortunas a uma boa causa, juntando-se a uma iniciativa lançada há dois anos pelos também multimilionários Bill Gates e Warren Buffett.

Talvez o Senhor tenha ido ao seu encontro como fez com Zaqueu e eles responderam como ele: "Senhor, vou dar a metade dos meus bens aos pobres". Não terá sido a partilha generosa da viúva pobre (Lc. 21,1-4) mas o Senhor trabalha em cada um de nós à Sua maneira.

E, na mesma linha, vale a pena meditar sobre o Evangelho de hoje (Jo. 6,1-15) e ver como o Senhor resolve os nossos problemas se nós lhe pedirmos. Toma o pouco que existe e reparte-o para que chegue para todos. Bom seria que todos os homens de boa vontade tomassem, ao menos, o que lhes sobeja e que muitas vezes desperdiçam, para o partilharem com aqueles que precisam. Esta seria uma boa notícia para os tempos de crise que o nosso país atravessa, país onde, felizmente, ainda vão aparecendo iniciativas de grande mérito como a recém anunciada campanha "Portugal não se pode dar ao lixo" promovida pala Associação Contra o Desperdício "dariacordar".

2012-04-19

CRISE NA IGREJA CATÓLICA: A IGREJA PORTUGUESA


Na sequência da mensagem que ontem inseri no Regador, venho dar conta de um novo artigo publicado no mesmo jornal “Público” e da autoria do mesmo jornalista, António Marujo, acerca da identidade religiosa dos portugueses. Este novo artigo dá conta dos resultados de um estudo realizado pela Universidade Católica sobre Identidades Religiosas em Portugal: Representações, Valores e Práticas que será apresentado aos Bispos reunidos em assembleia plenária da Conferência Episcopal Portuguesa.

O estudo conclui que o número de católicos diminuiu em Portugal, entre 1999 e 2011, passando de 86,9% para 79,5%. No mesmo período de tempo aumentou o número de protestantes (incluindo evangélicos), de testemunhas de jeová e não crentes. Entre estes últimos, a população que mais cresceu foi a dos protestantes e evangélicos que passou de 0,3% para 2,8%. Entretanto, o número dos portugueses com mais de 15 anos que dizem que vão à missa regularmente, uma ou mais vezes por semana, representa 45,7% da população que se diz católica

 As principais razões apresentadas pelos não praticantes foram, falta de tempo (35,4%), por entenderem que podem ter fé sem prática religiosa (33,3%) e por desleixo ou descuido (23%). De notar, ainda, que12,5% destes não praticantes assume também como razão o “mau exemplo” dos praticantes e 2,5% não praticam por entenderem que estão em situação irregular perante as normas da sua igreja ou comunidade religiosa.

Um outro aspecto que ressalta dos resultados publicados no artigo do Público, no que respeita à moral cívica, prende-se com o facto de apenas 9,6% dizerem que a religião ajuda a ter competência no trabalho, 7,9% que é importante para ser honesto no pagamento de impostos ou de 6,7% dizerem ser importante para participar na vida cívica e política.

Se os números inicialmente apresentados que demonstram o recuo do número de católicos em detrimento do aparecimento de novas religiões ou crenças e do aumento dos não crentes, mais impressivos são os três números que acabei de apresentar que mostram que a religião se resume ao campo puramente espiritual e que pouca influência tem na vida e comportamentos diários. Ou seja, continua a influência do farisaísmo para quem o importante é o cumprimento das regras, não parecendo serem assumidos os verdadeiros valores do cristianismo que devem sempre passar para a nossa vida, seja em que plano a quisermos colocar.

Talvez não seja por acaso, mas sim um reflexo deste modo de encarar a religião, que só 22,8% dos católicos referem um sentimento de esperança em relação ao futuro, contra 68,3% que mostram preocupação ou inquietação e 8,8% que se dizem descrentes ou indiferentes. Estes valores contrastam com os dos protestantes e de outros cristãos nos quais a percentagem dos que se dizem com esperança no futuro é, respectivamente, de 48,9% e 44,7%.

Finalmente, e para salientar a importância do debate, o jornal “Público” de hoje, dia 19 de Abril, continua a noticiar estes factos dando conta, entre outros, das declarações do porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa, padre Manuel Morujão, a propósito dos resultados do estudo, o qual diz que o que importa não é a quantidade de católicos mas sim a sua qualidade. Pese embora a crítica implícita que faço a esta afirmação não posso deixar de dizer que a mesma me parece imbuída de um certo maniqueísmo ou atavismo de que os representantes da Igreja hierárquica vão dando ainda mostras.

Para mim a Igreja de Cristo é uma Igreja de inclusão e não de exclusão. É, porventura, por causa deste modo de pensar que se vai cavando esta crise que motiva os movimentos que referi na mensagem anterior. E é também este mais um motivo para se apelar a um verdadeiro e profundo debate deste tema entre aqueles que defendem uma Igreja livre e consciente das suas obrigações à luz dos ensinamentos de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Hugo Meireles

CRISE NA IGREJA CATÓLICA


O jornal PÚBLICO de domingo passado, dia 15 de Abril, publica um extenso artigo assinado pelo jornalista António Marujo com o título “Ambiente de fim de pontificado e um Papa sem mão na Cúria”. O artigo refere-se aos problemas que de há muito assolam a Igreja e tem gerado o aparecimento de movimentos de contestação no seio dos católicos. Abre-se, assim, mais um debate na Igreja Católica e este é, no meu entender, um tema que nos deve merecer profunda reflexão e um diálogo aberto pois o que está em causa é o futuro do catolicismo e da Igreja como a conhecemos hoje em dia.

Um dos mais expressivos sinais desta crise que se vem instalando, desde há muito, no seio da Igreja Católica foi o que deu origem ao Movimento Internacional Nós Somos Igreja (IMWAC) fundado em 1996, em Roma, na sequência de um referendo iniciado em 1995 na Áustria, Alemanha e Tirol do Sul e que recolheu 2,5 milhões de assinaturas. Esse referendo apelava a uma renovação da Igreja Católica Romana em consonância com o Concílio Vaticano II.

Apesar destes sinais de que estava a despertar na Igreja Católica uma nova e mais esclarecida consciência dos homens e mulheres que procuram aprofundar a sua fé e participar mais activamente numa Igreja de que sentem fazer parte activa e não passiva, a abertura prenunciada pelo Concílio Vaticano II, da qual as posições que tem vindo a ser assumidas por estes grupos de católicos faz eco, tem sido, em muitos e importantes aspectos, manifestamente ignorada pelo Vaticano.

No artigo agora publicado, o jornalista dá notícia do mais recente movimento de contestação à Cúria Romana, o qual tem origem num manifesto de padres austríacos, publicado no Domingo da Trindade, 19 de Junho de 2011. Nesta iniciativa (Die Pfarrer-Initiative), os referidos párocos afirmam o seguinte:
 A recusa de Roma a uma reforma da Igreja há muito esperada e a inatividade dos nossos bispos não só nos permitem, mas também nos obrigam a seguir a nossa consciência e a agir de forma independente.
Nós, padres, queremos estabelecer, no futuro, os seguintes sinais:
1.     Rezaremos, no futuro, em todas as Missas, uma oração pela reforma da Igreja. Levaremos a sério a palavra da Bíblia: pedi e receberei. Diante de Deus, existe a liberdade de expressão.

2.     Não recusaremos, em princípio, a Eucaristia aos fiéis de boa vontade. Isso é especialmente verdadeiro aos divorciados de segunda união, aos membros de outras Igrejas cristãs e, em alguns casos, também aos católicos que abandonaram a Igreja.

3.     Evitaremos celebrar, se possível, nos domingos e dias de festa, mais de uma Missa ou de encarregar padres em viagem ou não residentes. É melhor uma liturgia da Palavra organizada localmente do que tournées litúrgicas.

4.     No futuro, vamos considerar uma liturgia da Palavra com distribuição da comunhão como uma "Eucaristia sem padre", e assim nós a chamaremos. Dessa forma, cumpriremos a nossa obrigação dominical em tempos de escassez de padres.

5.     Rejeitaremos também a proibição da pregar estabelecida para leigos competentes e qualificados e para professoras de religião. Especialmente em tempos difíceis, é necessário anunciar a Palavra de Deus.

6.     Comprometer-nos-emos a que cada paróquia tenha o seu próprio superior: homem ou mulher, casado ou solteiro, de tempo integral ou parcial. Isso, no entanto, não por meio das fusões de paróquias, mas sim mediante um novo modelo de padre.

7.     Por isso, vamos aproveitar todas as oportunidades para nos manifestar publicamente em favor da ordenação de mulheres e de pessoas casadas. Vemo-los como colegas, e colegas bem-vindos, ao serviço pastoral.
A posição desassombrada assumida neste novo manifesto estava, em parte, patente na declaração do movimento “Nós Somos Igreja”, sendo a maior radicalidade deste novo manifesto dos padres austríacos um sinal do agudizar da crise e da reacção à “surdez” e passividade com que a Cúria Romana e grande parte da Igreja hierárquica tem encarado estas manifestações de um número cada vez maior de católicos. Fala-se agora do medo de um novo cisma na Igreja Católica o qual, em minha opinião, só poderá vir a existir se a Cúria Romana continuar a ser insensível a este despertar de consciência daqueles que fazem parte com o mesmo direito da Igreja de Jesus Cristo.

Porque é importante que todos os que seguem Jesus se preocupem na construção desta Igreja que Ele nos deixou em “herança” penso ser a leitura e reflexão sobre este documento, como dos anteriores documentos do movimento “Nós Somos Igreja”, um desafio para quem se quer assumir como um católico consciente e esclarecido.

Ainda a este propósito valerá a pena reler a primeira leitura do dia de hoje, quarta-feira, dia 18 de Abril (Livro dos Actos dos Apóstolos 5,17-26), assim como reflectir na última frase do Evangelho deste mesmo dia (Evangelho segundo S. João 3,16-21) onde se lê “… quem pratica a verdade aproxima-se da Luz, de modo a tornar-se claro que os seus actos são feitos segundo Deus”.

Hugo Meireles

2012-04-14

We Love You

Um depoimento de um israelense com a cabeça e o coração no lugar, tomando uma iniciativa corajosa.

Na falta de algo mais efetivo, vale a pena, creio, fazer circular, porque faz bem acreditar que a sociedade ainda pode, se de facto quiser, falar mais alto que o Estado.

A guerra só interessa aos fanatismos religiosos e aos establishment políticos-militares, que se nutrem, ambos, do medo que instilam nas pessoas.