2007-03-30

VIVA o EVANGELHO de Domingo, 1 de Abril. . . . Domingo de RAMOS

Lc. 22,14-71.23,1-56.
Quando chegou a hora, pôs-se à mesa e os Apóstolos com Ele. Disse-lhes:
«Tenho ardentemente desejado comer esta Páscoa convosco, antes de padecer, pois digo-vos que já não a voltarei a comer até ela ter pleno cumprimento no Reino de Deus.»
Tomando uma taça, deu graças e disse:
«Tomai e reparti entre vós, pois digo-vos que não tornarei a beber do fruto da videira, até chegar o Reino de Deus.»
Tomou, então, o pão e, depois de dar graças, partiu-o e distribuiu-o por eles, dizendo:
«Isto é o meu corpo, que vai ser entregue por vós; fazei isto em minha memória.»
Depois da ceia, fez o mesmo com o cálice, dizendo:
«Este cálice é a nova Aliança no meu sangue, que vai ser derramado por vós.»
«No entanto, vede: a mão daquele que me vai entregar está comigo à mesa! O Filho do Homem segue o seu caminho, como está determinado; mas ai daquele por meio de quem vai ser entregue!»
[...]
Quando chegaram ao lugar chamado Calvário, crucificaram-no a Ele e aos malfeitores, um à direita e outro à esquerda. Jesus dizia:
«Perdoa-lhes, Pai, porque não sabem o que fazem.»
Depois, deitaram sortes para dividirem entre si as suas vestes. O povo permanecia ali, a observar; e os chefes zombavam, dizendo:
«Salvou os outros; salve-se a si mesmo, se é o Messias de Deus, o Eleito.»
Os soldados também troçavam dele. Aproximando-se para lhe oferecerem vinagre, diziam:
«Se és o rei dos judeus, salva-te a ti mesmo!»
E por cima dele havia uma inscrição: «Este é o rei dos judeus.»
Ora, um dos malfeitores que tinham sido crucificados insultava-o, dizendo:
«Não és Tu o Messias? Salva-te a ti mesmo e a nós também.»
Mas o outro, tomando a palavra, repreendeu-o:
«Nem sequer temes a Deus, tu que sofres o mesmo suplício? Quanto a nós, fez-se justiça, pois recebemos o castigo que as nossas acções mereciam; mas Ele nada praticou de condenável.»
E acrescentou:
«Jesus, lembra-te de mim, quando estiveres no teu Reino.»
Ele respondeu-lhe:
«Em verdade te digo: hoje estarás comigo no Paraíso.»
Por volta do meio-dia, as trevas cobriram toda a região até às três horas da tarde. O Sol tinha-se eclipsado e o véu do templo rasgou-se ao meio. Dando um forte grito, Jesus exclamou:
«Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito.»
Dito isto, expirou.
Ao ver o que se passava, o centurião deu glória a Deus, dizendo:
«Verdadeiramente, este homem era justo!»
E toda a multidão que se tinha aglomerado para este espectáculo, vendo o que acontecera, regressava batendo no peito.
Todos os seus conhecidos e as mulheres que o tinham acompanhado desde a Galileia mantinham-se à distância, observando estas coisas.
Um membro do Conselho, chamado José, homem recto e justo, não tinha concordado com a decisão nem com o procedimento dos outros. Era natural de Arimateia, cidade da Judeia, e esperava o Reino de Deus. Foi ter com Pilatos e pediu-lhe o corpo de Jesus.
Descendo-o da cruz, envolveu-o num lençol e depositou-o num sepulcro talhado na rocha, onde ainda ninguém tinha sido sepultado.
Era o dia da Preparação e já começava o sábado.
Entretanto, as mulheres que tinham vindo com Ele da Galileia acompanharam José, observaram o túmulo e viram como o corpo de Jesus fora depositado. Ao regressar, prepararam aromas e perfumes; e, durante o sábado, observaram o descanso, conforme o preceito.

2007-03-25

Acutilante

Acrescentei à lista de blogs “por onde vale a pena regar” o ACUTILANTE®.
É um blog sobre política internacional com muitas informações interessantes e fiáveis.
José Pedro Teixeira Fernandes, o seu autor, é doutorado em Ciência Política e Relações Internacionais, estando especialmente interessado na investigação do islamismo, do multiculturalismo e dos problemas dos alargamentos da UE aos Balcãs e à Turquia.
E partilha no seu blog as suas reflexões/informações sobre estes temas tão actuais.

2007-03-24

50º Aniversário do Tratado de Roma

Amanhã, dia 25 de Março, comemoramos os 50 anos da União Europeia.
Uma das questões importantes diz respeito à herança cristã na UE.
Qual é a relação entre a UE e o Cristianismo?
O meu confrade Ignace Berten tem abordado numerosas vezes questões referentes aos valores e à identidade europeia. Concordo com o que ele diz neste artigo, mas convido os meus caros amigos a reagirem ao que ele escreve.
Boa celebração dos 50 anos deste projecto fantástico que é a União Europeia.
Frei Eugénio

A herança cristã na União Europeia
Ignace Berten

Que relação existe entre a União Europeia e o cristianismo?
A civilização cristã impregna o nosso continente que é culturalmente diferente do espaço asiático, por exemplo. Esta diferenciação sugere uma homogeneidade que, contudo, é preciso matizar. O cristianismo europeu está marcado por uma profunda diferença interna: a tradição latina (ou latino-germânica) ocidental e a tradição ortodoxa ou bizantina e eslava oriental. O conjunto ocidental é, ele próprio, caracterizado pelo Iluminismo, produto do cristianismo e, em algumas manifestações, expressão do seu repúdio: esta sociedade é o fruto ao mesmo tempo do cristianismo e da vontade de libertação para com o domínio das Igrejas que, pela sua intolerância, conduziram às guerras de religião.

1.Nomear a herança cristã?
Para uma grande parte da Europa, o cristianismo foi a matriz da cultura durante mais de mil anos: herdávamos os valores veiculados por essa cultura. Não o reconhecer é acto de má fé. Mas querer definir a identidade europeia a partir dessa herança é negar que, alguns valores constitutivos da nossa sociedade – a afirmação dos Direitos Humanos, a liberdade de opinião e de consciência, a democracia – tiveram de ser conquistados contra a Igreja Católica, ainda que hoje reconheçamos a sua sintonia com a ética cristã.
Após ásperas controvérsias, o preâmbulo do projecto de Tratado Constitucional não nomeia as raízes cristãs da Europa. Refere-se sobriamente às “heranças culturais, religiosas e humanistas da Europa”. Devemos alegrar-nos com isso ou lamentá-lo? O meu lamento incide sobre o carácter apaixonado da controvérsia, de uma e de outra parte...
Pela primeira vez nos tratados europeus, a Carta dos Direitos Fundamentais e a Constituição declaram fortemente os valores fundamentais sobre cuja base a União se pretende construir. Esses valores que se ali declaram estão em profunda harmonia com aqueles de que a tradição cristã é portadora. Mais, o próprio conceito de pessoa, fortemente afirmado nesses textos, é uma invenção da teologia cristã; e, quando se afirma como objectivo o bem de todos, “inclusive dos mais frágeis e dos mais carenciados”, esta expressão é um eco evidente da tradição evangélica.

2.Fazer viver a herança cristã
Quer nomeemos ou não as raízes cristãs nos nossos textos constitucionais, o essencial para nós, Igrejas, é fazer viver a herança de que somos os primeiros depositários e que explicitamente reivindicamos.
Esta exigência implica três coisas.
Em primeiro lugar, nós proclamamos valores e dizemos que o Evangelho é para nós a referência. Temos que interrogar-nos permanentemente, de uma forma pessoal enquanto crentes, na nossa vida familiar e relacional, mas também na nossa responsabilidade social ou política, perguntando-nos se somos testemunhas visíveis desses valores que afirmamos e do seu equilíbrio e complementaridade de conjunto: podem defender-se certos valores, no limite da intolerância, negligenciando totalmente outros. Temos também que nos interrogar como comunidades cristãs e como instituição de Igreja: as nossas maneiras de ser e de agir são um verdadeiro testemunho dos valores que declaramos?
Depois, temos que exercer uma função permanente de vigilância evangélica: os textos declaram valores, mas é preciso ainda que as políticas reais sejam a expressão e a aplicação desses valores e que não venham contradizê-los nos factos. Desse ponto de vista, o primado concedido à economia como regra de direito no conjunto dos nossos tratados deixa o social e, portanto, a solidariedade real em situação estrutural de fragilidade: torna-se assim impossível fazer valer o direito ao princípio do “bem de todos os seus habitantes, inclusive dos mais frágeis e dos mais carenciados”. Temos que nos comprometer para refazer o equilíbrio.
Por fim, não basta declarar valores, é preciso também determinar o seu conteúdo. Isso é particularmente verdadeiro no que diz respeito à dignidade humana: como cristãos e como Igrejas, temos de participar activamente no debate da sociedade a fim de determinar colectiva e politicamente as exigências da dignidade humana no respeito do pluralismo, quer dizer, aceitando que, até um certo ponto, possa legitimamente haver diferentes concepções dessa dignidade.
Traduzido por José Victor Adragão. O original, em francês, foi publicado no jornal belga “Libré Belgique”, no dia 20 de Março de 2007, p.23.

2007-03-23

VIVA o EVANGELHO de Domingo, 25 de Março. . . . 5.º da Quaresma

Jo. 8,1-11.
Jesus foi para o Monte das Oliveiras. De madrugada, voltou outra vez para o templo e todo o povo vinha ter com Ele. Jesus sentou-se e pôs-se a ensinar.
Então, os doutores da Lei e os fariseus trouxeram-lhe uma mulher apanhada em adultério, colocaram-na no meio e disseram-lhe:
«Mestre, esta mulher foi apanhada a pecar em flagrante adultério. Moisés, na Lei, mandou-nos matar à pedrada tais mulheres. E Tu que dizes?»
Faziam-lhe esta pergunta para o fazerem cair numa armadilha e terem de que o acusar. Mas Jesus, inclinando-se para o chão, pôs-se a escrever com o dedo na terra. Como insistissem em interrogá-lo, ergueu-se e disse-lhes:
«Quem de vós estiver sem pecado atire-lhe a primeira pedra!»
E, inclinando-se novamente para o chão, continuou a escrever na terra. Ao ouvirem isto, foram saindo um a um, a começar pelos mais velhos, e ficou só Jesus e a mulher que estava no meio deles.
Então, Jesus ergueu-se e perguntou-lhe:
«Mulher, onde estão eles? Ninguém te condenou?»
Ela respondeu: «Ninguém, Senhor.»
Disse-lhe Jesus: «Também Eu não te condeno. Vai e de agora em diante não tornes a pecar.»

2007-03-22

ÁGUA: uma responsabilidade partilhada

Hoje, 22 de Março celebra-se a Jornada Mundial da Água com o tema
«Encarar a penúria de água».

«Para algumas pessoas, a falta de água significa percorrer todos os dias longas distâncias a pé para conseguir a água indispensável - potável ou insalubre - para sobreviver.»
2.º relatório Mundial das Nações Unidas sobre os Recursos de Água

2007-03-20

Sacramentum Caritatis

Bento XVI publicou recentemente a

EXORTAÇÃO APOSTÓLICA PÓS-SINODAL SACRAMENTUM CARITATIS (sobre a Eucarístia)

Já leram?

É longa e tem gerado alguma polémica.

Desafio: ler e partilhar neste REGADOR algumas das ideias que mais marcaram.

Vamos a isso?

2007-03-16

O PAI bom e os FILHOS pintados por Rembrandt

VIVA o EVANGELHO de Domingo, 18 de Março. . . . 4.º da Quaresma

Lc. 15,1-3.11-32.
Aproximavam-se dele todos os cobradores de impostos e pecadores para o ouvirem.
Mas os fariseus e os doutores da Lei murmuravam entre si, dizendo:
«Este acolhe os pecadores e come com eles
Jesus propôs-lhes, então, esta parábola.
[...] «Um homem tinha dois filhos. [...]
[O filho mais novo] levantando-se, foi ter com o pai.
Quando ainda estava longe, o pai viu-o e, enchendo-se de compaixão, correu a lançar-se-lhe ao pescoço e cobriu-o de beijos.
O filho disse-lhe: 'Pai, pequei contra o Céu e contra ti; já não mereço ser chamado teu filho.'
Mas o pai disse aos seus servos:
'Trazei depressa a melhor túnica e vesti-lha; dai-lhe um anel para o dedo e sandálias para os pés. Trazei o vitelo gordo e matai-o; vamos fazer um banquete e alegrar-nos, porque este meu filho estava morto e reviveu, estava perdido e foi encontrado.'
E a festa principiou. [...]

[O outro filho], encolerizado, não queria entrar; mas o seu pai, saindo, suplicava-lhe que entrasse.
Respondendo ao pai, disse-lhe: 'Há já tantos anos que te sirvo sem nunca transgredir uma ordem tua, e nunca me deste um cabrito para fazer uma festa com os meus amigos; e agora, ao chegar esse teu filho, que gastou os teus bens com meretrizes, mataste-lhe o vitelo gordo.'
O pai respondeu-lhe:
'Filho, tu estás sempre comigo, e tudo o que é meu é teu. Mas tínhamos de fazer uma festa e alegrar-nos, porque este teu irmão estava morto e reviveu; estava perdido e foi encontrado.'»

2007-03-10

Figueira

VIVA o EVANGELHO de Domingo, 11 de Março, . . . . 4.º da Quaresma

Lc. 13,1-9.
Nessa ocasião, apareceram alguns a falar-lhe dos galileus, cujo sangue Pilatos tinha misturado com o dos sacrifícios que eles ofereciam. Respondeu-lhes:
«Julgais que esses galileus eram mais pecadores que todos os outros galileus, por terem assim sofrido?
Não, Eu vo-lo digo; mas, se não vos converterdes, perecereis todos igualmente. [...]»
Disse-lhes, também, a seguinte parábola:
«Um homem tinha uma figueira plantada na sua vinha e foi lá procurar frutos, mas não os encontrou. Disse ao encarregado da vinha:
'Há três anos que venho procurar fruto nesta figueira e não o encontro. Corta-a; para que está ela a ocupar a terra?'
Mas ele respondeu:
'Senhor, deixa-a mais este ano, para que eu possa escavar a terra em volta e deitar-lhe estrume.
Se der frutos na próxima estação, ficará;
senão, poderás cortá-la.'»

2007-03-09

Dia 7 de Março também foi de parabéns para o Frei


Dia 7 de Março fez também o frei Eugénio 40 anos de "profissão". Como não tive oportunidade de lhe falar, nem de vir ao Regador deixar cair umas gotinhas, faço-o hoje com dois dias de atraso, visto ser ele um dos pioneiros do blog.

Mas faço-o também pelo muito que todos lhe devemos e não tenho receio de falar por todos os que se apresentaram como "bloguistas" neste espaço, pois sei bem o que ele tem representado nas nossas vidas. Agradeço a Deus a benção de o ter posto no meu caminho e, se é certo que não devemos procurar ser exaltados neste mundo, pois a verdadeira recompensa está nos Céus, a amizade não pode deixar de reconhecer a "mão que nos ajuda".

Parabéns por estes 40 anos e obrigado pela opção que nesse dia fez e que permitiu que recebamos tanto de si.

2007-03-07

1º ANO



PARABÉNS!

O Regador nasceu há 1 ano!

Visitas: 10.100

Posts: mais de 300

Comentários: muitos, mas... ficamos à espera de mais!

2007-03-02

VIVA o EVANGELHO de Domingo 4 de Março, . . . . 2.º da QUARESMA

Lc. 9,28-36.
Uns oito dias depois [...], levando consigo Pedro, João e Tiago, Jesus subiu ao monte para orar.
Enquanto orava, o aspecto do seu rosto modificou-se, e as suas vestes tornaram-se de uma brancura fulgurante. E dois homens conversavam com Ele: Moisés e Elias, os quais, aparecendo rodeados de glória, falavam da sua morte, que ia acontecer em Jerusalém.
Pedro e os companheiros estavam a cair de sono; mas, despertando, viram a glória de Jesus e os dois homens que estavam com Ele. Quando eles iam separar-se de Jesus, Pedro disse-lhe:
«Mestre, é bom estarmos aqui. Façamos três tendas: uma para ti, uma para Moisés e outra para Elias.»
Não sabia o que estava a dizer. Enquanto dizia isto, surgiu uma nuvem que os cobriu e, quando entraram na nuvem, ficaram atemorizados. E da nuvem veio uma voz que disse:
«Este é o meu Filho predilecto. Escutai-O.»
.
Quando a voz se fez ouvir, Jesus ficou só. Os discípulos guardaram silêncio e, naqueles dias, nada contaram a ninguém do que tinham visto.

2007-02-26

Referendo ao Aborto: a luta continua

O estímulo do frei Eugénio no seu último post leva-me a continuar a desenvolver algumas ideias e comentários sobre o tema do Referendo sobre o Aborto, eufemisticamente chamado de Referendo sobre a Interrupção Voluntária da Gravidez. E, ao contrário do que diz o frei Eugénio, cujos elogios não mereço, este não é um acto de coragem, mas uma necessidade de cristão que, ao escrever tais textos, procura também esclarecer a sua consciência.

Mas vamos ao que importa, ou seja, ao pós referendo.

Este domingo foi fértil em notícias sobre o tema, uma das quais me sugeriu o título deste post. No jornal Público pude ler uma notícia sobre reuniões dos movimentos pelo Sim e pelo Não e, nessa entrevista, dois aspectos me chamaram a atenção.

Na primeira parte da entrevista, dedicada aos defensores do Sim, são de salientar as declarações do médico António Marinho, de Coimbra, o qual diz: “A luta ainda não acabou” referindo-se ao facto de estar ainda a elaborar-se a legislação que vai regulamentar as condições em que se pode praticar o aborto. Esta frase é a introdução para uma preocupação deste movimento e que este médico refere como “a necessidade da nova lei não contemplar qualquer estrutura externa que vá influenciar a decisão da mulher, o que, na sua opinião, seria ilegítimo à luz da pergunta colocada no referendo”.

Esta declaração mostra bem que, por trás da forma como a pergunta do referendo estava “montada”, facto a que aludi num post anterior, existia claramente a intenção, pura e dura, de liberalizar o aborto. Ou seja, ao contrário do que politicamente se assumia para defender o referendo e legitimar a mudança da legislação existente, não se pretendia com esta figura referendária lutar contra o aborto clandestino, mas dar mais um passo para liberalizar esta prática, tornando-a uma decisão apenas da mulher.

Já na continuação do texto da notícia se pode ler que os movimentos pelo Não se reuniram também e, para além de algumas propostas legítimas para que a nova legislação possa minimizar o atentado ao valor fundamental da Vida, para que dê oportunidade às mulheres de terem a opção apoiado pelo “não aborto”, nomeadamente com apoios financeiros de igual valor ao custo assumido para a pratica desse acto, e para que o Estado apoie os movimentos de à mulher e às crianças em dificuldade, deixaram, no final, um apelo para que os vários grupos do Não se empenhem na criação e dinamização de instituições de apoio à vida.

Este último apelo é também uma interpelação a todos os cristãos para que se associem, como apelei no último post, por todas as formas possíveis, a estas iniciativas. É este também o apelo essencial que o post do frei Eugénio reflecte, e que consubstancia na frase “A Igreja é um Povo de Deus, que precisa da prática da fé de todos os fiéis”.

Uma segunda notícia, pude lê-la no ZENIT, publicada no dia 2007/02/25 sob o título “Decisões mortais: Continua o debate sobre a eutanásia”, da autoria do padre John Flynn, Nela se refere a certo passo “A eutanásia não somente servirá para os anciãos. Cada vez se pressiona mais para que se pratique a recém-nascidos que sofrem de enfermidades ou deficiências. O Royal College of Obstetricians and Gynecology do Reino Unido propôs que se considerasse a «eutanásia activa» para bebés enfermos, informou em 5 de Novembro o Sunday Times” e, mais à frente, “A proposta foi apresentada numa comunicação enviada pelo colégio a uma investigação do Nuffield Council of Bioethics sobre o tema de prolongar a vida dos bebés recém-nascidos. A sua comunicação recebeu o apoio de John Harris, membro da Comissão de Genética Humana do governo e professor de bioética na Universidade de Manchester, informava o Sunday Times. «Podemos pôr fim (a uma vida) para que uma grave anormalidade fetal não acabe em nascimento; porém, não podemos matar um recém-nascido. O que é que as pessoas pensam que ocorre ao passar o canal do nascimento para que dêem a sua aprovação a matar um feto de um lado de dito canal, porém não no outro?», perguntava.”

Esta notícia, vem recolocar o problema que já levantei no fim do meu último post, acerca da eutanásia. E vem mostrar, também, a face de um Mal muito maior, duma verdadeira “Caixa de Pandora” que a sociedade ocidental está a abrir. Estas são, porventura, as portas do Abismo a que se referia o Evangelho que então citei. E no Evangelho deste domingo também líamos “Tendo esgotado toda a espécie de tentação, o diabo retirou-se de junto dele, até um certo tempo.”. Oxalá, não seja este o seu tempo.

Finalmente, o artigo de opinião do padre Anselmo Borges, publicado no Diário de Notícias sob o título “Depois do Referendo, o quê?”. Neste artigo, o padre Anselmo Borges começa por fazer a sua defesa contra interpretações erradas das suas posições sob este tema durante a campanha para o referendo, nomeadamente a leitura feita pelos movimentos ligados ao Sim. Embora esteja de acordo com o essencial do texto, não posso deixar de dizer que o padre Anselmo viu ser interpretada a ambiguidade da sua posição que deixou, claramente, em muitas pessoas a ideia da sua opção incondicional pelo Sim, sem as “desculpas” expressas neste texto. Eu próprio senti, pessoalmente, essa posição.

Mas ainda, a respeito deste texto, não posso deixar de ressaltar um aspecto com o qual, ao contrário do que se passa com o resto do artigo, não posso estar totalmente de acordo. Diz, a certa altura, o padre Anselmo Borges que “…dificilmente alguém poderá dizer que até às dez semanas o abortamento é um homicídio, por outro, não se pode negar que destrói um ser vivo da espécie humana.”.

Ora, se não é um homicídio, tal como a jurisprudência o define, já do ponto de vista da moral cristã deverá ter um valor idêntico ao desse acto pois trata-se da destruição da VIDA. E, em minha opinião, isto deve ser claramente acentuado por aqueles que se dizem cristãos, sem qualquer julgamento para com aqueles que não acreditam neste conceito de vida. Mas, se não somos firmes na defesa dos valores em que acreditamos, estamos a abri as portas para que se insinuem outros valores que contrariam a moral cristã em aspectos que reputo de essenciais. É por este motivo que, em minha opinião, o papel de um cristão tem que ser claro e autêntico. Compete-nos, não o julgamento dos outros, mas o seu convencimento de que o mundo que concebemos e os valores que o norteiam, são os necessários ao homem e à sua salvação. E devemos fazê-lo à maneira de Jesus: sem julgamento e com perdão.

Fica, assim, mais este contributo para o tema. A ele regressarei quantas vezes for necessário para o debate de ideias que possam aparecer, na certeza de que um bom desafio é sempre algo estimulante e esclarecedor, se feito com paciência e firmeza. Valerá a pena, neste aspecto, atentarmos nas palavras do Evangelho de hoje, Primeiro Domingo da Quaresma (Lc. 4, 1-13) e perceber como o Senhor aceita com paciência as palavras do diabo, resistindo a impor-lhe o Seu poder, e atentando na firmeza com que resiste a todas as tentações recorrendo aos textos da Sagrada Escritura e a palavras de paz.

Finalmente, deixo um texto de apelo dos Movimentos pela Vida que recolhi no site da Agência Ecclesia onde estão manifestas as principais preocupações do mesmo com as quais me identifico e que, por isso, divulgo.

2007-02-24

NO RESCALDO DO REFERENDO AO ABORTO (III)


Apreciei muito o bem pensado comentário do Hugo no "Rescaldo do referendo -II".
Acho notável o desassombro e coragem que revela em escrever na internet o que pensa e o que acredita pessoalmente como cristão e como homem atento ao que vive, correndo o risco da censura de dentro e de fora da Igreja.
É uma intervenção desafiante! Para mim já resultou!
Espero poder continuar a sua reflexão, pois o pos-referendo é um caminho que pede muito fôlego e persistência, para ajudar quem quer ser pai e mãe, quem quer ter uma sexualidade responsável e quem se vê em situações dramáticas que a sociedade "empurra" para o aborto.
Há a meu ver há uma questão central para nós católicos e que o António Marujo levanta: a doutrina oficial Igreja Católica tem sérios desencontros com a reflexão e prática de católicos que procuram viver a fundo a sua fé e que procuram esclarecer a sua consciência de forma evangélica. Os discernimentos que fazem não cabem no quadro da doutrina oficial da Igreja Católica. Ora isto não é novo na longa História da Igreja. A Hierarquia, tem um lugar essencial, mas não tem o "monopólio" do Espirito Santo. A Igreja é um Povo de Deus, que precisa da prática da fé de todos os fiéis.
Ora nestas questões da vida, do amor e da sexualidade, os católicos encontram-se diante de situações nas quais têm de tomar decisões e ter opções que podem não coincidir com as posições "oficiais" da hierarquia.
Esta a meu ver é uma questão que está subjacente ao que o Hugo aborda . Espero que possa ser continuada neste espaço do Regador.

2007-02-23

VIVA o EVANGELHO de Domingo 18 de Fevereiro, 1.º da QUARESMA

Lc. 4,1-13.
Cheio do Espírito Santo, Jesus retirou-se do Jordão e foi levado pelo Espírito ao deserto, onde esteve durante quarenta dias, e era tentado pelo diabo.
Não comeu nada durante esses dias e, quando eles terminaram, sentiu fome. Disse-lhe o diabo:
«Se és Filho de Deus, diz a esta pedra que se transforme em pão.»
Jesus respondeu-lhe:
«Está escrito: Nem só de pão vive o homem
Levando-o a um lugar alto, o diabo mostrou-lhe, num instante, todos os reinos do universo e disse-lhe:
«Dar-te-ei todo este poderio e a sua glória, porque me foi entregue e dou-o a quem me aprouver. Se te prostrares diante de mim, tudo será teu.»
Jesus respondeu-lhe:
«Está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás e só a Ele prestarás culto
Em seguida, conduziu-o a Jerusalém, colocou-o sobre o pináculo do templo e disse-lhe:
«Se és Filho de Deus, atira-te daqui abaixo, pois está escrito: Aos seus anjos dará ordens a teu respeito, a fim de que eles te guardem; e também: Hão-de levar-te nas suas mãos, com receio de que firas o teu pé nalguma pedra.»
Disse-lhe Jesus:
«Não tentarás ao Senhor, teu Deus
Tendo esgotado toda a espécie de tentação, o diabo retirou-se de junto dele, até um certo tempo.

2007-02-22

BP


«O melhor meio para alcançar a felicidade é contribuir para a felicidade dos outros

«Procurai deixar o mundo um pouco melhor de que o encontrastes»

Faz hoje 150 anos que nasceu em Londres Robert Stephenson Smith Baden-Powell, que mais tarde seria famoso como fundador do Escutismo.

Estas palavras de BP são uma exortação ao empenhamento cívico de cada homem e mulher, concordante com o apelo de Hugo Meireles no post antecedente e que é cada vez mais uma necessidade.

No Rescaldo do Referendo ao Aborto (II)

Assumi o risco de plagiar o título do post do Paulo pelo simples motivo de, na segunda-feira 19, ter lido duas notícias que me sugeriram exactamente este título para um comentário. Como a causa é boa, espero que ele não leve a mal.

Mas vamos ao assunto. Como o Paulo, não posso também estar mais de acordo com o texto publicado no Público, da autoria de António Marujo e ele veio reforçar mais a minha íntima convicção de que, a nós cristãos, cabe um papel fundamental nesta luta contra o aborto, não pelos meios que os defensores do Sim propõe, mas pelo apoio a todas as acções que venham em defesa das mães e dos filhos rejeitados.

Notícias como as que referi, uma publicada no JN com o título “Despedimento de grávidas não para de aumentar” link ou a outra publicada no Público, no mesmo dia, com o título “Ter os filhos com gripe nas creches para não faltar ao trabalho é risco para a saúde pública”, dão-nos conta das enormes dificuldades que as mulheres enfrentam para conseguirem uma maternidade tranquila e responsável.

É neste aspecto que faz todo o sentido que, aqueles que se dizem cristãos, se unam e defendam não só o valor da vida, mas também os meios para promover essa defesa. E, António Marujo, põe o dedo em algumas “feridas”, quando fala, por exemplo, na Associação de Empresários Católicos. Que posição toma esta associação a respeito do problema levantado no artigo do JN? E no artigo do Público?

Será que esses empresários defendem um maior acompanhamento, por parte das mães, aos seus filhos doentes e protegem a mulher grávida, admitindo-as nas suas empresas, ou apoiando-as durante a fase da gravidez e do pós-parto? Sei, por experiência própria, dado o cargo que ocupo desde há nove anos, os inconvenientes que uma gravidez numa mulher com um cargo de alguma responsabilidade dentro de uma empresa pode significar. Mas sei também, pela mesma experiência, que nenhuma dessas dificuldades é insuperável e digo isto como fruto da experiência vivida de ter de ultrapassar muitas gravidezes, por ventura indejáveis para a empresa, mas importantes para o futuro da nossa sociedade.

E nós que nos dizemos cristãos, qual o nosso envolvimento? Não tenho dúvida de que cada um de nós, à sua maneira, terá possibilidade de contribuir para apoiar organizações de luta pela defesa da Vida e/ou de apoio às mães grávidas ou aos filhos abandonados. Ou então não acreditamos nas palavras de Jesus quando Ele diz: “Tudo aquilo que fizeres a estes pequeninos, é a mim que o fazeis”.

Podemos, e devemos, aproveitar este espaço para debater as formas de apoio necessárias, as acções a desenvolver e o esclarecimento da consciência adormecida de muitos de nós, no que respeita à defesa do valor essêncial da vida humana. E hoje falamos do aborto, mas não podemos esquecer outra luta que se aproxima cada vez mais e em que o valor da vida é também posto em causa – a Eutanásia. A este propósito, vale a pena ler uma entrevista com a directora do Organismo Católico para a Vida e a Família do Canadá, Michele Boulva, publicada no ZENIT link, na qual saliento particularmente o seguinte trecho: “… Em nossa sociedade que envelhece, que tem de enfrentar o aumento dos custos dos cuidados paliativos, o chamado «direito de morrer» correria o risco de converter-se em um «dever de morrer»”. Ou seja, podemos vir a ser confrontados com uma sociedade que em nome do bem dos mais fortes, do seu hedonismo e egocentrismo, destroi os mais fracos.

Não quero terminar sem lembrar as palavras do Evangelho de hoje que deveriam ser suficientes para nos encher de esperança e acreditarmos que esta é luta para vencer. De facto Jesus diz-nos “…sobre esta Pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do Abismo nada poderão contra ela.” Ora nós fazemos parte dessa Igreja, pelo que, se acreditamos em Jesus, então podemos ajudar nesta luta contra o Mal e o aborto, o qual, pese embora toda a defesa que dele se possa fazer em nome das mulheres, é um mal em si próprio que devemos, por todos os meios, ajudar a evitar.

2007-02-21

Mensagem para a Quaresma 2007

imagem copiada de
«A Quaresma seja para cada cristão uma experiência renovada do amor de Deus que nos foi dado em Cristo, amor que todos os dias devemos, por nossa vez, «dar novamente» ao próximo, sobretudo a quem mais sofre e é necessitado. Só assim poderemos participar plenamente da alegria da Páscoa.»
São estes os votos do Papa na sua Mensagem para a Quaresma deste ano.

a QUARESMA começa HOJE

«É agora o tempo favorável, é agora o tempo da salvação.»
2 Cor. 5, 2

QUARESMA 2007 - alguns sítios (sites) na rede:
proposto pelos dominicanos do convento de Lille,
- «Notre-Dame du Web»
«um verdadeiro centro espiritual inaciano em linha»,
- «Quaresma ao domicílio»
preparado pela diocese de Dijon, também em espanhol e alemão,
- «Especial Quaresma»
«combate pela vida».

2007-02-20

CARNAVAL: Alegria e Fantasia

Os dias de Carnaval são sempre momentos em que
alternativas ao "status quo" podem ser imaginadas!

No rescaldo do referendo ao aborto

Vale a pena ler na integra este artigo do António Marujo, no Público de hoje (sem link directo).

Concordo no essencial com ele.

E acho que é importante que após o referendo, em Igreja, se debata e reflicta sobre o resultado e as leituras que dele se podem e devem fazer.

Eis as ideias essenciais de António Marujo:

A doutrina oficial católica e de alguns sectores da Igreja em matéria de aborto tem vários alçapões, antes de tocar o problema maior. Essa foi uma razão para a derrota do "não" no referendo.
1. A recusa da educação sexual nas escolas, com medo dos "valores" que se perdem, da "ameaça" à família, da "redução" à biologia. (...) o cardeal-patriarca de Lisboa escreveu que a educação sexual "é bem-vinda e necessária". Mas essa não é a ideia de muitos responsáveis católicos.
2. A recusa da contracepção e do planeamento familiar. O planeamento familiar não é um problema do método que se utiliza, mas uma questão de como se educa para a maternidade e a paternidade responsáveis.
3. No aborto, há dramas sérios que as pessoas vivem, situações que só cada um, perante a sua consciência (perante Deus, para os crentes), pode avaliar. Em 1994, o Papa João Paulo II beatificou a italiana Gianna Beretta Molla que, em 1962, decidiu levar até ao fim uma gravidez de risco, sabendo que podia morrer e deixar viúvo o marido (que a apoiou) e órfãos os outros três filhos que já tinha. Uma decisão difícil e legítima. Uma mulher que decidisse abortar para não morrer e poder, assim, acompanhar marido e filhos, não deveria merecer o mesmo respeito da parte de quem anuncia, como se diz, o evangelho da misericórdia?
4. O discurso católico poderia ter sido o da compreensão perante o drama do aborto (por exemplo, para com os casos previstos na lei em vigor desde 1984). Poderia, mesmo, ter sido o de exigir que a lei fosse cumprida de forma a evitar o recurso ao aborto clandestino - esse, um mal maior. Mas ele foi sempre o de se opor ao que viria a seguir.
5. A mesma preocupação com o início da vida deveria existir para a vida em processo. É que ela só é digna com possibilidade de cada um se poder realizar, com comida, casa e trabalho acessíveis a todos.
Em 1984, quando a primeira lei sobre o aborto foi aprovada no Parlamento, o objectivo era o de acabar com o aborto clandestino. Oxalá que o país seja capaz, agora, de resolver o problema. Para que, daqui a mais 10 anos, não se esteja a votar num novo referendo.

2007-02-15

...o vosso PAI é MISERICORDIOSO

VIVA o EVANGELHO de Domingo 18 de Fevereiro

Lc. 6,27-38.
«Digo-vos, porém, a vós que me escutais:
Amai os vossos inimigos, fazei bem aos que vos odeiam, abençoai os que vos amaldiçoam, rezai pelos que vos caluniam. [...]
Amai os vossos inimigos, fazei o bem e emprestai, sem nada esperar em troca.
Então, a vossa recompensa será grande e sereis filhos do Altíssimo, porque Ele é bom até para os ingratos e os maus.
Sede misericordiosos como o vosso Pai é misericordioso.»
«Não julgueis e não sereis julgados;
não condeneis e não sereis condenados;
perdoai e sereis perdoados.
Dai e ser-vos-á dado: uma boa medida, cheia, recalcada, transbordante será lançada no vosso regaço.
A medida que usardes com os outros será usada convosco.»

A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos...

“Depois disto, o Senhor designou outros setenta e dois discípulos e enviou-os dois a dois, à sua frente, a todas as cidades e lugares aonde Ele havia de ir. Disse-lhes: «A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos. Rogai, portanto, ao dono da messe que mande trabalhadores para a sua messe.” Lc. 10,2.
(do Evangelho de hoje, 14 de Fevereiro de 2007)

Escrevi há meses, num comentário que fiz a um post do REGADOR, que era necessário que houvesse mais participação e que se animasse o debate para que, através das várias opiniões expressas, se pudesse caminhar para um maior esclarecimento de todos os que aceitam participar neste espaço. Resumia a minha participação, nessa altura, a simples comentários aos textos que iam sendo “postados”.

Entretanto, há dias, vi um comentário da Pequenina em que dizia não ter o hábito de se manisfestar, talvez por insegurança. Esta insegurança não é só dela, é também de muitos de nós que nem sempre temos coragem de dar a cara. Mas, por isso mesmo, devemos apoiarmo-nos uns aos outros, para que todos saibamos e possamos dar a cara e defender as nossas opiniões. Se estiverem certas, servirão para escalarecer os outros e ajudá-los; se estiverem erradas, irão, certamente, desencadear as opiniões contrárias que nos permitirão evoluir no nosso pensamento, e melhor esclarecer a nossa consciência de cristãos.

Tendo em conta a passagem do Evangelho de hoje que acima transcrevo, e considerando que me aceitaram como um parceiro activo dest Blog, não posso deixar de reiterar o apelo que então fiz. Esta é uma forma de contribuir para a evangelização de que Jesus falava e para a qual nos deixou o seu apelo. E não é nosso dever de cristãos fazer a vontade de Jesus?

Este é, de facto, mais um desafio que Jesus nos coloca e ao qual temos o dever de responder. E este até é um dos desafio mais fáceis de assumir, se perdermos a vergonha de dar a cara e defender as nossas ideias. Eu já perdi e sei que tenho dito, e vou continuar a dizer, muitas asneiras, e que vou ter o frei Eugénio a “puxar-me as orelhas”. Mas não me importo. Com as críticas dele – e as vossas, está claro – vou conseguir aprender mais e esclarecer melhor as minhas ideias.

E se atentarmos no último post do Paulo, sobre a percentagem de católicos no mundo, vemos bem como são necessários trabalhadores para a messe do Senhor.

Oxalá muitos aceitem o desafio, pois este espaço é também, como tem sido hábito, mercê do “alimento” que o Paulo e a Domingas nos vão deixando, um espaço de oração em que podemos “dar as mãos” e irmanarmo-nos numa comunhão que responda ao outro desafio de Jesus: “Pois onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles”. E este é um espaço de união entre nós, onde Jesus também vai estar.