2007-03-30

VIVA o EVANGELHO de Domingo, 1 de Abril. . . . Domingo de RAMOS

Lc. 22,14-71.23,1-56.
Quando chegou a hora, pôs-se à mesa e os Apóstolos com Ele. Disse-lhes:
«Tenho ardentemente desejado comer esta Páscoa convosco, antes de padecer, pois digo-vos que já não a voltarei a comer até ela ter pleno cumprimento no Reino de Deus.»
Tomando uma taça, deu graças e disse:
«Tomai e reparti entre vós, pois digo-vos que não tornarei a beber do fruto da videira, até chegar o Reino de Deus.»
Tomou, então, o pão e, depois de dar graças, partiu-o e distribuiu-o por eles, dizendo:
«Isto é o meu corpo, que vai ser entregue por vós; fazei isto em minha memória.»
Depois da ceia, fez o mesmo com o cálice, dizendo:
«Este cálice é a nova Aliança no meu sangue, que vai ser derramado por vós.»
«No entanto, vede: a mão daquele que me vai entregar está comigo à mesa! O Filho do Homem segue o seu caminho, como está determinado; mas ai daquele por meio de quem vai ser entregue!»
[...]
Quando chegaram ao lugar chamado Calvário, crucificaram-no a Ele e aos malfeitores, um à direita e outro à esquerda. Jesus dizia:
«Perdoa-lhes, Pai, porque não sabem o que fazem.»
Depois, deitaram sortes para dividirem entre si as suas vestes. O povo permanecia ali, a observar; e os chefes zombavam, dizendo:
«Salvou os outros; salve-se a si mesmo, se é o Messias de Deus, o Eleito.»
Os soldados também troçavam dele. Aproximando-se para lhe oferecerem vinagre, diziam:
«Se és o rei dos judeus, salva-te a ti mesmo!»
E por cima dele havia uma inscrição: «Este é o rei dos judeus.»
Ora, um dos malfeitores que tinham sido crucificados insultava-o, dizendo:
«Não és Tu o Messias? Salva-te a ti mesmo e a nós também.»
Mas o outro, tomando a palavra, repreendeu-o:
«Nem sequer temes a Deus, tu que sofres o mesmo suplício? Quanto a nós, fez-se justiça, pois recebemos o castigo que as nossas acções mereciam; mas Ele nada praticou de condenável.»
E acrescentou:
«Jesus, lembra-te de mim, quando estiveres no teu Reino.»
Ele respondeu-lhe:
«Em verdade te digo: hoje estarás comigo no Paraíso.»
Por volta do meio-dia, as trevas cobriram toda a região até às três horas da tarde. O Sol tinha-se eclipsado e o véu do templo rasgou-se ao meio. Dando um forte grito, Jesus exclamou:
«Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito.»
Dito isto, expirou.
Ao ver o que se passava, o centurião deu glória a Deus, dizendo:
«Verdadeiramente, este homem era justo!»
E toda a multidão que se tinha aglomerado para este espectáculo, vendo o que acontecera, regressava batendo no peito.
Todos os seus conhecidos e as mulheres que o tinham acompanhado desde a Galileia mantinham-se à distância, observando estas coisas.
Um membro do Conselho, chamado José, homem recto e justo, não tinha concordado com a decisão nem com o procedimento dos outros. Era natural de Arimateia, cidade da Judeia, e esperava o Reino de Deus. Foi ter com Pilatos e pediu-lhe o corpo de Jesus.
Descendo-o da cruz, envolveu-o num lençol e depositou-o num sepulcro talhado na rocha, onde ainda ninguém tinha sido sepultado.
Era o dia da Preparação e já começava o sábado.
Entretanto, as mulheres que tinham vindo com Ele da Galileia acompanharam José, observaram o túmulo e viram como o corpo de Jesus fora depositado. Ao regressar, prepararam aromas e perfumes; e, durante o sábado, observaram o descanso, conforme o preceito.

2007-03-25

Acutilante

Acrescentei à lista de blogs “por onde vale a pena regar” o ACUTILANTE®.
É um blog sobre política internacional com muitas informações interessantes e fiáveis.
José Pedro Teixeira Fernandes, o seu autor, é doutorado em Ciência Política e Relações Internacionais, estando especialmente interessado na investigação do islamismo, do multiculturalismo e dos problemas dos alargamentos da UE aos Balcãs e à Turquia.
E partilha no seu blog as suas reflexões/informações sobre estes temas tão actuais.

2007-03-24

50º Aniversário do Tratado de Roma

Amanhã, dia 25 de Março, comemoramos os 50 anos da União Europeia.
Uma das questões importantes diz respeito à herança cristã na UE.
Qual é a relação entre a UE e o Cristianismo?
O meu confrade Ignace Berten tem abordado numerosas vezes questões referentes aos valores e à identidade europeia. Concordo com o que ele diz neste artigo, mas convido os meus caros amigos a reagirem ao que ele escreve.
Boa celebração dos 50 anos deste projecto fantástico que é a União Europeia.
Frei Eugénio

A herança cristã na União Europeia
Ignace Berten

Que relação existe entre a União Europeia e o cristianismo?
A civilização cristã impregna o nosso continente que é culturalmente diferente do espaço asiático, por exemplo. Esta diferenciação sugere uma homogeneidade que, contudo, é preciso matizar. O cristianismo europeu está marcado por uma profunda diferença interna: a tradição latina (ou latino-germânica) ocidental e a tradição ortodoxa ou bizantina e eslava oriental. O conjunto ocidental é, ele próprio, caracterizado pelo Iluminismo, produto do cristianismo e, em algumas manifestações, expressão do seu repúdio: esta sociedade é o fruto ao mesmo tempo do cristianismo e da vontade de libertação para com o domínio das Igrejas que, pela sua intolerância, conduziram às guerras de religião.

1.Nomear a herança cristã?
Para uma grande parte da Europa, o cristianismo foi a matriz da cultura durante mais de mil anos: herdávamos os valores veiculados por essa cultura. Não o reconhecer é acto de má fé. Mas querer definir a identidade europeia a partir dessa herança é negar que, alguns valores constitutivos da nossa sociedade – a afirmação dos Direitos Humanos, a liberdade de opinião e de consciência, a democracia – tiveram de ser conquistados contra a Igreja Católica, ainda que hoje reconheçamos a sua sintonia com a ética cristã.
Após ásperas controvérsias, o preâmbulo do projecto de Tratado Constitucional não nomeia as raízes cristãs da Europa. Refere-se sobriamente às “heranças culturais, religiosas e humanistas da Europa”. Devemos alegrar-nos com isso ou lamentá-lo? O meu lamento incide sobre o carácter apaixonado da controvérsia, de uma e de outra parte...
Pela primeira vez nos tratados europeus, a Carta dos Direitos Fundamentais e a Constituição declaram fortemente os valores fundamentais sobre cuja base a União se pretende construir. Esses valores que se ali declaram estão em profunda harmonia com aqueles de que a tradição cristã é portadora. Mais, o próprio conceito de pessoa, fortemente afirmado nesses textos, é uma invenção da teologia cristã; e, quando se afirma como objectivo o bem de todos, “inclusive dos mais frágeis e dos mais carenciados”, esta expressão é um eco evidente da tradição evangélica.

2.Fazer viver a herança cristã
Quer nomeemos ou não as raízes cristãs nos nossos textos constitucionais, o essencial para nós, Igrejas, é fazer viver a herança de que somos os primeiros depositários e que explicitamente reivindicamos.
Esta exigência implica três coisas.
Em primeiro lugar, nós proclamamos valores e dizemos que o Evangelho é para nós a referência. Temos que interrogar-nos permanentemente, de uma forma pessoal enquanto crentes, na nossa vida familiar e relacional, mas também na nossa responsabilidade social ou política, perguntando-nos se somos testemunhas visíveis desses valores que afirmamos e do seu equilíbrio e complementaridade de conjunto: podem defender-se certos valores, no limite da intolerância, negligenciando totalmente outros. Temos também que nos interrogar como comunidades cristãs e como instituição de Igreja: as nossas maneiras de ser e de agir são um verdadeiro testemunho dos valores que declaramos?
Depois, temos que exercer uma função permanente de vigilância evangélica: os textos declaram valores, mas é preciso ainda que as políticas reais sejam a expressão e a aplicação desses valores e que não venham contradizê-los nos factos. Desse ponto de vista, o primado concedido à economia como regra de direito no conjunto dos nossos tratados deixa o social e, portanto, a solidariedade real em situação estrutural de fragilidade: torna-se assim impossível fazer valer o direito ao princípio do “bem de todos os seus habitantes, inclusive dos mais frágeis e dos mais carenciados”. Temos que nos comprometer para refazer o equilíbrio.
Por fim, não basta declarar valores, é preciso também determinar o seu conteúdo. Isso é particularmente verdadeiro no que diz respeito à dignidade humana: como cristãos e como Igrejas, temos de participar activamente no debate da sociedade a fim de determinar colectiva e politicamente as exigências da dignidade humana no respeito do pluralismo, quer dizer, aceitando que, até um certo ponto, possa legitimamente haver diferentes concepções dessa dignidade.
Traduzido por José Victor Adragão. O original, em francês, foi publicado no jornal belga “Libré Belgique”, no dia 20 de Março de 2007, p.23.

2007-03-23

VIVA o EVANGELHO de Domingo, 25 de Março. . . . 5.º da Quaresma

Jo. 8,1-11.
Jesus foi para o Monte das Oliveiras. De madrugada, voltou outra vez para o templo e todo o povo vinha ter com Ele. Jesus sentou-se e pôs-se a ensinar.
Então, os doutores da Lei e os fariseus trouxeram-lhe uma mulher apanhada em adultério, colocaram-na no meio e disseram-lhe:
«Mestre, esta mulher foi apanhada a pecar em flagrante adultério. Moisés, na Lei, mandou-nos matar à pedrada tais mulheres. E Tu que dizes?»
Faziam-lhe esta pergunta para o fazerem cair numa armadilha e terem de que o acusar. Mas Jesus, inclinando-se para o chão, pôs-se a escrever com o dedo na terra. Como insistissem em interrogá-lo, ergueu-se e disse-lhes:
«Quem de vós estiver sem pecado atire-lhe a primeira pedra!»
E, inclinando-se novamente para o chão, continuou a escrever na terra. Ao ouvirem isto, foram saindo um a um, a começar pelos mais velhos, e ficou só Jesus e a mulher que estava no meio deles.
Então, Jesus ergueu-se e perguntou-lhe:
«Mulher, onde estão eles? Ninguém te condenou?»
Ela respondeu: «Ninguém, Senhor.»
Disse-lhe Jesus: «Também Eu não te condeno. Vai e de agora em diante não tornes a pecar.»

2007-03-22

ÁGUA: uma responsabilidade partilhada

Hoje, 22 de Março celebra-se a Jornada Mundial da Água com o tema
«Encarar a penúria de água».

«Para algumas pessoas, a falta de água significa percorrer todos os dias longas distâncias a pé para conseguir a água indispensável - potável ou insalubre - para sobreviver.»
2.º relatório Mundial das Nações Unidas sobre os Recursos de Água

2007-03-20

Sacramentum Caritatis

Bento XVI publicou recentemente a

EXORTAÇÃO APOSTÓLICA PÓS-SINODAL SACRAMENTUM CARITATIS (sobre a Eucarístia)

Já leram?

É longa e tem gerado alguma polémica.

Desafio: ler e partilhar neste REGADOR algumas das ideias que mais marcaram.

Vamos a isso?

2007-03-16

O PAI bom e os FILHOS pintados por Rembrandt

VIVA o EVANGELHO de Domingo, 18 de Março. . . . 4.º da Quaresma

Lc. 15,1-3.11-32.
Aproximavam-se dele todos os cobradores de impostos e pecadores para o ouvirem.
Mas os fariseus e os doutores da Lei murmuravam entre si, dizendo:
«Este acolhe os pecadores e come com eles
Jesus propôs-lhes, então, esta parábola.
[...] «Um homem tinha dois filhos. [...]
[O filho mais novo] levantando-se, foi ter com o pai.
Quando ainda estava longe, o pai viu-o e, enchendo-se de compaixão, correu a lançar-se-lhe ao pescoço e cobriu-o de beijos.
O filho disse-lhe: 'Pai, pequei contra o Céu e contra ti; já não mereço ser chamado teu filho.'
Mas o pai disse aos seus servos:
'Trazei depressa a melhor túnica e vesti-lha; dai-lhe um anel para o dedo e sandálias para os pés. Trazei o vitelo gordo e matai-o; vamos fazer um banquete e alegrar-nos, porque este meu filho estava morto e reviveu, estava perdido e foi encontrado.'
E a festa principiou. [...]

[O outro filho], encolerizado, não queria entrar; mas o seu pai, saindo, suplicava-lhe que entrasse.
Respondendo ao pai, disse-lhe: 'Há já tantos anos que te sirvo sem nunca transgredir uma ordem tua, e nunca me deste um cabrito para fazer uma festa com os meus amigos; e agora, ao chegar esse teu filho, que gastou os teus bens com meretrizes, mataste-lhe o vitelo gordo.'
O pai respondeu-lhe:
'Filho, tu estás sempre comigo, e tudo o que é meu é teu. Mas tínhamos de fazer uma festa e alegrar-nos, porque este teu irmão estava morto e reviveu; estava perdido e foi encontrado.'»

2007-03-10

Figueira

VIVA o EVANGELHO de Domingo, 11 de Março, . . . . 4.º da Quaresma

Lc. 13,1-9.
Nessa ocasião, apareceram alguns a falar-lhe dos galileus, cujo sangue Pilatos tinha misturado com o dos sacrifícios que eles ofereciam. Respondeu-lhes:
«Julgais que esses galileus eram mais pecadores que todos os outros galileus, por terem assim sofrido?
Não, Eu vo-lo digo; mas, se não vos converterdes, perecereis todos igualmente. [...]»
Disse-lhes, também, a seguinte parábola:
«Um homem tinha uma figueira plantada na sua vinha e foi lá procurar frutos, mas não os encontrou. Disse ao encarregado da vinha:
'Há três anos que venho procurar fruto nesta figueira e não o encontro. Corta-a; para que está ela a ocupar a terra?'
Mas ele respondeu:
'Senhor, deixa-a mais este ano, para que eu possa escavar a terra em volta e deitar-lhe estrume.
Se der frutos na próxima estação, ficará;
senão, poderás cortá-la.'»

2007-03-09

Dia 7 de Março também foi de parabéns para o Frei


Dia 7 de Março fez também o frei Eugénio 40 anos de "profissão". Como não tive oportunidade de lhe falar, nem de vir ao Regador deixar cair umas gotinhas, faço-o hoje com dois dias de atraso, visto ser ele um dos pioneiros do blog.

Mas faço-o também pelo muito que todos lhe devemos e não tenho receio de falar por todos os que se apresentaram como "bloguistas" neste espaço, pois sei bem o que ele tem representado nas nossas vidas. Agradeço a Deus a benção de o ter posto no meu caminho e, se é certo que não devemos procurar ser exaltados neste mundo, pois a verdadeira recompensa está nos Céus, a amizade não pode deixar de reconhecer a "mão que nos ajuda".

Parabéns por estes 40 anos e obrigado pela opção que nesse dia fez e que permitiu que recebamos tanto de si.

2007-03-07

1º ANO



PARABÉNS!

O Regador nasceu há 1 ano!

Visitas: 10.100

Posts: mais de 300

Comentários: muitos, mas... ficamos à espera de mais!

2007-03-02

VIVA o EVANGELHO de Domingo 4 de Março, . . . . 2.º da QUARESMA

Lc. 9,28-36.
Uns oito dias depois [...], levando consigo Pedro, João e Tiago, Jesus subiu ao monte para orar.
Enquanto orava, o aspecto do seu rosto modificou-se, e as suas vestes tornaram-se de uma brancura fulgurante. E dois homens conversavam com Ele: Moisés e Elias, os quais, aparecendo rodeados de glória, falavam da sua morte, que ia acontecer em Jerusalém.
Pedro e os companheiros estavam a cair de sono; mas, despertando, viram a glória de Jesus e os dois homens que estavam com Ele. Quando eles iam separar-se de Jesus, Pedro disse-lhe:
«Mestre, é bom estarmos aqui. Façamos três tendas: uma para ti, uma para Moisés e outra para Elias.»
Não sabia o que estava a dizer. Enquanto dizia isto, surgiu uma nuvem que os cobriu e, quando entraram na nuvem, ficaram atemorizados. E da nuvem veio uma voz que disse:
«Este é o meu Filho predilecto. Escutai-O.»
.
Quando a voz se fez ouvir, Jesus ficou só. Os discípulos guardaram silêncio e, naqueles dias, nada contaram a ninguém do que tinham visto.