2010-12-27

2 anos de bloqueio ilegal e desumano

Today is the second anniversary of Operation Cast Lead (operação chumbo fundido, em português), the Israeli attack on Gaza. 
Two years later, Israel still maintains a blockade on Gaza and Gazans are unable to repair their houses, businesses, and farms that were destroyed in the attack. 
They are denied freedom of movement and the freedom to engage in the import and export of goods.

A este propósito sugiro hoje esta página da uma organização de Rabinos Judeus que lutam pela libertação do povo palestiniano de Gaza: http://www.fastforgaza.net/


Dia 23 de Dezembro de 2010 aconteceu Natal no Porto

Foi numa belíssima igreja da cidade. Era o princípio da tarde. O frio convidava a entrar.
Mas, àquela hora, os que lá íamos queríamos apenas confortar-nos e confortar a família pela partida da mãe e avó. Éramos mais do que os que cabiam na capela lateral. Mas foi mesmo aí que decidiram celebrar a missa. Quase todos de pé, sobre o chão frio e com as portas abertas até lá fora.
A homilia, inaudível e interminável.
Logo a seguir, uma pergunta/ordem incompreensível:
- "Quem está em condições de comungar e o pretende fazer, levante o braço."
Pausa. Insistência:
-Mais alto.
Incompreensível, tanto mais que na bela igreja, do outro lado da parede, há uma reserva eucarística.
Não foi difícil ao senhor do cestinho com a sua opa branca chegar até lá bem fora da porta para recolher o que saiu dos porta-moedas de cada um.
No entanto, a chave de tudo isto foi-nos dada à despedida. Fomos brindados com mais um pequeno discurso que ouso resumir:
- "Sei que estais desconfortáveis. Mas isso é bom, purifica. Não era possível celebrarmos na igreja porque estamos a prepará-la para o Natal. O Natal é para nós uma festa muito importante."
Este ano aconteceu Natal no Porto. E eu estive lá. A grande constipação que recebi é testemunho. Só me lembrei daquilo que João, um grande amigo de Jesus, escreveu:
"Veio ao que era seu e os seus não o receberam."

2010-12-25

Frei Francolino Gonçalves

No Público de hoje pode ler-se uma entrevista com o Frei Francolino Gonçalves, Dominicano que vive em Jerusálem há 50 anos.

O frei Francolino é natural de Corujas, concelho de Macedo de Cavaleiros e é investigador da Escola Bíblica e Arqueológica Francesa de Jerusalém. É também membro da Comissão Bíblica Pontifícia.

Para ler aqui.


FELIZ NATAL

F E L I Z   N A T A L

2010-12-18

Abdallah Abu Rahmah


Abdallah Abu Rahmah é professor numa escola do Patriarcado Latino, perto de Ramallah, e coordenador do comité popular contra o muro e os colonatos na vila de Bil'in.
Foi preso às duas da manhã. Os soldados israelenses entraram em sua casa e prenderam-no na presença da mulher e dos filhos.

Antes da prisão este activista da não violência foi visitado por Desmond Tutu, Jimmy Carter, Fernando Henrique Cardoso, Mary Robinson e Gro Brundtland (ver foto), do grupo the Elders, criado por Nelson Mandela.

Cinismo - o caso de Abdallah Abu Rahmah

Este video mostra bem o poder do loby judeu junto do governo dos EUA...

São incapazes de condenar uma detenção claramente ilegal de um activista da não-violência.

A adm Obama coloca-se assim ao lado de Cuba (caso Farinas) e da China (Liu Xiaobo).








É um imperativo ético e moral reclamar pela imediata libertação de Abdallah Abu Rahmah. É urgente apoiar os que lutam por meios não violentos pela causa palestiniana.

Quem quiser escrever às autoridades apelando pela sua libertação incomdicional pode fazê-lo seguindo estas instruções.

Aqui fica o link para mais informações sobre o processo de
Abdallah Abu Rahmah.





A vida questiona o Evangelho do 4º Domingo do Advento

Basílica da Anunciação, em Nazaré, Israel (Setembro 2010)
Mt. 1,18-24.
Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim: Maria, sua mãe, estava desposada com José; antes de coabitarem, notou-se que tinha concebido pelo poder do Espírito Santo. José, seu esposo, que era um homem justo e não queria difamá-la, resolveu deixá-la secretamente.
Andando ele a pensar nisto, eis que o anjo do Senhor lhe apareceu em sonhos e lhe disse: «José, filho de David, não temas receber Maria, tua esposa, pois o que ela concebeu é obra do Espírito Santo. Ela dará à luz um filho, ao qual darás o nome de Jesus, porque Ele salvará o povo dos seus pecados.»
Tudo isto aconteceu para se cumprir o que o Senhor tinha dito pelo profeta: Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho; e hão-de chamá lo Emanuel, que quer dizer: Deus connosco.
Despertando do sono, José fez como lhe ordenou o anjo do Senhor, e recebeu sua esposa.

2010-12-13

Carta da prisão em Israel

É impressionante esta carta enviada por Abdallah Abu Rahmah, palestiniano preso pelos israelitas.

Foi condenado a uma pena de prisão por protestar pacificamente contra a construção de um muro que é ilegal...

Termina deste modo:


"My eldest daughter Luma was nine years old when I was arrested. She is now ten.
After my arrest she began going to the Friday demonstrations in our village. She always carries a picture of me in her arms.
The adults try to look after her but I still worry for my little girl. I wish that she could enjoy her childhood like other children, that she could be studying and playing with her friends. But through the walls and barbed wire that separates us I hear my daughter’s message to me, saying: "Baba, they cannot stop us. If they take you away, we will take your place and continue to struggle for justice."
This is the message that I want to bring you today. From beyond the walls, the barbed wire, and the prison bars that separate Palestinians and Israelis. "

2010-12-12

A propósito do Evangelho: é divertido


Vale a pena ler o artigo do Frei Bento, no Público de hoje. Aqui fica o link (através do Religionline):

Bento Domingues: O Evangelho é divertido

"
Se lêssemos as narrativas do Novo Testamento sem beatices e reparássemos na ironia, no riso e no humor que as percorrem, seria fácil descobrir quanto o Evangelho é divinamente divertido!"

2010-12-11

A vida questiona o Evangelho do 3º Domingo do Advento

Mt. 11,2-11.
Ora, João, que estava no cárcere, tendo ouvido falar das obras de Cristo, enviou-lhe os seus discípulos com esta pergunta: «És Tu aquele que há-de vir, ou devemos esperar outro?»
Jesus respondeu-lhes: «Ide contar a João o que vedes e ouvis: Os cegos vêem e os coxos andam, os leprosos ficam limpos e os surdos ouvem, os mortos ressuscitam e a Boa-Nova é anunciada aos pobres. E bem aventurado aquele que não encontra em mim ocasião de escândalo.»
Depois de eles terem partido, Jesus começou a falar às multidões a respeito de João: «Que fostes ver ao deserto? Uma cana agitada pelo vento? Então que fostes ver? Um homem vestido de roupas luxuosas? Mas aqueles que usam roupas luxuosas encontram-se nos palácios dos reis. Que fostes, então, ver? Um profeta? Sim, Eu vo-lo digo, e mais que um profeta. É aquele de quem está escrito: Eis que envio o meu mensageiro diante de ti, para te preparar o caminho.
Em verdade vos digo: Entre os nascidos de mulher, não apareceu ninguém maior do que João Baptista; e, no entanto, o mais pequeno no Reino do Céu é maior do que ele.

2010-12-09

Jewish Voice for Peace


Graças ao António fiquei a conhecer esta organização: Jewish Voice for Peace.

Aqui fica o seu site e o blog e o video de apresentação.

- http://www.jewishvoiceforpeace.org/

- http://www.muzzlewatch.com/



2010-12-08

Cristãos na Palestina

Muro de separação, em Belém (Setembro, 2010)

Vale a pena ler
este artigo completo de Adel Sidarus sobre o conflito entre Israel e os Palestinianos. E em especial sobre a situação dos cristãos em Israel.


Aqui ficam alguns extractos.

"Em 1948, na véspera da proclamação unilateral da criação do Estado de Israel, os cristãos formavam 28% da população palestina. Hoje, numa população de quase sete milhões, eles não representam mais que 2 a 3%!"

"Dez anos depois da data nefasta de 1948, 80% dos cristãos palestinos tinham já optado pelo exílio. Enquanto nos anos cinquenta, a população cristã de Belém se situava nos 2/3 do total, hoje já não perfaz mais de 1/3. Em Jerusalém, outrora pouco habitada por muçulmanos e judeus, mal se contabilizam hoje 12% de cristãos."

"Numa entrevista não muito velha com D. Michel Sabbah, patriarca latino emérito de Jerusalém, à questão sobre a situação dos cristãos na Palestina, respondeu que era exactamente igual para todos os árabes do país: “Cristãos ou muçulmanos, fazemos parte do mesmo povo e partilhamos a mesma cultura, a mesma história. Somos todos um povo oprimido por um outro povo. Um povo cuja terra é ocupada militarmente por um povo alheio.”

“Há, pois, um confronto, mas ele não é nem religioso, nem cultural. É simplesmente político! O Ocidente trata o Oriente e os que nele vivem como menores. Enquanto existir essa relação entre dominante e dominado, não sairemos da espirale da violência. As raízes do terrorismo mundial estão lá. O Oriente não é dono do seu destino, é submetido à vontade e domínio ocidental."

“o problema não é o islão, mas o confronto entre o Oriente e o Ocidente (eu especificaria: dito cristão...). O colonialismo histórico (que durou cerca de dois séculos...) cedeu o lugar a um outro mais sofisticado mas não menos real.”

"o conflito israelo-palestino não é religioso (judeo-muçulmano), mas verdadeiramente nacionalista, opondo colonos europeus com uma ideologia sionista racista aos habitantes de um dado território, na ocorrência um povo pluri-religioso (lembro que havia judeus palestinos árabes ou arabófonos, que foram ganhos à causa sionista e integrados mais tarde no Estado de Israel...)."

"Esse comprometimento resoluto dos cristãos árabes, quer em território israelita, quer em território hoje palestino, incomoda muito os sionistas israelitas. Eles procuram todos os meios para encorajá-los – para não dizer forçá-los – a irem embora: uma verdadeira limpeza étnico-religiosa (de que se passa aqui os pormenores e as estratégias...), que lhes permitiriam, de seguida, imputar esse êxodo exclusivamente às intimidações e violências perpetradas pelos muçulmanos..."

2010-12-04

A vida questiona o Evangelho do 2º Domingo do Advento

Deserto da Judeia - Setembro 2010
Mt. 3,1-12.
Naqueles dias, apareceu João, o Baptista, a pregar no deserto da Judeia.
Dizia: «Convertei-vos, porque está próximo o Reino do Céu
Foi deste que falou o profeta Isaías, quando disse:
"Uma voz clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas.!
João trazia um traje de pêlos de camelo e um cinto de couro à volta da cintura; alimentava-se de gafanhotos e mel silvestre.
Iam ter com ele os de Jerusalém, os de toda a Judeia e os da região do Jordão, e eram por ele baptizados no Jordão, confessando os seus pecados.
Vendo, porém, que muitos fariseus e saduceus vinham ao seu baptismo, disse-lhes: «Raça de víboras, quem vos ensinou a fugir da cólera que está para vir? Produzi, pois, frutos dignos de conversão e não vos iludais a vós mesmos, dizendo: 'Temos por pai a Abraão!’ Pois, digo-vos: Deus pode suscitar, destas pedras, filhos de Abraão. O machado já está posto à raiz das árvores, e toda a árvore que não dá bom fruto é cortada e lançada no fogo. Eu baptizo-vos com água, para vos mover à conversão; mas aquele que vem depois de mim é mais poderoso do que eu e não sou digno de lhe descalçar as sandálias. Ele há-de baptizar vos no Espírito Santo e no fogo. Tem na sua mão a pá de joeirar; limpará a sua eira e recolherá o trigo no celeiro, mas queimará a palha num fogo inextinguível.»

2010-12-01

Inside Job - É obrigatório ver e reflectir



Através de uma pesquisa extensiva e entrevistas com economistas, políticos e jornalistas, “Inside Job - A Verdade da Crise”, mostra-nos as relações corruptas existentes entre as várias partes da sociedade. Este é o primeiro filme que expõe a verdade acerca da crise económica de 2008.
O filme é um documentário bem fundamentado e objectivo sobre a actual crise financeira.

Muitos véus são levantados e conseguimos perceber que a crise podia bem ter sido evitada. Ou melhor, ela foi mesmo provocada pela actuação irresponsável e dolosa de muitos.
É um alerta e denúncia, provando que os culpados continuam a tecer a “estratégia da aranha” nos palcos do poder, em conluio entre professores das melhores universidades e as grandes empresas financeiras.

Só ir ver este filme é já um primeiro passo para que este estado de coisas possa mudar. Mas do que se fala é do Harry Potter...