2009-04-16

JESUS É MESMO DIFERENTE... E NÓS PENSAMOS QUE SOMOS !

Concordo inteiramente com a frase final do post colocado pelo Hugo: É TÃO ESTRANHO, TÃO DIFERENTE DE NÓS ESTE SENHOR JESUS, NÃO É?...
De facto é muito bom descobri-lo nas nossas vidas!
Quanto à história que precede, devo confessar que me espanta que nessa história a pessoa que a conta, lamente o que um amigo lhe disse : « é bom demais para ela! » mas que ela própria não tenha comprado um telemóvel para a amiga sem-abrigo.
Certamnte que a pessoa que conta a história e tem bons sentimentos para ajudar a amiga sem abrigo, quando faz compras de aniversário para familiares e amigos não vai pedir ajuda financeira. Porque a pediu então neste caso da sua amiga sem abrigo ?
Concordando com a conclusão, permito-me dizer que não considero a história assim tão edificante como o Hugo acha... A meu ver o edificante seria ter a dita senhora que conta a história ter comprado um bom telemóvel para a amiga sem-abrigo e ser criticada pelos amigos !
Isso sim, seria tratar a amiga sem-abrigo à maneira de Jesus e ser criticado como Ele também foi !

Eu próprio critiquei certa vez uma pessoa minha conhecida, quando a vi comprar e dar a uma drogada uma quantidade de óptimos alimentos, como se fosse para muito boas refeições na sua própria casa. Achei que era um exagero ! Bastava comida útil para tirar a fome ! Agora aquelas coisas tão boas …
Só me arrependi do que disse, quando ouvi a rapariga dizer : « Oh minha senhora, quanta comida tão boa me está a dar ! Gosto tanto disto ! Parece que adivinhou ! Nem quero acreditar !» Então sim, engoli em sêco o meu « bom senso » !

De facto Jesus, é mesmo diferente !

2 comentários:

  1. Caro Frei Eugénio

    Só identifiquei a Senhora em causa porque conheço bem a sua acção com os mais desfavorecidos, com os deficientes profundos, com os sem-abrigo, com os necessitados em geral. E ela não "dá" só telemóveis. Dá aquilo que muitos de nós, no nosso comodismo, eu incluído, não damos: todo o seu tempo disponível. Podemos questionar se é esta a forma melhor de o fazer. Eu, por mim, tenho uma imensa admiração pelos que se dedicam aos outros esquecendo-se muitas vezes deles próprios. Por isso não julgo.
    Um abraço do Hugo

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  2. Depois de ler novamente o texto do nosso amigo Frei Eugénio e o comentário que lhe tinha feito, entendi acrescentar mais duas ou três coisas.

    Em primeiro lugar, nada na "história" que aqui trouxe nos permite concluir que a protagonista, Senhora que conheço bem (utilizo a letra grande, pois é grande o reconhecimento que tenho pelo seu trabalho e acção em prole dos mais desfavorecidos), e cuja identificação retirei do texto que publiquei para evitar quaisquer outras confusões, ou conclusóes apressadas, não tenha comprado o telemóvel. Nem essa é a essência da história que me trouxe.

    Mas, o que é edificante (estou aqui, mais uma vez, em desacordo com o nosso Frei) na "história" que trouxe, é o facto de ela nos pertir concluir que devemos ir ao encontro dos outros olhando para as suas necessidades e para os seus desejos(e estas podem até ser aquilo que consideramos um luxo, ou um desperdício). É por isso que na dita "história" se deixa a ideia de que seremos julgados na mesma medida com que julgamos os outros neste mundo. Não foram estas as palavras de Jesus? Ou achamos, por exemplo, que a passagem do Evangelho que se refere a Lázaro e ao homem rico não tem qualquer significado?

    E quando o Frei Eugénio se refere à outra situação, situação que também conheço bem e fez mudar muito a minha maneira de olhar para os que me procuram, não está a referir-se exactamente àquilo que é o essencial desta história?

    Na minha modesta opinião, não devemos julgar as acções dos outros de forma ligeira, nem pensar que a nossa forma de fazer o bem é a única possível. Conheço bem a situação da pessoa em causa e sei que o seu trabalho vai muito para além daquilo que estou acostumado a ver pois é uma entrega quase total à ajuda aos outros, àqueles que são mais necessitados, aos abandonados, aos deficientes profundos. E isto é coisa que muitos de nós não somos capazes de fazer, (e aqui eu próprio me penitencio), pois não estamos dispostos a sair do nosso comodismo, ou a abdicar dos nossos prazeres. Quando muito, damos aquilo que nos sobra em tempo ou bens mas, quase sem excepção, sacrificando muito pouco ou quase nada da nossa existência.

    É por estas razões que julgo não devermos fazer julgamentos apressados dos outros.

    Mais um abraço a todos os amigos do REGADOR, com o meu pedido de desculpa por esta polémica que aqui deixei. Mas como tenho escrito pouco neste nosso espaço de reflexão e partilha, também serão poucas as polémicas que aqui voltarei a trazer.

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